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(...) a troika vai aceitar a derrapagem do défice orçamental este ano (5,3% contra os 4,5% definidos) mas vai manter o objetivo de 3% em 2013. E isso quer dizer outra coisa: a austeridade será mais pesada no próximo ano mas, ao contrário do que pediu o Presidente da República, agravará as desigualdades. Com efeito, em 2013, os funcionários públicos ficam sem dois subsídios e os trabalhadores do setor privado sem um. É o caminho para nunca mais existirem. Em contrapartida, as empresas tem a sua tesouraria aliviada em €2100 milhões de contribuições para a Segurança Social. Espera assim o primeiro-ministro que o setor privado consiga, por esta via, contribuir para combater o flagelo do desemprego. É muito pouco provável. (...).
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