segunda-feira, julho 31, 2006

Mais uma estória de aldeia


A vala e o ti’ Nà’ciso

Hoje quero falar-lhe do ti’ Nà’ciso («tio» = sr. Narciso). Por acaso, aqui, para mim, a palavra «tio» aplica-se mesmo: era tio mesmo.
Este era uma das figuras mais típicas e com mais piada da terra. Viera para lá quando jovem, ali casara e lá fazia vida como barbeiro. Mas quem não sabe o que é e o que faz um barbeiro numa aldeia dos anos 40 / 60, vai ficar muito surpreendido com este ti’ Nà’ciso.
É que ele era, simultaneamente, uma espécie de médico popular e enfermeiro.
Muitas pessoas acreditavam mais nele do que nos médicos. Chegavam a vir do médico ali mostrar-lhe as receitas e perguntar se deviam ir à farmácia aviar os medicamentos ou não…

Um dia fui com ele a uma aldeia vizinha visitar uma doente, velhota, muito doente. Lá deu a sua «consulta». E regressámos.
À chegada, perguntaram-lhe se a senhora estava mal. E ele:
- Está. Está muito mal.
- Então e o que lhe receitou?
- Oh! Nada: disse-lhe para beber água do rego.
(O «rego» era nada mais, nada menos do que a valada de água comunitária que corria no meio da rua da aldeia para as pessoas regarem os seus prédios agrícolas.)

Mas não é essa a história que hoje queria contar.
É aquela da vala à porta de casa.

Um dia, melhor, uma noite – o ti’ Nà’ciso era muito «noiteiro» e muito boémio, como convém –, lá pelos anos 50, tinham aberto uma vala ali mesmo à porta dele, vala essa feita já depois de ele sair de casa nessa tarde e que impedia a entrada em casa de forma normal: exigia um pequeno salto. Ora a mulher dele, calculando que o homem já viria um tanto carregado dos maços, isto é, com o grão na asa (vá lá: com os copos, pronto…), o que fez?
Teve esta ideia brilhante: pôr um candeeiro à janela (ainda a luz eléctrica era fraquinha e o largo pouco iluminado…). O candeeiro à janela serviria assim, supostamente, para lhe chamar a atenção e alertá-lo para a vala. Mas deu exactamente o resultado inverso.
O ti’ Nà’ciso, lá pelas duas ou três da manhã, quando tartamudeou à entrada do largo onde residia, dá com o candeeiro à janela, fixa-se nele, como muito bem sabe quem alguma vez se entornou (a luz é uma obsessão) e, enquanto caminhava na exacta direcção da vala, mas sempre de olhos arregalados para a janela e para o candeeiro, vai gritando da rua para a mulher, com a típica linguagem arrastada da vinhaça e da cerveja (esta prende mais a língua, não é verdade?):
- Ó ‘Zabel, ó ’Zabel, o que é isso?
E zás. Cai dentro da vala, como estava bom de ver...


Ficou a estória (mais uma) para contar toda a vida. Até hoje.

Ah! Então, «prontos», está tudo explicado


Infante Santo: malvados «Serviços»

«Prontos».
O Professor Marcelo Rebelo de Sousa já averiguou (rápido, não foi?) e já sabe aquilo que nem Provedor ñem IGAT nem Procuradoria-Geral nem DIAP conseguiram averiguar: afinal foram os Serviços da CML que deram a ordem de construção sem licença ao prédio de Vitor Santos.
Marcelo é, inclusive, mais rápido do que a própria vereação do PSD que, na quarta-feira, na sessão pública, ainda não sabia se há licença ou não. Marcelo já sabe que não há. E já encontrou um bode expiatório: os «Serviços» - entidade difusa e de costas largas.
Mas, prontos, agora já estamos descansados.
Prontos.
Assim, já sei quem é que ser demitido: um qualquer dirigente dos «Serviços».
Assim, já sei que este facto, «inédito», diz Marcelo, deve ser levado com leveza: a da espuma dos dias. Sem dramas.
Prontos.
Mas, por que razão não quis Marcelo, desta vez, fazer pedagogia e apelar antes a que se investigue rapidamente? Não: ele já sabe quem é o responsável...
Grande lata.

domingo, julho 30, 2006

Mas a quem?


Pedir emprestado...

Os ditados populares de pouco servem se cotejados com a ciência e a técnica mas são óptimos para dar a conhecer o sentir profundo de um povo.
É o caso que trago hoje.

No meio desta pachorra e calmaria das férias e a propósito de pedir emprestada alguma coisa, houve logo quem dissesse:
- Não peças a quem pediu.
E a resposta, em reforço:
- Nem sirvas a quem serviu.

São ditados populares da minha terra.
Parece que o povo descobriu ao longo de séculos que aquele que vem de baixo e um dia pôde ter algum poder, em geral abusa e estraga tudo.
Sabedorias.
Valem o que valem.
Mas não é por nada disso que aqui trago estas linhas.
Não.
É para introduzir uma história.


Esta é uma história «diabólica» (com imensa piada) acontecida no tempo do meu bisavô, no princípio do século XX – que, traduzido para aquele início da Cova da Beira, significa Idade Média pura.
Eis a estória: uma história bem popular. Uma história real, mas que mais parece ficção.

Ao homem em causa chamavam t’ Zé Custódio, e isso tem de ser explicado para se entender. Isso significa: o sr. José custódio. É que a palavra «senhor», lá, só era usada para referir os possidentes da terra, os terra-tenentes de alguma dimensão, não sei se ma faço entender. Os outros eram todos «tios», ti’, ou só t’ Zé. E assim por diante…

Pois bem: o t’ Zé Custódio não tinha carro de bois (lá diz-se «carro de vacas»), o que, numa zona puramente rural e agrícola, seria um grande défice de equipamento, como se entende.
E como é que o homem se safava? Muito simples: ia pedindo o carro emprestado a toda a gente da aldeia: ora a um, ora a outro – ele lá se desenrascava…
E assim foi durante anos. E toda a gente a «remoscaldar» (a criticar) nas costas dele o facto de se «pendurar» em toda a gente e nunca mais mandar fazer um «carro de vacas».
Ao fim de vários anos nesta situação, os lavradores juntaram-se e, sem que ele soubesse de nada, mandaram-lhe fazer um carro (o ti’ Zé Mel fazia-os que era um primor) para lho oferecerem.
E assim fizeram: no dia de Páscoa desse ano, o carro estava pronto como combinado e lá fizeram a surpresa ao t’ Zé Custódio.
Depois de missa (é assim que se diz), já na Praça, antes de subir cada um para suas casas, chamaram o t’ Zé Custódio e vai disto:
- Este carro é para ti. Nós oferecemos-to. É para nunca mais andares a pedir o carro a toda a gente.
O homem, «moita-carrasco». Achou aquilo absolutamente normal. Foi buscar as vacas, atrelou-as ao carro novo e «ala», que se faz tarde.
A coisa morreu por ali e não passaria de uma história de solidariedades de aldeões, não fora o remate com que as nossas avós nos deliciavam, à noite, ao serão sem televisão mas com muita envolvência familiar…
Um ou dois dias depois, um dos lavradores que tinha contribuído para a oferta do carro passa pelo t’ Zé Custódio já com as vacas atreladas ao seu carrinho novo e pergunta-lhe:
- Então, homem. O carro é bom?
Resposta pronta do outro que ficou para a história da aldeia:
- É bom é. Agora venha cá algum filho da p*** a pedir-mo!

Moral da história, na voz da minha avó:
- Estás a ver, filho. Bem dizem: «Não peças a quem pediu nem sirvas a quem serviu».


E digo eu hoje, depois de milhares de páginas lidas e de 36 ou 37 anos de lutas: claro que esta sabedoria popular tem por detrás algo de intrinsecamente reaccionário. Mas quem é que explicou isso à minha avó e ao meu bisavô?

sábado, julho 29, 2006

Diga tudo e prove ou cale-se...


Chamada necessária

A finalidade deste blog é complexa. E, por ser aberto, está à mercê. Mas tem de estar. É a regra da blogosfera, conjugada com a da liberdade de expressão e a democracia tecnológica...
Vem isto a propósito do que foi escrito num comentário ao «post» seguinte, aí em baixo,
http://lisboalisboa.blogspot.com/2006/07/no-semanrio-de-ontem-especula-se.html
e a propósito do qual tenho de fazer um ponto.

Não gostaria de ter de o escrever, mas tem de ser.

Eis o que foi escrito por um anónimo (mais um):
«Por que será que Carmona tem tanto medo de Mrques Mendes? Será que este recentemente adquiriu um conjunto de informações comprometedoras sobre o passado de Carmona? Deixo uma pista: será que tem a ver com a negociação do tgv que Carmona fez com os espanhóis quando era ministro?»

Agora, o meu ponto, em três notas simples e firmes:

1. Não, nunca vou impedir os comentários, mesmo os mais idiotas;
2. Este comentário é grave;
3. Ou a pessoa tem coragem e se deixa de insinuações que atingem a honra pessoal seja de quem for e prova isto ou tenho de lhe pedir que faça duas coisas: vá dar uma volta e nunca mais me apareça por aqui - e muito menos em comentários anónimos e soezes (que é o que este é se não for provado).

Desculpem os restantes leitores e comentadores - mesmo os anónimos que o são por defesa pessoal - mas tinha de colocar este ponto com clareza. Mesmo sabendo que, a coberto do anonimato, tudo pode vir a acontecer - é o risco que corremos na blogosfera. Mas as vantagens superam os inconvenientes.

Peço também aos restantes «bloggers» que me visitam que, se necessário, repitam este apelo nos seus «blogs»: será uma maneira de garantirmos que daqui a dez anos ainda há liberdade e dignidade...

Enrolando suave e calmo


O mar

Ontem à noite, à beira-mar, a uns centímetros da água saltitante sobre a areia branca, dei comigo a pensar insistentemente: «Mas por que é que ontem não tinha tempo (mental) para ver bem visto o enrolar da água e hoje tenho?»

Coisas do cérebro da gente…

Melhor é não ter


Rotina

Inventei já hoje uma regra que me vai ser muito útil: «A melhor rotina é não ter rotina nenhuma».
Boa.
Vou seguir esta…

Cirúrgico


O ministro e as câmaras

Percebeu-se logo: eram cinco câmaras. Tinham contratado muita gente. Cirurgicamente eram quatro do PSD e uma da CDU.
Ah! Ah! Ah!
E nenhuma do PS. Conhecendo eu como conheço tão bem os autarcas do PS (Ó p'ra eles!!!) e a improbabilidade de escaparem a um levantamento destes (sério), como evitar pensar de imediato que a escolha era cirúrgica mas pouco esperta?

Fernando Madrinha / «Expresso»


«Perto do desastre»

«Como primeiro balanço, anda perto do desastre» - quem o escreve é Fernando Madrinha, hoje, no «Expresso», na sua rubrica semanal «Preto no branco»:
http://semanal.expresso.clix.pt/opiniao/default.asp?edition=1761
Refere-se ao balanço destes meses de mandato na CM de Lisboa.

Um número acima!

O fio dental e o Manel Cigano

Hoje, na areia, aquela jovem de fio dental já de si mínimo mas que ela comprou um número abixo do que precisava, fez-me lembrar uma história de há muitos anos.

É uma das muitas histórias do Manel Cigano - «da minha terra», ele que, não tendo «terra», achava que era dali porque ali o tratavam bem. Era praticamente da minha idade.
Pois bem, o Manel, que cresceu sempre por ali e era bem tratado lá em casa, tinha imensa piada e estava sempre com piadas novas.
Nesta altura do ano, espreitava a minha chegada por uma razão prática: a malta levava-lhe roupa e outros «regalos».
O Manel, convém dizer, era «sasso» (dizia os sos «s» como os espanhóis dizem o «z»: como se fosso dss sempre com a língua encostada aos dentes de cima à frente...).
E isso dava-lhe um toque de cor (áudio) ainda com mais piada.
O caso é o seguinte: numa das minhas chegadas para férias, ele lá estava à espera.
R ecebeu logo as roupas e tal. Mas às tantas, olhando-me para os ténis (que acabara de comprar em Lisboa), disse: «Ó sô Zé, dê-me esses sapatinhos».
O pessoal riu-se da lata.
Mas acho que ele bem sabia que lhos dava logo.
E dei.
Fiquei descalço. O pessoal à garagalhada. Fui ou alguém foi comprar outros e a história morreu ali por aquele dia.
mas o Manel, com a sua pronúncia de «sasso», no dia seguinte volta para lá para a minha porta e larga-me esta que ficou para a história da família:
«Ó sô Zé, à outra vez compre um número acima que estes ficam-me apertados».
Gagalhada geral até hoje.

O mar.
A jovem do fio dental com um número abaixo da próxima vez também tem de comprar um número acima...

De tão longe?


Do Porto para Lisboa?

Jovens do Porto (JSD) que são assessores em Lisboa e nunca lá moraram… Não deve ser verdade, mas este dirigente da JSD lá do Norte parece que acha que sim:
http://www.maiahoje.pt/index.php?level=24&cat=4290&PHPSESSID=8474088405a83b2f1a35184a4e08ec3c

Claro que é… Então, estamos a gozar ou quê?


Mera coincidência

Na mesma semana saltam para a ribalta dois empreendimentos de gente grande do Benfica: o condomínio da Infante Santo é de Vítor Santos (Bibi) e os 11 000 m2 do Areeiro são para Fernando Martins.

No «Semanário» de ontem, especula-se

A insatisfação de Lisboa

(…) «O escândalo do condomínio da Infante Santo, que já desencadeou investigações do Ministério Público, da Inspecção-Geral de Administração do Território e do Provedor de Justiça, que se saiba, ameaça tornar a gestão camarária numa telenovela de mau gosto para o resto do mandato.
Ver a Provedoria de Justiça, instituição por norma eficaz mas contida, séria mas serena e nada dada a protagonismos mediáticos ou a excessos de discurso, chegar ao ponto de propor a perda de mandato do actual Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, é uma vergonha para a cidade.
Politicamente, como é óbvio, tudo ficará na mesma no país em que nada tem consequência. Mas nada ficará como dantes em Lisboa e no PSD, onde crescem dia-a-dia os rumores de insatisfação com Carmona Rodrigues.»

sexta-feira, julho 28, 2006

Câmara de Lisboa / Parque Mayer: que desperdício!


Milhões pagos a Frank Ghery perdidos?

Diz «O Independente» que a CML vai partir para outra: um novo projecto para o Parque Mayer. Mas, pergunta-se: se assim é, quem se fica a rir outra vez é Frank Ghery, que fica com os milhões (quantos? quantos?) sem mexer uma palha.
Manter Ghery e as visões megalómanas, péssimo.
Dar por perdidos os milhões, muito péssimo.
Irresponsabilidades é no que dá.
Ou seja: mais um beco sem saída que Carmona herda... de si mesmo e de Santana (de quem foi vice-presidente, nunca esquecer).
Quem se trama é a Cidade.
Sempre.

Que mês!

Julho foi um mês negro para a maioria PSD/CDS-PP na CML:

1. Preparação de listas, campanha, votações e resultados eleitorais / Distrital de
Lisboa do PSD;

2. Dívidas a fornecedores, muitos dos quais começam a perder a paciência, sendo
que alguns são aconselhados mesmo pela CML a recorrer aos tribunais contra
a CML;

3. Guerra da GALP que chegou a cortar fornecimento de combustíveis;

4. Questão dos «assessores»;

5. Polémica do Relatório da Provedoria de Justiça sobre a construção ilegal da
Avenida Infante Santo;

6. Parque Mayer / novo projecto encomendado / desperdício de milhões com
Frank Ghery.

É muito.

quinta-feira, julho 27, 2006

Lisboa: Oito das grandes


«PCP e CDU mantêm oito grandes
acusações contra a CML»

O PCP divulgou hoje uma Nota do seguinte teor:

«Nos últimos dias, a opinião pública foi informada sobre as ilegalidades graves da Câmara de Lisboa no processo relativo à construção de um edifício
na Avenida Infante Santo, de imediato objecto de participação da Junta de Freguesia dos Prazeres, então com presidência do PCP.
Mas há outros processos de gravidade equiparada em curso em diversas instâncias – alguns até mais graves do que a da Infante Santo, a começar por aquela que constitui a mãe de todas as ilegalidades: as chamadas ‘alterações simplificadas do PDM’.
De facto, apesar de se fazer crer a vários níveis que este é o grande caso, a verdade é que, sendo de tal modo grave que a Provedoria de Justiça aponta para a dissolução do órgão, outros há de não menor gravidade e talvez maior ainda, para os quais o PCP e a CDU esperam desenlace na Justiça.

Na verdade, são mais sete os grandes processos em que a CML é acusada pelo PCP e pela CDU em instâncias judiciais. São os seguintes:

1. alterações simplificadas ao Regulamento do PDM;

2. operações urbanísticas em Alcântara;

3. operações urbanísticas no Vale de Santo António;

4. operações urbanísticas na Boavista;

5. três loteamentos ilegais nas Olaias;

6. a empreitada do Túnel do Marquês;

7. todo o processo do Parque Mayer e hasta pública de venda dos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos.»

... E a Nota continua, situando cada processo e dando o ponto da situação actual nas diversas instâncias em que os processos correm os seus trâmites.

Leia tudo em:
http://lisboalisboa2.blogspot.com/2006/07/ena-tantos.html

Lisboa: É muito


43 vezes a Infante Santo

Eis as 43 notícias editadas até agora, segundo o Google, sobre a Infante Santo (clique sobre este link):
http://news.google.pt/news?hl=pt&ned=&ie=UTF-8&ncl=http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php%3Fid%3D710788%26div_id%3D291
Isso tudo, fora os blogs, numerosos, a falar do tema.
É muito.

quarta-feira, julho 26, 2006

Republicação, a pedido...


Pessoas que não conseguiram aceder ao link do «DN» de quinta-feira passada, «postado» aí em baixo, pedem para inserir o texto de Ruben de Carvalho. Uma peça com muita piada e algum mistério. É que ele descobre uma nova espécie de «código» secreto. Leia com atenção:

«O algoritmo Portalegre»
por
Ruben de Carvalho
Jornalista

«A acompanhar uma amável entrevista com Francisco Louçã, o Expresso da passada semana publicou o que pretende ser o até hoje mais completo estudo sobre a realidade orgânica do Bloco, clinicamente aliás intitulado Radiografia do Bloco de Esquerda. Com direito a um pormenorizado mapa de Portugal, especificando os números bloquistas por distrito e regiões autónomas, de militantes e de votos nas legislativas de 2005.

Os resultados são deveras interessantes. Segundo o semanário, o Bloco possui em Portalegre 61 militantes; em Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Évora, Beja e Açores, em cada um, 122 militantes (o que, verifica-se, corresponde em todos exactamente ao dobro de Portalegre, 2x61); em Leiria serão 183 (ou seja, 3x61); em Aveiro, Santarém, Faro e Viseu atingem em cada os 244 (uns quadrangulares 4x61); em Braga, Coimbra e Madeira já sobem para uns distritais 305 (isto é, 5x61); em Setúbal o factor multiplicativo é de 12, a saber, 12x61=732. As maiores multiplicações do Bloco ocorrem no Porto e em Lisboa, no primeiro 13 Portalegres (793=13x61), atingindo na segunda 24 Portalegres (1464=24x61).

Desmentindo os resultados dos exames nacionais de Matemática e as preocupações do prof. Nuno Crato, não só aquelas multiplicações de Portalegres estão rigorosamente certas como, de acordo com a investigação do Expresso, o "total de militantes" é precisamente de 6100, isto é, exactamente 100 Portalegres, também o resultado da operação que consiste em somar as aplicações a Portalegre dos factores multiplicativos bloco-distritais.

Estamos assim perante um caso de estudo que inevitavelmente irá marcar para o futuro a investigação estatística, sociológica e política portuguesa (e quiçá não só), facto que é, de resto, desde já atestado pela cuidadosa exegese que o articulista do jornal faz a estes números, conhecedor como certamente será das rigorosas arquitecturas orgânicas e contabilísticas que permitiram atingir este multiplicado rigor milimétrico. É que poderia até suceder que um qualquer distrito tivesse, digamos, dois Portalegres e meio - mas não: está tudo certinho. Apenas uma pergunta: quem é que palmou a máquina de calcular da redacção do Expresso

in «DN», 20.7.06

CM Lisboa: afinal era mesmo verdade, claro!


GALP e CML em guerra

Agora já é mais difícil alguém dizer-me que não deve ser verdade aquilo que tanta, mas tanta gente me garantiu durante dias sem que eu aqui divulgasse. Até que inseri esse «post» que está aí em baixo: a GALP cortou mesmo os fornecimentos de combustíveis à CML. Infelizmente. Ninguém fica feliz com estas cenas, evidentemente.

E, não, não tenho carro de serviço - nunca tive, mesmo quando me pediam para o ter e usar. Não: carro sempre meu, gasolina sempre «minha».
E, não, não tenho telefone de serviço. Não, obrigado.
E, não, não acho que ganho de mais. Pelo contrário.
E, não, não tenho nenhuma regalia.
E, não, não é nada disso que está em causa.
E, não, não fico satisfeito por ver a CML a entrar pelo esgoto agora outra vez com demasiada frequência, como há quatro anos atrás.
Depois de 32 anos dedicados às autarquias, imagine quanto me custa ver o Poder Local assim tratado.
Só que também penso que não são os «mensageiros» (jornalistas e similares, sempre que expõem as «mazelas», não são eles) os responsáveis: os responsáveis são aqueles e só aqueles responsáveis políticos que assim procedem...
Dá para entender?...

Agora volto à GALP, que cortou mesmo o fornecimento de gasolinas e gasóleo à Câmara de Lisboa.
Leia, a propósito o primeiro artigo que eu conheça publicado sobre o assunto. Consulte o link que segue e veja este artigo da Agência Financeira:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=710900&div_id=1728

Pensar faz bem...

Diferente mas igual?
Tem piada… Sinto que estou diferente, mas sei que sou o mesmo. É por isso que me vem sempre à memória aquele pensamento simples do Chico:
«Não sou mais o mesmo compositor (de há 40 anos). Mas sou a mesma pessoa».
Final da entrevista com Chico Buarque, in «Público», suplemento ‘Y’, 30 de Junho de 2006

Notícias sobre o «buraco» da Infante Santo


Câmara de Lisboa em foco
outra vez pelas más razões...

Até agora, 14 órgãos referiram este caso, segundo a recolha do Google:
http://news.google.com/news?ie=utf8&oe=utf8&persist=1&hl=pt&client=google&ncl=http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/20060726_Carmona%2Bpode%2Bperder%2Bmandato.htm

Câmara de Lisboa: elas moem...

«Condomínio da Infante Santo
Provedoria aponta irregularidades que podem levar à dissolução da Câmara de Lisboa»


Leia o artigo de Francisco Neves ('Público'):
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1265255&idCanal=76

Ou seja: mais uma que agora se sabe. E ainda faltam outros casos: Alcântara, Vale de Santo António, local da antiga Feira Popular / Parque Mayer / Bragaparques... etc..
Sucedem-se as broncas. Sucedem-se as notícias de broncas. Espero que ninguém «mate» mais este mensageiro.
Mas estranho por que é que o jornal não fez manchete deste assunto.
Continuo a pensar que José Manuel Fernandes, de tanto querer proteger o PSD acabará por enterrar o prestígio do «Público» como jornal de referência.
Estranho também que no Urbanismo da CML se diga que está tudo legal. E dou comigo a pensar se eles pensam que nós pensamos que os prestigiados advogados da Provedoria são uns analfabetos incompetentes quando apontam a dissolução; ou se pensam que os mesmos advogados são irresponsáveis quando apontam aqui (mais) «um caso de corrupção ou tráfico de influências»...

terça-feira, julho 25, 2006

Petição e apelo


Pelo termo da violência e do desastre
humanitário no Médio Oriente

Acabo de receber a petição e o apelo que seguem:

Comece por visitar:
http://www.petitiononline.com/pazja/petition.html

«Amigos, leiam o seguinte abaixo assinado, assinem visitando http://www.petitiononline.com/pazja/, e reenviem aos vossos contactos. Amanhã concentração junto à Embaixada de Israel, R. António Enes 16, às 18H30».

MPPM - Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente(Portuguese Movement for the Rights of the Palestinian People and for Peace in the Middle East) - Rua Rodrigues Sampaio, 138-3º ● 1150-282 Lisboa ● Portugal

«O crescendo da vasta ofensiva bélica de Israel e bombardeamentos de terror há mais de um mês na Faixa de Gaza (Palestina) e desde 12 de Julho no Líbano, os consequentes horrores da guerra e tragédia humanitária, alarmam todos quantos, mulheres e homens de boa vontade, independentemente de questões políticas, se preocupam com o destino do martirizado Povo palestiniano e com a Paz no Médio Oriente.
Em Gaza contavam-se já dezenas de vítimas civis de operações das Forças Armadas de Israel, nas semanas anteriores ao episódio da captura de um seu militar neste território. Desde então, assiste-se da parte de Israel, pretextando o "direito a defender-se", a uma escalada de violência militar não só "desproporcionada" mas sistemática. Esta acção, em violação aberta e caracterizada do Direito Internacional, foi agora agravada com a agressão contra o Líbano invocando a captura no Sul de dois outros militares israelitas. Os resultados estão a ser a destruição total deliberada das infra-estruturas civis fundamentais e das condições de vida, crises alimentar e sanitária muito sérias, centenas de mortos e feridos inocentes incluindo mulheres e crianças, centenas de milhar de refugiados, o colapso de Gaza, a devastação do Líbano e a punição colectiva dos povos Palestiniano e Libanês. Também no que respeita a Israel se registam nos últimos dias vítimas civis de mísseis lançados a partir do Sul do Líbano.
Os objectivos da mais ambiciosa e destruidora ofensiva militar israelita da última vintena de anos, só possível em estreito conluio com os EUA (que vetaram no Conselho de Segurança uma resolução moderada reclamando a retirada de Israel de Gaza), ultrapassam em muito a restituição de três militares presos. Visam, em Gaza e no Líbano, derrubar organizações políticas e dirigentes democraticamente eleitos, instalar uma correlação de forças neo-colonial na região, desestabilizar a Síria e o Irão. As chamas da guerra, que se estenderam da Faixa de Gaza ao Líbano, ameaçam alastrar-se aos Estados vizinhos e confluir com as guerras em curso no Iraque e no Afeganistão, culminando num conflito generalizado a todo o Médio Oriente – que abalaria ainda mais o equilíbrio e a Paz mundial.
Perante a tragédia sem fim do Povo palestiniano, ameaçado na sua própria sobrevivência como Povo, e a destruição mais uma vez do Lìbano país soberano, os signatários, promotores do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) - embora com apreciações diferenciadas das responsabilidades dos vários intervenientes na presente crise na região - interpretando os princípios do MPPM contrários a todas as formas de terrorismo, seja ele de Estado ou qualquer outro:

- manifestam-se pela cessação imediata das agressões, bombardeamentos de terror, incursões, destruições e bloqueio da Faixa de Gaza e do Líbano por parte de Israel, e pela retirada das suas tropas, de par com a cessação do lançamento de mísseis sobre o território de Israel e a libertação dos três militares israelitas capturados, bem como a libertação dos deputados e ministros palestinianos agora detidos e ainda de outros presos árabes, de entre os 9.000 nos cárceres de Israel, em particular mulheres e crianças;

- reiteram o objectivo central do MPPM, o apoio no plano da opinião pública e em conformidade com as resoluções e princípios das Nações Unidas à realização dos direitos inalienáveis do Povo palestino, ao estabelecimento do seu Estado independente e soberano mediante a retirada de Israel dos territórios ocupados, nomeadamente no âmbito das fronteiras de 1967, como o Presidente e o Primeiro Ministro palestinianos tinham acabado de reafirmar em importante documento comum, quando Israel lançou a presente ofensiva;

- apelam aos órgãos de soberania de Portugal, para que no âmbito da competência respectiva e no espírito do artigo 7.° da Constituição da República, se façam ouvir enquanto é tempo no plano bilateral e multilateral, nomeadamente ao nível da União Europeia, pela Paz no Médio Oriente e em defesa do Povo palestiniano e do Povo libanês, vítimas da agressão e ocupação estrangeiras;

- exortam a opinião pública nacional, as mais diversas associações cívicas e todas as forças democráticas, para que se mobilizem e juntem a sua voz ao clamor crescente dos Povos do mundo, na construção - perante o fracasso da "comunidade internacional" e de um Conselho de Segurança manietado pelo veto dos EUA – de uma autêntica comunidade internacional que assegure os direitos e a independência do Povo palestiniano, a soberania do Líbano e uma Paz justa e duradoura no Médio Oriente».

Lisboa, 21 de Julho de 2006

Assine em
http://www.petitiononline.com/pazja/petition.html

Primeiros signatários
Adel Sidaru, investigador; Ana Luísa Amaral, poeta; André Machado Jorge, advogado; António Manuel Hespanha, professor universitário;António Sousa Ribeiro, professor universitário; Armando Silva Carvalho, escritor; Bento Anastácio, livreiro; Camila Frazão Nazaré, licenciada em Segurança Social; Cândido Matos Gago, ex-presidente da Câmara Municipal de Grândola; Carlos Almeida, investigador; Carlos Araújo Sequeira, advogado; Carlos Carvalho, dirigente sindical; Carlos Silva, consultor comercial; Carlos Sottomayor, médico pneumologista; Casimiro Menezes, médico; D. Januário Torgal, bispo católico; Eduardo Lourenço, escritor; Eduardo Prado Coelho, escritor; Elsa Rodrigues dos Santos, professora universitária; Emílio Rui Vilar, gestor; Francisco Fanhais, músico; Frei Bento Domingues, frade dominicano; Gastão Cruz, poeta; Hélio Alves, professor universitário; Ilda Figueiredo, economista e deputada europeia; Isabel Allegro de Magalhães, professora universitária; Isabel Hub Faria, professor universitária; Jorge Cadima, professor universitário; José Casanova, escritor e director de jornal; José Manuel Pureza, professor universitário; José Mattoso, professor universitário; José Neves, funcionário público aposentado; José Ruivo S. Maia, médico psiquiatra; Júlio Magalhães, ex-presidente do Instituto Português de Cultura Árabe e Islâmica; Kalidás Barreto, ex-dirigente sindical; Luís Almeida, técnico de turismo aposentado; Luís Miguel Cintra, encenador e actor; Manuel Gusmão, poeta; Manuel Machado Sá Marques, médico; Manuela Magno, professora; Manuela Silva, presidente Comissão Nacional Justiça e Paz; Margarida Fernandes, presidente da Junta de Freguesia da Malagueira; Maria Helena Cunha Rato, economista e investigadora; Maria Helena Taborda Duarte, jurista; Maria João Seixas, programadora cultural; Maria Velho da Costa, escritora; Mário Moutinho de Pádua, médico patologista clinico; Mário Ruivo, professor universitário; Miguel Portas, economista e deputado europeu; Rogério Gomes Carpentier, membro fundador do Centro de Estudos Luso-Árabes; Rui Mendes, poeta; Rui Namorado Rosa, professor universitário; Salvina Gonçalves de Sousa, advogada; Silas Cerqueira, investigador; Teresa Mónica Silva, tradutora; Teresa Salema, professora universitária; Vasco Pinto Leite, engenheiro; Vítor Pinto, engenheiro.

«Posts» em atraso

Leituras amenas de fim de tarde...

Tenho em atraso alguns temas que lhe trago agora. São assuntos que merecem o seu tempo. E só peço desculpa por só agora serem «postados». É a vida dos «blogs» que é complicada... É só ver o que por aí vai...

Eis então algumas leituras amenas para o fim da tarde e para esta noite:

1
Leia o artigo de opinião de Ruben de Carvalho, na semana passada, no «DN». Leia-o sempre às quintas-feiras.
Desta vez, o tema foi bem divertido também: «O algoritmo de Portalegre»…
http://dn.sapo.pt/2006/07/20/opiniao/o_algoritmo_portalegre.html

2
Recordando «velhas» declarações de intenção de Carmona Rodrigues, logo a seguir às eleições autárquicas…
http://dn.sapo.pt/2005/11/02/nacional/nao_revia_torres_siza.html

3
POSIÇÕES DA QUERCUS / Lisboa

A
Sobre os esgotos em Lisboa

a) Esgotos vão para o Rio no Terreiro do Paço
http://dn.sapo.pt/2006/05/26/cidades/aguas_poluidas_terreiro_paco_invadem.html

b) … e para o Estuário em geral
http://dn.sapo.pt/2006/05/26/cidades/esgotos_inundam_o_tejo_a_partir_port.html

c) … caso específico: junto do CCB
http://www.quercuslisboa.org/sitio/?q=node/419

d) … e pode ler também várias peças sobre o mesmo:
http://www.quercuslisboa.org/sitio/?q=search/node/esgotos+ccb

B
Sobre as cérceas em Lisboa

«As cérceas em Lisboa», por Carlos Moura
http://www.quercuslisboa.org/sitio/?q=node/443

Afinal o que é um blog?


Este blog é uma plataforma. De quê?

Vi ontem, com interesse, os resultados daquele estudo sobre o que são e para que servem os blogs na perspectiva de quem os escreve.

E este blog, o que é?

Sei que para alguns visitantes / leitores compulsivos é erradamente tido como se fosse um órgão de comunicação.
Não o é.
Nem queria que o fosse: seria demasiada responsabilidade para os meus ombros.

Sei que para outros visitantes é (também erradamente) a incarnação do diabo.
Não o é.
Nem tem nem quer ter dimensão para o ser.

Mas para mim, que o faço diariamente também de forma compulsiva, este blog é uma simples plataforma de conversa que procuro que seja o mais divertida, mesmo sobre as coisas mais sérias. Mas sem dramatismos. E sem a pretensão de deter a verdade seja sobre o que for. Mas com a pretensão de ter opinião sobre as situações aqui referidas.

Só isso.

Depois digam que eu sou «má língua»...

GALP corta fornecimento

O que se passou a sério, ainda não se sabe. Mas as consequências já se conhecem: quadros técnicos e outros dirigentes têm estado a pagar do seu bolso a gasolina que metem nos carros de serviço (em princípio, estas verbas serão repostas, mas não é esse prisma que aqui está am causa).
Tudo isso porque, segundo julgo saber, a CML «não pagou as quotas à GALP». (Foi-me dito exactamente assim). Seja o que for que isso contém, a verdade é que a GALP não abastece os depósitos da CML.
Por isso, as pessoas têm de pagar a gasolina dos carros de serviço.
Para já, a situação parece ser esta desde 5ª ou 6ª-feira da semana passada.
O dirigente junto de quem confirmei esta situação, um muito alto quadro, perante a minha pergunta «Então? Ouvi dizer que é uma das vítimas da falta de gasolina...», disse-me: «É verdade. Suponho que depois me pagam estas verbas. Mas é lamentável. Tenho pena que assim seja. Mas é assim». Evidentemente, a situação será resolvida um destes dias e a GALP voltará a atestar os depósitos da CML sem reservas.
Mas já é mau que tenha sucedido mais esta peripécia.

Malvada ASAE


Vereadora erra alvo e irrita-se com mensageiro

É um frequentíssimo vício de intervenção e de reacção do ser humano: «matar» o mensageiro. Hoje já não se tartará de «matar». Mas continua a ser frequente as pessoas chatearem-se por lerem determinada notícia relativa a um facto. Ou seja: não se chateiam com o facto. Chateiam-se com a notícia do facto.

(Aqui mesmo, neste «blog» quantas vezes isso tem acontecido?)

Foi mais ou menos o que aconteceu com a vereadora Marina Ferreira esta semana que passou: depois de a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica ter detectado irregularidades em parques de estacionamento de Lisboa, a autarca, em vez de vir a público dizer o mais simples e esperado, que seria «Vamos corrigir o que estiver mal», eis que a mesma vem para os jornais dizer o mais complicado e enviesado e de consequências mais indefinidas: «A ASAE não tem competência nos parques municipais».
Apetece comentar: e a CML tem? Então por que razão deixou a EMEL à solta? (EMEL de que a mesma vereadora é presidente, note-se!).

segunda-feira, julho 24, 2006

Concentração em Lisboa
Fim aos massacres

Sob o lema «FIM AOS MASSACRES NO LÍBANO E PALESTINA! PAZ NO MÉDIO ORIENTE!», vai realizar-se depois de amanhã uma «CONCENTRAÇÃO EM FRENTE À EMBAIXADA DE ISRAEL».
É no dia 26 DE JULHO, às 18H30.
Eis as razões para esta acção:
«Os bombardeamentos constantes e diários levados a cabo por Israel sobre o Líbano, que se sucedem à violenta ofensiva contra o povopalestiniano em Gaza, são verdadeiros crimes e representam uma nova eperigosa escalada belicista no Próximo e Médio Oriente que só podemmerecer a nossa mais firme condenação. Os bombardeamentos já causaram centenas de mortos, entre os quaismulheres e crianças, e a destruição de importantes infra-estruturasvitais daquele país e que bem demonstram quão falaciosa é a procurados soldados israelitas. Nada justifica estas acções bélicas contra as populações civis.
Trata-se de uma acção belicista absolutamente desproporcional, tendo em conta o desequilíbrio da correlação da força militar...
Convém ter presente que Israel continua a ocupar territórios palestinianos, do Líbano e da Síria, sendo- à luz do direitointernacional- legítima a luta contra os ocupantes.
As acções bélicas de Israel só são possíveis com a cobertura dos EUA ecom a cumplicidade da União Europeia, incluindo a do governo português. Consideram insuportável o silêncio da ONU.

As organizações subscritoras
  • reafirmam a sua solidariedade com a luta do povo palestiniano pelaedificação de um Estado independente e viável, com a capital em Jerusalém Leste, e com o povo libanês na defesa do seu país e comtodos os povos do Médio Oriente, vitimas de agressão ou ocupação.- Desde já condenam a possível extensão do conflito. Em particular, qualquer agressão à Síria ou ao Irão, seja qual for o pretexto que vier a ser invocado;
  • apelam à ONU para intervir no sentido de pôr termo aosbombardeamentos, nos exactos termos da Carta, que estatui comofilosofia da organização a resolução política dos conflitos;
  • saúdam todas as organizações que em Israel se opõem à guerra e defendem a paz justa e duradoura para toda a região;
  • apelam a todos os portugueses para que se solidarizem com os povos libanês e palestiniano vítimas destas agressões e exigem do governo português uma posição de condenação dos ataques israelitas e de defesa de uma política que conduza à paz na região, com base no respeitodos direitos nacionais de cada povo;
  • convocam para o próximo dia 26 de Julho, às 18.30, uma concentraçãoem frente à Embaixada de Israel a fim de exigir o fim dos bombardeamentos e uma paz justa no Médio Oriente».

Organizações Subscritoras: APD – Associação Portuguesa dos Deficientes; Associação Amizade Portugal-Cuba; ATTAC PortugalBloco de Esquerda; CCPC – Conselho Português Para a Paz; CESP – Sindicato do Comércio e Serviços; CGTP-IN; Colectivo Múmia Abud Jamal; FEQUIMETAL – Fed. Metalúrgica, Metalo-Mec., Minas, Química, Farm., Petróleo e Gás; Intervenção Democrática; Juventude Comunista Portuguesa; Movimento Democrático das Mulheres; Núcleo de Almada do CPPC – Almada pela Paz; Núcleo do Seixal do CPPC; Opus Gay; Partido Comunista Português; SNTCT – Sind. Nac. Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações; Sociedade "Os Penicheiros"; STAL – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local; URAP – União de Resistentes Anti-fascistas Portugueses; USL – União de Sindicatos de Lisboa.

Chico Buarque

«Não sou mais o mesmo compositor (de há 40 anos). Mas sou a mesma pessoa».
In «Público», Y, 30 Junho 2006
Dívida da Câmara de Lisboa: mais truques

Por e-mail, sob compromisso de não apontar procedência, chegaram-me mais dois truques habituais:

4º truque
Mandar o fornecedor dividir a factura em várias, desenvolver os procedimentos para pagar a primeira «tranche» e enrolar as parcelas restantes à espera de melhores dias.

5º truque
Passar o pagamento da despesa para uma empresa municipal.

sexta-feira, julho 21, 2006

Lisboa, menina matreira!

As dívidas da CML e os truques

Quem julga saber que a dívida da CML é de x por ter lido nos documentos oficiais ou nos jornais, desengane-se. A dívida real é muito maior. Mas sempre muito maior do que a dívida oficial. E os números da dívida, nos papéis oficiais aparecem quase sempre truncados porque se separa a de curto prazo das restantes.
E mesmo assim, consideradas todas essas vicissitudes, resta ainda a magna questão dos truques. Que são muitos e a gosto, variando de serviço para serviço, de pelouro para pelouro. Mas que visam sempre uma e mesma coisa: camuflar a realidade...
Eis alguns, apenas alguns desses truques: só os mais «useiros e vezeiros»: aqueles de que os funcionários mais se queixam...


Truque nº 1
Dirigentes para funcionários: Faça primeiro que eu despacho depois. A contra-gosto, o funcionário faz, porque tem de fazer. Mas já sabe o que se segue: um calvário de regularizações, atrasos nos pagamentos por anos e anos. Telefonemas e faxes das empresas lesadas...
Consequência, quase sempre: para pagar é o cabo dos trabalhos: refazer e aldrabar procedimentos, etc..


Truque nº 2
Em cima das mesas de coordenadores de serviços, chefes de divisão, directores de departamento, directores municipais e similares e até de vereadores haverá papéis relativos a despesa já efectuada e não paga em valores incalculáveis. Ou melhor: em valores que cada qual só conhece da sua secretária... Era preciso somar isso tudo para se saber a realidade deste fenómeno que vem do santanismo e se prolonga agora neste mandato.

Assim, nada fica registado oficialmente. A dívida não existe. Quem fez o trabalho que se lixe.

Truque nº 3
Mas a coisa complica-se. Parece que a última invenção é ainda mais séria. Perante a impossibilidade de pagar mesmo dívidas de 2002, 2003, haverá responsáveis que dizem aos empresários e outros: «... Vá para tribunal... Assim, se a CML for condenada, seremos obrigados a pagar-lhe e passa à frente de tudo...».
Consequência paralela de uma eventual sentença condenatória da CML:
...«E assim me safo de reorganizar os processos ‘retroactivamente’».
Como se isso existisse.

quinta-feira, julho 13, 2006

Carris: menos carreiras, pior serviço, tudo mais caro!

Já se deu conta disto?
«Transportes em Lisboa: piores e mais caros», diz o PCP de Lisboa em comunicado de ontem. E explicita que, ao utilizar falsas justificações para os aumentos de preços e para as reduções de carreiras e supressão de outras (37 alterações, todas em prejuízo dos moradores), a Carris está a piorar os transportes em Lisboa. E sem justificações válidas, ao contrário do que a Carris afirma. O PCP não hesita em afirmar:

«A Carris está a mentir»

De facto, as linhas de Metro que se referem nos documentos da Carris ainda nem existem nem se sabe quando estarão operativas. Mas à pala disso, a Carris diz que corta já nas suas carreiras.
Argumento mais abstruso, não podiam inventar, aquelas luminárias. Eis o texto:

«Governo PS e Carris:
menos carreiras, pior serviço, tudo mais caro!»

«O Governo do PS e a Carris querem alterar e suprimir carreiras prejudicando ainda mais os utentes.
Com a desculpa de que daqui por uns anos haverá mais linhas de Metro, a Carris está a pretender alterar negativamente o seu serviço.
O PCP alerta a população e as forças políticas para duas situações: essa fundamentação é injustificada e ilegal; as consequências são muito gravosas, porque muitos bairros ficam prejudicados nas ligações, e porque aos fins-de-semana deixam de ter carreiras, bem como à noite.

Pagar mais por menos serviço

Resultado: as pessoas têm de pagar mais pelos passes, porque em muitos casos passam de tarifa urbana a tarifa suburbana; à noite e ao fim-de-semana, para se deslocarem têm de usar outro transporte porque não há autocarros da Carris; e, se tiver carro próprio e dinheiro, deslocar-se na sua viatura, com as consequências que se sabe: mais despesa e poluição.
As populações mais prejudicadas, em Lisboa e nos arredores, são, entre outras, as que residem nos seguintes locais: Ajuda, Alcântara, Campolide, Ameixoeira, Carnide, Marvila, Damaia, Moscavide, Odivelas…
Pagar mais por menos e pior serviço: é o que o Governo e a Carris querem fazer a Lisboa e localidades limítrofes.
O que faz falta é uma Autoridade Metropolitana de Transportes, cujo parecer seja vinculativo!

A Carris está a mentir

Diz a Carris que faz estas alterações porque a Linha Azul do Metro vai ser prolongada até Santa Apolónia; que a Linha Vermelha vai ser prolongada até Campolide e até ao Aeroporto; que vai ser normalizado o serviço fluvial nos terminais do Cais do Sodré e Terreiro do Paço; e porque vai ser reaberto o Túnel do Rossio.
Só não diz é quando é que tudo isso vai acontecer... Não diz, porque não pode. Porque ninguém sabe… Há obras destas que ainda nem foram adjudicadas… E são obras que levam vários anos!
Ou seja: a Carris está a mentir. A Carris, de facto, quer suprimir carreiras e aumentar os seus lucros, como sempre tem feito, penalizando os utentes, como sempre tem feito e como as populações da Ajuda (e outras) tantas vezes têm denunciado.
O PCP apela às populações para que continuem a lutar pelos seus direitos de mobilidade. Esta política economicista do Governo é negativa para os utentes.»

Em Lisboa: limitações às liberdades 32 anos depois de Abril

Isto aconteceu na nossa Cidade. Lisboa, 2006!
Sócrates não tem nada a dizer? Isto não o incomoda? Incrível. Esta questão tem sido escondida pelos jornais. Porquê? Porque se trata de dirigentes comunistas? Porque os patrões e os directores não deixam publicar?
E os jornalistas?
Mas são as liberdades que estão em causa... Não o vêem? Não o sabem? A situação não incomoda?
Eis os factos, que pode ler em:
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=15263&area=5

«Dirigentes comunistas acusados
de «manifestação ilegal»
Crescem as limitações à liberdade»

Sabia disto? Passou-se em Lisboa, em 2006. Mais de 32 anos depois do 25 de Abril.
Leia com atenção, por favor (vem atrasdo, mas não perdeu importânica!!):

«Dois dirigentes do PCP estão a ser acusados de «manifestação ilegal» e foram constituídos arguidos com termo de identidade e residência. Em causa está a entrega, em Dezembro do ano passado, de um abaixo-assinado com mais de 120 mil assinaturas em defesa do direito à Segurança Social e contra o aumento da idade de reforma. A iniciativa decorreu na residência oficial do primeiro-ministro, que foi informada da acção, garante o PCP.
A entrega do abaixo-assinado foi feita por uma delegação de cerca de 20 militantes comunistas, dois dos quais foram identificados e inclusivamente recebidos por um assessor de José Sócrates. «Seis meses depois, dois desses nossos camaradas, dirigentes do PCP, foram convocados pela GNR para ir prestar declarações, ficando como arguidos e com termo de identidade e residência, com base na acusação de manifestação ilegal», denunciou o secretário-geral do Partido na conferência de imprensa de segunda-feira. Para Jerónimo de Sousa, na conferência de imprensa sobre a reunião do CC, a acusação dos dois comunistas – Paula Henriques, do Comité Central, e Luís Cardoso – é uma situação «claramente preocupante» e um grave precedente.
O Secretariado do Comité Central enviou, entretanto, uma carta ao primeiro-ministro confrontando-o pessoalmente com a gravidade da situação. Na missiva, o PCP exige a retirada da queixa movida contra a sua acção e os seus dirigentes. Esta notificação, sustenta, «constitui um acto grosseiro de limitação de liberdade e uma intolerável atitude de retaliação política».
Para os comunistas, «só por razões de intolerância democrática ou por objectivos de coacção e condicionamento políticos se pode explicar esta atitude dirigida contra a delegação do PCP». Objectivos esses que, garante-se na carta, «jamais conduziriam ao abandono pelo PCP do exercício de direitos e liberdades democráticas».
O Secretariado do Comité Central expressa ainda a sua preocupação para a frequência com que se vão repetindo actos de restrição à liberdade e aos direitos. Os casos conhecidos – obstrução abusiva do direito de propaganda, identificação de activistas e confiscação de materiais por parte de agentes da autoridade – seriam, por si só, razão bastante para suscitar «legítimas apreensões sobre os sinais de degradação e empobrecimento democráticos verificados na vida nacional», realça a carta enviada ao primeiro-ministro.»

Sobre o mesmo assunto, eis a Nota do PCP:

«1. O Comité Central do Partido Comunista Português avalia com grande preocupação o desenvolvimento da política de direita e da ofensiva contra direitos e conquistas sociais que o actual Governo tem em curso.
Suportada num quadro político-institucional favorável aos interesses do grande capital — decorrente da presença e afirmação nos principais órgãos de soberania de um bloco central de interesses, traduzido na existência de um governo com uma maioria parlamentar e da «cooperação estratégica» que o actual Presidente da República lhes garante —, a acção política do actual Governo corresponde a uma nova fase, quer pela intensidade quer pelo seu carácter global, de uma ofensiva dirigida para a destruição dos direitos sociais e para a realização dos interesses do grande capital.

2. O Comité Central do PCP chama a atenção para o facto de estar em curso não apenas uma acção destinada a reduzir direitos e a impor retrocessos sociais, mas sim uma ofensiva dirigida contra o regime democrático consagrado na Constituição, no sentido de reconfigurar a estrutura e papel do Estado aos interesses do capital monopolista.
As declarações recentes de conhecidos e proeminentes representantes do grande capital no sentido, já não só da reclamação de políticas económicas e sociais mais favoráveis aos seus interesses e mais negativas para os trabalhadores, mas da apresentação de uma verdadeira agenda de subversão do regime político e constitucional, são expressão das condições que julgam poderem estar criadas, animados pela acção e compromissos do Governo, para levar mais longe a sua ofensiva contra o regime democrático. Recompostos o capital monopolista nacional e a sua ligação ao capital estrangeiro, e garantido o domínio do poder económico sobre o poder político, o capital e os círculos políticos ao seu serviço inscreveram como seu objectivo o assalto ao regime democrático e constitucional.

3. Como insistentemente o PCP tem sublinhado, a ofensiva contra a democracia social e económica terá, inevitavelmente, expressão no empobrecimento da democracia política e na restrição das liberdades e garantias dos cidadãos.
Os projectos de revisão das leis eleitorais, as alterações anunciadas na política de segurança interna e o chamado pacto de regime para a área da justiça — que PS e PSD, e o bloco central de interesses que representam, se dispõem a viabilizar — são inseparáveis da ofensiva mais geral em curso e constituem uma condição necessária para, pelas limitações impostas aos que a ela resistem e se opõem, operacionalizar a concretização dos objectivos da direita e do capital.
No plano da Segurança Interna, o Governo tem em curso — a pretexto das acrescidas ameaças e complexificação dos fenómenos criminais e da necessidade (inevitável) de uma reorganização das forças de segurança — a aplicação e preparação de medidas de reforço do aparelho repressivo do Estado. Vão nesse sentido os projectos de subordinação à tutela do MAI de todas as forças e serviços de segurança, de centralização da informação criminal e da crescente militarização da GNR. É todo um vasto conjunto de medidas securitárias no quadro de novos conceitos de segurança em preparação, que vão desde o reforço de Schengen e da generalização da vigilância e policiamento da sociedade à concentração no primeiro-ministro dos serviços de informações, num deslizante e ilegal processo de fusão.
A estratégia em curso na área da Justiça tem por objectivo enfraquecer o poder judicial, limitar a independência dos tribunais, governamentalizar e privatizar a justiça.
A ofensiva, de uma intensidade sem precedentes, que o actual Governo tem em curso para controlar a justiça — acompanhada da retirada de direitos, do afrontamento da dignidade dos profissionais do sector e de insidiosas campanhas para minar aos olhos dos cidadãos a credibilidade da justiça — não é separável da escalada contra o regime democrático. Ela visa, em última análise, manter impunes os poderosos consolidando ainda mais os traços de uma justiça de classe, já hoje prevalecentes.
O PCP alerta para as cada vez mais frequentes acções de limitação de direitos e restrição de liberdades de acção política, de propaganda e de acção sindical. A frequência com que, em violação da lei, as forças de segurança intervêm em nome do patronato para cercear a actividade sindical dentro ou junto da empresas, as tentativas de restrição do direito de propaganda e de liberdade de expressão em vários concelhos do País e os repetidos actos de intimidação junto de dirigentes sindicais e activistas do PCP — dos quais ressalta, pela sua gravidade, a acusação de «manifestação ilegal» movida a dois dirigentes do PCP, actualmente constituídos arguidos com termo de identidade e residência, em resultado de uma acção de entrega de um abaixo-assinado na residência do primeiro-ministro — são sinal de um preocupante recurso, à margem da Constituição e dos direitos nela consagrados, a actos intoleráveis de limitação das liberdades.
O Comité Central do PCP rejeita firmemente a intimidação e os ilegítimos condicionamentos no exercício de liberdades e direitos democráticos, e reafirma a sua determinação em os defender e exercer.»

quarta-feira, julho 12, 2006

Vereadores do PCP na Câmara de Lisboa requerem informação sobre funcionamento dos ATLs e Jardins de Infância da Rede Pública
(Juntas de Freguesia, Associações de Pais e IPSS)

Os vereadores do PCP na CML apresentam hoje na sessão deste órgão autárquico um requerimento do seguinte teor:

«(...) vêm requerer a V. Exa. as seguintes informações relativas ao funcionamento dos ATLs e Jardins de Infância da Rede Pública (Juntas de Freguesia, Associações de Pais e IPSS):

Como pretende a CML, resolver o funcionamento destes equipamentos no próximo ano lectivo?

Quais os contactos desenvolvidos pela CML com o Ministério da Educação quanto a esta matéria?»

O que está previsto para o alargamento dos horários de funcionamento dos Jardins-de-Infância?

Urgências dos Centros de Saúde

Vereadores do PCP na Câmara de Lisboa requerem informação sobre encerramento de Serviços de Atendimento Permanente de vários Centros de saúde da capital

Os vereadores do PCP na CML apresentam hoje na sessão deste órgão autárquico um requerimento do seguinte teor:

«(...) Os vereadores do PCP na Câmara Municipal de Lisboa, tendo conhecimento, através da comunicação social, do possível encerramento generalizado dos Serviços de Atendimento Permanente (SAPs) dos Centros de Saúde da Cidade de Lisboa – Ajuda, Alameda, Alcântara, Benfica, Graça, Lapa, Lumiar, Luz Soriano, Marvila, Olivais, Penha de França, São João, Sete Rios e Stº.Condestavel, vêm requerer a V. Exa. informação sobre o nível de conhecimento de que dispõe sobre esta matéria e caso se confirme tal intenção qual a posição que preconiza no sentido da manutenção de tais serviços, fundamentais para a população de Lisboa».

terça-feira, julho 11, 2006

Assessores e outros membros de gabinetes de vereadores na CML

Como sempre disse, nada de nomes de pessoas que trabalham nos gabinetes. Apenas nomes de políticos, isso sim…
Como também disse, não tenho (ainda) informação relativa ao gabinete de Carmona Rodrigues.
Hoje, divulgo os primeiros dois gabinetes. Amanhã, continuarei.
Este material tem de ser tratado antes da publicação, para que nada me escape: não quero tornar isto numa questão pessoal: é uma questão política, como todas as outras, para mim.
Eis então os dois primeiros gabinetes, em pormenor:

GABINETE DO VEREADOR AMARAL LOPES

Total do Gabinete: 34 pessoas: 8 avençados; 26 pessoas requisitadas aos serviços (1 adjunta, 11 técnicos superiores e 14 outros requisitados)

a) 8 contratos de prestação de Serviços, com os seguintes honorários:

- 2.000,00
- 2.200,00
- 2.800,00
- 2.000,00
- 3.500,00
- 3.500,00
- 2.200,00
- 1.552,02

b) Funcionário afectos ao Gabinete:

b) 1.
1 Adjunta do Vereador

b) 2.
11 Técnicos superiores requisitados:

- Técnico Sup. Relações Internacionais 1ª Classe
- Técnico Sup. Principal
- Técnico Sup. Geografia Principal
- Técnico Sup. Economia Finan. Gest. 2ª Classe
- Técnico Sup Serviço Social Assessora
- Técnico Sup. Principal
- Técnico Sup. História 1ª Classe
- Téc. Sup. Comum. Soc. Assessor Principal
- Técnico Sup. Economia Finan. Gest. 2ª Classe
- Técnico Superior
- Técnico Superior

b) 3.
14 outros requisitados:

- Técnico Administrativa de Teatro
- Técnico Prof. Secret. Relações Públicas 1ª Classe
- Ass. Administrativo Principal
- Condutor Máq. Pesadas e Veículos Especiais
- Condutor Máq. Pesadas e Veículos Especiais
- Técnico Prof. Secret. Relações Públicas 1ª Classe
- Secretária Apoio Vereador
- Auxiliar Técnico
- Assistente de Gestão
- Adj. Coord. Gab. Imagem e Relações Públicas
- Telefonista
- Auxiliar Administrativo
- Condutor Máq. Pesadas e Veículos Especiais
- Condutor Máq. Pesadas e Veículos Especiais

GABINETE DO VEREADOR SÉRGIO LIPARI PINTO

Total do Gabinete: 27 pessoas: 5 avençados; 22 pessoas requisitadas aos serviços (1 adjunto, 7 técnicos superiores e 14 outros requisitados)

a) 5 contratos de prestação de Serviços, com os seguintes honorários:

- 2.895,63
- 2.200,00
- 2.200,00
- 630,00
- 2.750,00

b) 22 Funcionário Afectos ao Gabinete:

b) 1.
1 Adjunto do Vereador

b) 2.
7 Técnicos superiores requisitados:

- Téc. Sup. Relações Públicas Publicidade 1ª Classe
- Técnico Sup. Filosofia Principal
- Téc. Sup. Jurista Assessor
- Téc. Sup. Assessora Principal
- Téc. Sup. Serviço Social 1ª Classe
- Téc. Sup. Segurança Social 2ª Classe
- Técnico Sup. Economia Finan. Gest. 2ª Classe

b) 3.
14 outros requisitados:

- Motorista Pesados
- Técnico Gebalis
- Assistente Administrativo Principal
- Técnica Gebalis
- Motorista Ligeiros
- Secretária Apoio Vereador
- Fiscal Municipal Serv. Gerais Coordenador
- Assistente Administrativo
- Assistente Administrativo
- Condutor Máq. Pesadas e Veículos Especiais
- Agente Téc. Agrícola Especialista
- Chefe Secção
- Técnico Gebalis
- Téc. de Relações Públicas e Marketing 1ª Classe


Amanhã há mais.

Médicos em greve

Nos hospitais de Lisboa. Leia:

http://news.google.com/news?ie=utf8&oe=utf8&persist=1&hl=pt&client=google&ncl=http://www.regiaodeleiria.pt/%3Flop%3Dconteudo%26op%3D2838023a778dfaecdc212708f721b788%26id%3Db30573f4e4a5aba621dd6c2f3b969768

segunda-feira, julho 10, 2006

Grande Guerra 2006

(
Há uns tempos, colocaram-me aí em baixo um contador. Para eu mesmo ter um aideia do número de leitores por dia. Pois bem: rebentaram-me com ele, não sei porquê. Calma, malta. Um de cada vez... - E isso sucedeu exactamente depois de colocar aqui o aviso de que ia rebentar aqui uma bomba neste blog... Afinal rebentou foi no contador do blogger. Vá-se lá perceber isto.
)


Grande Guerra 2006

A quem interesse:
Uma das muitas grandes guerras...
Em Lisboa:
http://lxautarquicas.blogspot.com/2006/07/eleies-no-psd-roubam-vereadores.html
e em Oeiras:
http://caisdalinha.blogspot.com/2006/07/oeiras-tentou-boicotar-teixeira-da.html

quinta-feira, julho 06, 2006

CM Lisboa: assessores, assessores, assessores…

(Ontem não houve posts porque o blogger do google esteve em manutenção. Julgo que foi isso).

Câmara de Lisboa. Assessores. Um mundo. Uma despesa do diabo, por mês, por ano, por mandato…
Sou um deles, como se sabe. A minha situação concreta já ficou exposta aí em baixo noutro post.

Metodologia

Eis o tratamento que quero dar a esta questão.
No imediato, vou dizer-lhe que tenho comigo uma relação oficiosa. Gabinete a gabinete. Excepto o da Presidência da CML – que me garantem ter cerca de 60 colaboradores, entre prestações de serviço e requisições. A questão é que há técnicos que vêm dos serviços (recebem, por estar nos gabinetes, determinada verba em extras – horas e tal – o que chega/va a duplicar o ordenado, muito baixo, cuja base é de 1 100 a 1200 €, em geral).
Autonomizo também os técnicos requisitados às empresas municipais, pois os seus vencimentos, pagos pela CML em caso de requisição, são consideravelmente superiores (cerca do dobro) em relação aos técnicos da CML.

Gabinete a gabinete

Um resumo, hoje, por gabinetes dos vereadores:
- Carmona Rodrigues / Presidente: cerca de 60 membros do gabinete (talvez mais de 50 mil euros / mês);
- Fontão de Carvalho / Vice-presidente: 8 prestações de serviço (ps, num total de um pouco mais de 20 mil euros por mês) e 9 técnicos superiores requisitados aos Serviços da CML (tsr);
- Amaral Lopes / Cultura: 8 ps (20 000 € / mês) e 13 tsr;
- Sérgio Lippari / Acção Social: 5 ps (11 000), 2 técnicos requisitados a empresas municipais (em) e 6 tsr;
- Pedro Feist / Desporto e Higiene Urbana: 7 ps (14 000) e 5 tsr;
- Marina Ferreira / Mobilidade e Recursos Humanos: 8 ps (13 000) e 7 tsr;
- Maria José Nogueira Pinto / Habitação e Baixa: 4 ps (7 000) e 2 tsr;
- Gabriela Seara / Urbanismo e Juventude: 18 ps (44 000) e 9 tsr;
- António Proa / Espaços Verdes: 12 ps (30 000) e 6 tsr;
- Gabinete do PS: 10 ps (20 000) e 3 tsr;
- Gabinete do PCP: 2 ps (5 000), 2 em e 2 tsr;
- Gabinete do BE: 6 ps – 12 pessoas a meio tempo (21 000) e 0 tsr.

Total em ps: cerca de 230 000 € / mês, ou seja, mais de 1,5 milhões de euros por ano. Fora as tais regalias dos tsr, os automóveis, telefones, e sei lá que mais.

Sei muito bem que tudo isto é sensível. Nem sei bem se toda a gente me vai interpretar bem. Mas a informação aí fica. Se alguém vier dizer que não é assim, saiba desde já que está a mentir. A menos que venha dizer que o problema ainda é mais sério...
E saiba que há muito mais «material» em meu poder. Um dia será usado. Sei de pessoas que estão a meio tempo e recebem no fim do mês mais de 4 000 €. E eles também sabem. Só não sabem / não sabiam que eu sei...

E os serviços paralisados.
E os técnicos municipais sem nada para fazer e desiludidos e desesperados...

Há quem relacione esta situação dos assessores (aqui sub-avaliada na prática porque depois os próprios directores municipais contratam e requisitam e porque estas relações são voláteis – estão sempre a crescer). Mesmo assim, se se contar com estas verbas e se adicionarem os gastos com horas e regalias (exemplo: telefones), a máquina é financeiramente muito pesada para o erário. Mas tem de haver especialistas a analisar os assuntos – em defesa do interesse público. Embora muitos destes algarismos sirvam exactamente para o contrário – uma questão de opinião e de perspectiva, sem dúvida…
Há também quem compare estes gastos com o corte de horas extra feito de sopetão e sem aviso-prévio.
Todos terão as suas razões. E têm.
Mas pergunto: para quê tanta assessoria, sobretudo em áreas em que os serviços estão perfeitamente apetrechados? Mais: em muitos casos, os serviços estão eles mesmos completamente paralisados, como toda a gente sabe??Tenha um bom dia…

Político-genómica

Há uma ciência nova (uma sobrinha minha vai fazer tese de mestrado em Farmácia sobre isso), chamada fármaco-genómica. Consiste, em resumo, no estudo do efeito específico de cada «produto» sobre cada organismo: uma espécie de individualização dos efeitos, para eventual futura criação personalizada de fármacos, doses, composições e tal. Mais ou menos isto, dra. Nélia Gouveia?
Bom. Na sequência desta conversa familiar, criei uma nova expressão: a «político-genómica». Será o estudo do que dizer e fazer para obter efeito específico sobre cada pessoa em política, sobre cada grupo específico etc..

Escola D. João de Castro

Os deputados de todas as bancadas excepto os do PS (fidelidade canina obriga) estão contra o encerramento da Escola D. João de Castro. Mas convém dizer que os pais, muito firmes com a tese da ilegalidade do fecho, por falta de fundamento e porque se trata de uma escola de «sucesso», acusam os vários governos desde há sete anos, de terem progressivamente esvaziado a escola…

Hemeroteca de Lisboa

Hemeroteca só em 2007

O acervo continua no Palácio Marquês de Tomar. Leia:
http://news.google.com/news?ie=utf8&oe=utf8&persist=1&hl=pt&client=google&ncl=http://diariodigital.sapo.pt/news.asp%3Fsection_id%3D4%26id_news%3D235119

Segurança em Lisboa

Mais polícias para Lisboa
Pode ler:
http://news.google.com/news?ie=utf8&oe=utf8&persist=1&hl=pt&client=google&ncl=http://diariodigital.sapo.pt/news.asp%3Fsection_id%3D12%26id_news%3D234592

CML: as viaturas paradas e a «falta de respeito»

Oficinas da CML

«Não assunto» – foi assim, com desplante que alguém do gabinete do vereador do pelouro classificou os problemas dos trabalhadores das Oficinas da CML. Claro que foi, como eles dizem e com razão, uma grande «falta de respeito»: não foram recebidos pelo vereador e ainda têm de ouvir destas? Leia mais:
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1263155

Carris

Governo e Carris tramam os lisboetas em dose tripla

Carreiras da Carris: menos, piores e mais caras... A chamada «Rede 7» mais não é do que um embuste do Governo do PS e da Administração da Carris. Passes mais caros, menor serviço, coroas mais pequenas: eis o que a Carris e o Governo querem fazer às carreiras da Carris na Cidade de Lisboa e nos arredores.
Leia:
http://lisboalisboa2.blogspot.com/2006/07/cmara-de-lisboa-viaturas-poluem-e-so.html

Lg Barão de Quintela

Largo Barão de Quintela / Audiência AML

Recebi, do Forum Cidadania Lisboa, o mail seguinte:
«No seguimento das acções de protesto contra o anunciado projecto de construção de parque de estacionamento no Largo Barão de Quintela, e da criação da comissão da Assembleia Municipal para a apreciação do respectivo processo, foi o Fórum Cidadania Lx ouvido ontem, pelas 18h, em sede de comissão.
Dado que a maioria esmagadora dos membros da Comissão Eventual para Apreciação do Processo do Largo Barão de Quintela se manifestou clara e frontalmente contra o projecto, saímos com a convicção que o mesmo não irá avançar».

PSD e Santana

Chegam notícias de Oeiras…

No Cais da Linha, hoje:

«CDU e BE têm uma forma particular e peculiar de fazer oposição que não é novidade.
O PS com Emanuel Martins, criou condições sobejamente conhecidas para a breve trecho fazer parte do executivo, aceitar pelouros e garantir a maioria necessária para governar Oeiras sem desculpas e com rigor.
É uma escolha legítima.
O PSD fica desta forma numa situação delicada»

Santana vai «ajudar» PSD

Santana Lopes voltou à Assembleia da República, em meio tempo (?), e diz que vai «ajudar» o PSD. Mas não Marques Mendes, de certeza.
Se não acredita, veja:
http://caisdalinha.blogspot.com/2006/07/sombra-de-marques-mendes.html



quarta-feira, julho 05, 2006

Notas do dia

Assessores, assessores, assessores

São tantos! A começar por mim, evidentemente. Estou dentro da quota, como se verá adiante... Mas a maioria PSD e CDS... ena tantos e, muitos, tão bem pagos! Então e eu? Igual
à maioria: 2500 € / mês.
Veja os próximos posts.

Viaturas da CML meio paradas

Uma parte significativa da frota municipal está parada. As condições de quem ali trabalha (Olivais) deixa muito a desejar.
Leia:
http://lisboalisboa2.blogspot.com/2006/07/lisboa-viaturas-da-cmara-param-por.html


Viaturas alugadas: caras e poluentes

Há novos desenvolvimentos: um anónimo, que mostra muito bem saber do que fala, inseriu comentários interessantes num blog próximo da CML… Veja esse e outros comentários:
http://lisboalisboa2.blogspot.com/2006/07/cmara-de-lisboa-viaturas-poluem-e-so.html


Diálogo inter-religioso

No âmbito de uma campanha contra a xenofobia e o racismo, que decorre sob o lema “Unidade na Diversidade”, a Federação dos Jovens Verdes Europeus organiza, em conjunto com a organização juvenil do Partido Ecologista “Os Verdes” (a Ecolojovem – “Os Verdes”)… Leia mais:
http://lisboalisboa2.blogspot.com/2006/07/dilogo-de-jovens-verdes-europeus.html

terça-feira, julho 04, 2006

Lisboa, Bairro Azul: mais um parque, mais uma guerra

Quercus, Cidadãos Auto-Mobilizados, Forum Cidadania Lisboa, associações e comissões de moradores: todos contra o projecto de mais um parque de estacionamento em Lisboa. Desta vez, na Av. Ressano Garcia, no Bairro Azul.
Leia a peça da Lusa em:
http://lisboalisboa2.blogspot.com/2006/07/lisboa-bairro-azul-mais-um-parque-mais.html

segunda-feira, julho 03, 2006

Os carros da CML

De um blog de Lisboa:

Lisboa gasta 4,5 milhões
03 Jul 2006
02:44:54

A Câmara de Lisboa prepara-se para alugar durante três anos 381 novas viaturas por mais de quatro milhões e meio de euros.

A proposta foi apresentada ontem na reunião pública do executivo pelo vereador Pedro Feist que tem a cargo a gestão da frota municipal.

O gasto em novas viaturas caiu mal junto dos funcionários municipais que não receberam este mês as horas extraordinárias realizadas.

Pedro Feist propõe alugar 19 a 25 automóveis a gasóleo com 1800 a 2000 centímetros cúbicos de cilindrada; 50 a 56 ligeiros com 1500 e 1800 centímetros cúbicos de cilindrada; 210 a 216 automóveis com 1300 a 1500 centímetros cúbicos de cilindrada; 80 a 86 veículos tipo pequeno furgão a gasolina; uma a três viaturas monovolume com 1800 a 2000 centímetros cúbicos de cilindrada e oito a 12 viaturas pequenas com 700 centímetros cúbicos de cilindrada.

Mais polícias para as ruas de Lisboa

Leia o que disse o ministro. Recorde outras coisas: polícias e ruas de Lisboa:
http://news.google.pt/news?hl=pt&ned=&ie=UTF-8&ncl=http://jn.sapo.pt/2006/07/03/nacional/ministro_quer_mais_agentes_psp_ruas_.html

Lisboa: rendas, Governo, Nog Pinto, novo Jornal d' África, PDMs

Rendas de casa
Já deu para perceber que a regulamentação da nova lei do arrendamento urbano só entra em vigor no fim do prazo legal para promulgação pelo PR.

Governo
Jerónimo de Sousa, que está em cima no barómetro da popularidade, diz as coisas preto no branco: o que quer é nova política, não novo governo...

Maria José Nogueira Pinto
Aquela história da xenofobia, mesmo que só formal, está a dar-lhe cabo do hallo de estado de graça. Uma espécie de gato escondido com o rabo de fora. Não há blog, jornal ou revista que não a venha comparar esta semana ao Ruas de Viseu («Corram-nos à pedrada» - aos fiscais do Ministério do Ambiente), ao Menezes de Gaia («querem massa? Não critiquem» - aos jornais locais) ou ao Rio («quem quer massa, que não chateie» - às associações e colectividades).
Mas ninguém fez chinfrim por causa do Alberto João...

Jornal d' África
Parabéns ao Emídio Fernando (TSF). Longa vida ao novo órgão, o «Jornal d' África», que ele dirige. Vou colaborar - já lho disse e ele agradeceu - mas é meu prazer e meu dever... Logo lho explico. Faz-me saudades que não tenha tido continuidade o projecto «África Informação», cuja redacção chefiei, apoiado pelo então ministro dos estrangeiros, Jaime Gama, mas que morreu na praia. Infelizmente. Bem-vindo, então, o JA e o Emídio.

Planos directores
Aquela ideia do governo de simplificar e quase eliminar os planos directores municipais, sabem o que vai dar? Uma grande bandalheira. Há mesmo quem preveja que vai ser o fim do planeamento. Isto, num país já todo esfrangalhado. Ainda ontem, ao olhar para as construções de Xavier de Lima, de há 30 anos, no Cabo Espichel, deu para comentar: «Olha que hoje há aí sítios onde as agressões à natureza e aos equilíbrios não são muito diferentes...»
Olh' agora, sem planos directores a conter é que vai ser bonito...

Distrital de Lisboa do PSD

O Carreiras está cheio de massa. Ele ou quem o apoia. E deve ser malta de peso. Na corrida à distrital de Lisboa do PSD terá contratado a LPM, agência de comunicação nada barata... Disputa esta eleição contra Paula Teixeira da Cruz, esta apoiada por Marques Mendes.