sexta-feira, julho 05, 2013

E agora

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EDITORIAL
E AGORA O QUE EU PENSO QUE ELES ANDAM A PENSAR

Acho que não é preciso ser muito esperto para me debruçar um instante sobe o que eu penso que Passos e Portas andam a pensar.
Parto do princípio de que o interesse público para eles é o interesse deles mesmos antes de mais e dos seus partidos ou de parte deles a seguir.

Então, tudo somado, eles pensam neste momento:
1º - Como é que vou fazer acordo com este tipo (o outro, para cada um deles) sem perder poder nem a face nem os lugares da minha gente.
2º - Portas pensa que se não chegar a acordo de governo arrisca que as coligações autárquicas acabem já e receia que por aí se esvaiam centenas de lugares dos seus homens de confiança - que ficarão chateados e talvez até nem votem mais nele nos Congressos, se não for já neste.
3º - Passos pensa como pode usar a bomba autárquica de forma mais eficaz para dobrar a espinha de Portas.
4º - Ambos pensam nos investidores, nos juros da dívida e na queda da Bolsa mas não no sentido do interesse público e sim no que uma crise pode provocar. Explico: dois dias de crise e demissões levaram a 12% de queda dos bancos na bolsa e a uma subida dos juros da dívida para lá de tudo. Aí os dois pensam: Eh, pá. A crise dura pelo menos 55 dias até novas eleições. Cai tudo, na Bolsa. Vou ter contra mim até os bancos. Já não basta s desempregados, os pequenos empresários. São 55 dias com toda a gente a cair-me em cima e a dizer que a culpa disto tudo é minha. Estou feito.
5º - Mas ambos pensam: Mas não posso ceder em tudo a este tipo (o outro). Vou aguentar ao máximo e ganhar a maior margem de manobra que possa. Que se lixe.  

É esta a maneira de fazer política que deduzo ser a que está em vigor por aqueles lados.
Lamento - mas é a imagem que fica para fora.
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