Editorial
Vou desdobrar um raciocínio simples. Isto vai ser como na Matemática: siga-me palavra a palavra e não lhe vai custar nada a perceber.
Ponto 1
Marques Mendes disse: “António Costa tem condições para poder aspirar a uma maioria absoluta, Seguro não”
Ponto 2
Fico sempre chateado quando um comentador destes se mete na vida partidária deste modo.
Ponto 3
Acho que desta vez Marques Mendes foi demasiado claro na sua táctica.
Assim:
- Acho que o que a direita quer é que Seguro se mantenha.
Entendo que esse é um seguro de vida da direita.
- Assim sendo, qual a finalidade de Marques Mendes com esta atoarda?
Não é que as pessoas pensem que Costa vai ter maioria absoluta - ao contrário do que pode parecer, se só atendermos às palavras ditas.
Não.
Marques Mendes quer influenciar quem?
Aqueles que podem eleger Costa para secretário-geral.
E quer que votem nele?
Entendo que não.
Quer que Seguro lá continue.
- Então, qual é, em minha opinião, o percurso desta ideia de Marques Mendes?
- Simples. Ele pensa assim: se eu sou de direita - e as pessoas (eleitores PS quando houver eleições no PS) bem o sabem -, então o que eu diga é lido ao contrário. Ou seja: eles pensarão que se eu digo que Costa vai ter maioria absoluta é porque quero que eles pensem que Costa nunca chegará a uma vitória eleitoral significativa. Porque eles pensarão que eu digo o contrário do que penso para obter o melhor resultado para o PSD... Então, eu tenho de afirmar que Costa vai ter maioria absoluta. Assim, eles, pensando que o meu medo é de Seguro, vão manter Seguro. E isso é o que de facto eu quero. Mas não posso dar a entender isso... se não, elegem mesmo Costa.
Uf!
Que cansaço, estas mentes retorcidas!
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