quinta-feira, setembro 03, 2009

Se o descaramento matasse...

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Editorial
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O PSD sempre tripudiou e espezinhou o PDM de Lisboa
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Leio no 'DN' que, em reacção à suspensão do PDM para hotel e uso público de parte do Quartel da Graça, a lista de Santana Lopes divulgou às tantas (em comunicado que não me dou ao trabalho de ir ler lá, no site) a seguinte atoarda: «A coligação, constituída pelos sociais-democratas, CDS-PP, PPM e MPT, salienta ainda que "a revisão do PDM, já com quinze anos, tem sido uma batalha do PSD"».
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Acho isto um espanto. Uma pessoa até fica de boca aberta com isto. Desde fins de 2001, o processo de revisão está parado. Pior: no mandato de Santana, não só o PDM foi suspenso como, bem pior, não foi cumprido e foi agredido muitas vezes, o que originou umas dezenas de participações do PCP ao Ministério Público, como ainda foram tomadas nos seis anos de mandatos do PSD as decisões urbanísticas mais gravosas para a Cidade, sempre por... despacho simples de aprovação de loteamentos e por via de alteraçõs simplificadas do PDM - verdade se diga que sempre ilegais e sempre com a benção do PS na Câmra e na Assembleia Municipal.
Vir agora dizer aquilo que aí fica transcrito é o cúmulo da desfaçatez e do descaramento.
Esta gente não tem memória e julga que já ninguém se lembra destas paradas de há dois, três, e... até há seis ou oito anos atrás?
Vem aqui a talhe de foice aquele provérbio que a minha mãe usa nestes casos: «quem não tem vergonha, todo o mundo é seu». E é bem verdade: esta malta não tem vergo nha na cara.
É que podiam estar caladinho e ninguém se lembrava de chamar outra vez à colacção aqueles despachos ilegais e ruinosos de Eduarda Napoleão. Mas não: tinham de vir dizer aquilo...
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