quarta-feira, julho 21, 2010

Editorial

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Em estilo telegráfico, por manifesta falta de tempo.
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Tema: Revisão constitucional agora proposta pelo PSD e em que termos
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Não se entende:
1. Porquê agora;
2. Porquê esconder a situação do País atrás desta cortina;
3. Tanta distância em relação à técnica constitucional (fica a ideia de um memorando feito por amadores);
4. Que o PSD tenha escolhido logo Paulo Teixeira Pinto - não se lhe conhecendo qualquer estudo ou tese científica nesta áreas - e logo agora que acaba de ser alvo de processo por via do Millenium;
5. Que o PSD não entenda quanto Sócrates lhe agradece o timing.
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Tenho a certeza de que:
1. O PSD se vai dividir - já está em andamento esse processo de divisão;
2. O lançamento e o modo de deixar escapar para os jornais aos bocadinhos é de amador, dada a manifesta imperfeição do texto e a agora conhecida falta de debate interno alargado prévio;
3. Com três dos conteúdos já debatidos em público (despedimentos, saúde e Educação) o PSD perde votos, perde votos, perde votos.
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Surpreendi-me esta noite com a verbosidade de Miguel Relvas - que nisso há-de ser imitado e imitado e imitado:
- Esta direcção do PSD, esta direcção do PSD...
- Ninguém está aqui para acabar com...
- E tudo isso no meio de um discurso angelical. Como se diz na minha terra: quem os ouvir não os leva presos. Mas, de repente, a gente pensa nos despedimentos e nos cortes na Saúde e na Educação e de repente acorda daquele silvo de encantamento que é o discurso oco de Miguel Relvas.
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Finalmente:
- Fica-me o sabor a manobra de diversão. Se a revisão só pode ser obtida com a votação favorável de 2/3 dos deputados... que diabo levará esta «nova direcção do PSD» a investir tudo nisto?
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Síntese:
- O PSD ofereceu aqui ao PS o silêncio sobre a crise por uns tempos (alguém voltou a ouvir falar dela?);
- O PSD pôs aqui a cabeça no cepo eleitoral e ofereceu votos ao PS e até um sopro de esperança nos resultados eleitorais que já todos davam como resolvidos.
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