segunda-feira, maio 02, 2005

Jornal das 11 / dia 2 de Maio

Ruben

No ‘DN’ de ontem, a opinião de Ruben de Carvalho sobre a Casa Garrett:
«Sob pena de a cada ano que passa ver desaparecer elementos que sustentam a nossa memória colectiva - edifícios, unidades industriais, monumentos, simples mas significativos locais -, parece indispensável fazer uma reflexão sobre o problema. A situação da casa de Almeida Garrett é o caso mais actual, ainda não há muito se discutiu a situação de um edifício que durante décadas albergou a PIDE/DGS.É evidente que os factores de lucro imobiliário contam aqui, mas tudo indica que o quadro legal necessita de estudo. A decisão oficial de preservar um edifício tem como base essencial valores físicos que podem ser avaliados com alguma objectividade (traça arquitectónica, elementos documentais ou testemunhais); mas há também factores mais subjectivos em que o exemplo mais frequente é a conservação integral da residência de uma figura que justifique aplicar o polémico conceito de casa- -museu.Nem sempre é fácil conciliar de forma razoável todos os elementos. O facto de determinada personalidade ter habitado uma casa não lhe concede automaticamente valor arquitectónico, nem é inquestionável que a figura que se entende merecedora de homenagem a receba da melhor forma mediante aquele tipo de solução.Paris, Barcelona, por exemplo - ou cidades que sofreram graves destruições como Colónia -, apresentam numerosas soluções de conciliação de valores patrimoniais e de manutenção da memória de forma que, pela sua contemporaneidade e criatividade, acabam a constituir riquíssimos factores de fixação da memória tão ou mais ricos do que uma simples manutenção.Há que estudar soluções.»

Jorge Coelho

Disase duas coisas essenciais. A primeira é que considera o PCP responsável pelo facto de não haver coligação em Lisboa. A segunda é que ficou feçliz por ouvir do PCP que «somos amigos» (da frase de Jerónimo de Sousa, na altura: «Amigo não empata amigo»). Daqui infere que poderá haver alianças pós-eleitoral.
Confessa pois que não pensa ganhar Lisboa com maioria absoluta, ao contrário do que faz passar o seu candidato. E que, depois das eleições, «falaremos».