segunda-feira, novembro 09, 2009

Quatro meses é muito tempo

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Editorial
Como na canção: quatro meses «é muito tempo». Foi o tempo em que os documentos vindos de Aveiro e referentes ao caso Sucatagate permaneceram paradinhos na mesa de Pinto Monteiro.
Há 4 meses ainda nem sequer tinha começado o ciclo eleitoral de 2009.
Era por isso boa ocasião para pôr tudo em pratos limpos: Freeport e Sucatagate.
Mas não. Nada.
Soube agora que o Sucata esteve estes 4 meses parado no PGR: Público - Certidões do Face Oculta paradas quatro meses na PGR.
Mal feito. Não se entende. Não entendo.
Há uns tempos escrevi que oiço falar de Pinto Monteiro desde que me conheço, por via da minha proximidade adolescente com um grande compincha de PM e seu companheiro de algumas aventuras juvenis de um grupo de malta da rambóia da Guarda... E disse nessa mesma altura que achava que PM tinha força anímica suficiente para não se deixar intimidar (isso é o que penso, com base no que ouvia nesses tempos de juventude).
Hoje, perante as giga-jogas da Dra. Almeida, sua subordinada, e perante esta notícia do 'Público' e de quase toda a imprensa, tenho de retirar aquelas afirmações de coragem e inflexibilidade.
Lamento. Mesmo. Não porque esteja a pensar que Sócrates tem culpas no Freeport ou no Sucata. Apenas porque acho que tudo isso devia já ter sido aclarado e andamos para aqui a encanar a perna à rã sem honra nem proveito para ninguém, nem sequer para Sócrates e seus amigos dos dois casos, alguns acusados na opinião pública certamente com razão, outros provavelmente sem razões - e sobretudo não para a Justiça e seus aparelhos de investigação.
O que também se lamenta.
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Actualização
Manda a lei do contraditório que se diga que Pinto Monteiro veio ontem, segunda, 9, dizer que mandou duas destas certidões para onde devia (Noronha de Nascimento) e que não estão paradas...
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