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EDITORIAL
Assim, não, de certeza
Cortes orçamentais? Má organização? Balda?
Seja lá o que for, o resultado é revoltante.
Familiares foram lá ontem à tarde e vieram de lá hoje de manhã.
Saíram de casa, perto de Sesimbra, às 15.
Entraram em casa já passava das 3 da manhã de hoje.
Contam o diabo.
Foram para as urgências.
Quatro horas até a pessoa ser vista pelo médico a primeira vez.
Dada a gravidade (infecção, tensão elevadíssima, pessoa com historial clínico complexo - cancro etc.), foi mandada fazer radiografia.
Mais várias horas para segunda consulta (a radiografia hoje demora dez minutos a fazer e inserir no sistema informático).
Às 3 da manhã saem do Hospital.
Condições péssimas da sala de espera com cadeiras desmanteladas, cadeiras partidas, peças arrancadas... pessoas aos gritos de revolta, polícia a ter de levar um cidadão mais exalado..
Bar fechado. Duas ou três máquinas automáticas de sumos e sandes... vá lá.
Salvou-se um serviço de chás e leites oferecido pelo Hospital.
Concluo:
1 - Não há urgência médica - a pessoa é atendida de acordo com a hora de chegada... coisa estranha... não devia ser um médico a definir o quê e o quando?
2 - Não sei de quem é a responsabilidade, mas que alguém alguma vez tem de responder por situações destas, isso tem.
Muita gente lá disse ontem que aquilo era do terceiro mundo.
E é?
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