quarta-feira, outubro 07, 2009

O debate

.
Obrigado, Ruben, pelas lições de rigor, de verticalidade e de seriedade no estudo dos assuntos e na decisão sobre eles. Mesmo que te cortem a palavra, mesmo que Fátima Campos Ferreira fique tão excitada, obcecada e vidrada com Costa e Santana e Santana e Costa e Santana...
Registo que Santana Lopes desconhece o que aconteceu antes. Ele nem sequer se lembra ou mostra conhecer o que aconteceu quando ele mesmo era presidente da CML. Eu sempre desconfiei disso. Hoje confirmei isso mesmo por várias vezes.
.

3 comentários:

Gustavo Menezes disse...

Se vai votar no Ruben porque é que parece que vai votar no Costa? Ganda Zeca

José Carlos Mendes disse...

Está tudo aqui. (Por razões técnicas, impostas pelo Google, vai em dois comentários...)

São as perguntas do '24 Horas' e as respostas de Ruben de Carvalho (não publicadas):

«- Quais as traves mestras do programa (as duas ou três ideias chave do programa)?

Primeira de todas: a primazia do interesse público sobre os interesses privados. Depois, sucessivas questões que preocupam os cidadãos e para as quais nos últimos anos são muito insuficientes ou até nulas as respostas dos poderes central e local até agora: a criação de emprego e o papel da autarquia, em sede de PDM, nesse sentido; a requalificação e melhor gestão do espaço público; o ordenamento do trânsito, que se liga com o estacionamento, melhoria dos pavimentos e, sobretudo, respeito absoluto e prioridade ao peão: é preciso acabar com as segundas filas de estacionamento, intervir nas cargas e descargas e melhorar as passadeiras, sua localização e manutenção permanente. Acrescentam-se ainda outras preocupações da CDU e das populações, que têm a ver com o urbanismo democrático e participado, independente da especulação imobiliária; os apoios sociais, apoios às colectividades e descentralização de poderes e meios para as Freguesias; incentivos aos trabalhadores municipais, muito desmotivados pelo abandono de que têm sido sujeito passivo. Finalmente, as questões da reabilitação e da habitação, designadamente nos Bairros municipais – devendo ser redefinida toda a intervenção das empresas municipais, a começar pela Gebalis e a EPUL.

José Carlos Mendes disse...

Continuação:

- Qual é a expectativa para Domingo? É possível reforçar a presença da CDU no executivo ou manter os dois vereadores já seria um bom resultado?

As expectativas são óptimas. A CDU tem uma empatia enorme com as populações, sobretudo com as mais carenciadas, com os trabalhadores e com os pequenos empresários. Pelo que sentimos nas pessoas, pelo trabalho feito durante o mandato e pela forma como está a decorrer a campanha na rua, a perspectiva é de obtermos mais votos e mandatos nos vários órgãos do Município.

- A CDU está disponível para uma eventual coligação pós-eleitoral para viabilizar um executivo?

Primeiro é preciso votar. Depois de contados os votos, se analisará o quadro futuro, sendo que, se for maioria, a C DU convidará outros para assumirem responsabilidades. Se não for maioria, a CDU viabilizará sempre as políticas que, na sua opinião, sirvam Lisboa e os lisboetas.

- Que balanço é que faz destes dois anos de mandato de Costa?

Fizemos em Agosto um balanço profundo sobre o trabalho e os modelos de decisão do actual mandato. É um balanço muito sério e verdadeiro e por isso mesmo não podia ter sido muito elogioso para o Executivo ainda em funções. A dada altura dizíamos que «no actual mandato, da parte do PS houve muita propaganda mas pouca acção. No essencial, as políticas continuam as mesmas, embora com alguma camuflagem. O caso do urbanismo é paradigmático. Com outra roupagem, a verdade é que continua a falta de regras, o PDM é sistemática e cirurgicamente suspenso para permitir grandes lucros aos investidores à custa da qualidade de vida na Cidade. Como temos afirmado, assiste-se hoje à multiplicação de «planos e projectos parcelares» em zonas estratégicas da cidade, como o Parque Mayer, a «Matinha», Alcântara, por exemplo, sem que a revisão do Plano Director Municipal (PDM) esteja concluída. O espaço público está miserável, abandonado e degradado, continuaram as operações de privatização de espaços em Lisboa, se não fossem travadas as tentativas de privatização de serviços, hoje a higiene urbana já teria sido concessionada a privados. Tudo, com os elevados custos para o erário publico e mesmo para a defesa do trabalho com direitos. As dívidas foram simplesmente empurradas para o próximo mandato e para mais além. A par de tudo isto, a maioria PS foi completamente subserviente em relação às políticas do Governo, seja em relação à Zona Ribeirinha, Porto de Lisboa, seja em relação à venda de património.»

- A divisão de votos à esquerda pode dar a vitória a Pedro Santana Lopes?

Os eleitores vão derrotar Santana. O candidato do PSD já mostrou antes como é que vê a Cidade e como é que actua quando tem a responsabilidade da sua gestão. Dissemos que esta candidatura não dignificava Lisboa e mantemos a mesma apreciação. Todos os votos na CDU são votos para derrotar Santana e os únicos verdadeiramente úteis para mudar de política em Lisboa.»