quinta-feira, maio 09, 2013

Inefável: mais um

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EDITORIAL
É espantoso. Como esta gente nega e renega na mesma frase várias vezes na mesma tarde.
Quando li estas aleivosias fiquei sem sangue nas veias.
Apenas duas das mentiras que o são mas parecem ser coisa séria. Mas ele defender-se-á sempre com os «ses» que meteu em todas as coisas que disse com alguma hipótese de interesse:

1
... "fazer regressar, ainda que lentamente, o crescimento económico"
Quando?
... "mais perto do final do ano"...
Mas...
Mas o quê?
O homem não o afirmou.
Não, senhores.
O homem disse nas calmas:
"Não sei se isto vai acontecer ou não, mas penso que..."
Conclusão:
Isto não é nada de nada.
Mas nada mesmo.
No entanto, os «jornalistas» escreveram: "F... considerou que "mais perto do final do ano" poderá ser possível obter "melhores condições" para o cumprimento do programa de ajustamento e fazer regressar "lentamente" o crescimento económico".
Ou seja: isto não vale nada, mas faz notícia.

2
Mas o homem não descansava. Precisava de se evidenciar pela positiva. De forma idiota. Porque, logo a seguir a cada tirada positiva, lá vinha a idiota da condicionante que o desculpabilizará daqui a uns tempos quando alguém lhe quiser pedir contas (quem é que lhe ligaria tanto assim?).
Eis outra:
Perguntaram-lhe se os impostos iam descer.
Resposta:
... "eu penso que seria viável."
Mas.
Mas.
Mas.
Agora a condicionante. Melhor: as condicionantes:
"Isso não depende só de nós".
Mais, e agora as condicionantes evidentes na cabecinha dele:
"Se for concertado com os líderes europeus e desde que eles percebam e nos dêem as condições, eu penso que seria viável."

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Pior ainda: esta cerimónia de lançamento de um simples livro parecia um acto de Estado. Melhor: um acto inter-estadual, tal a dose de ministros e dirigentes do PSD e ex- isto e aquilo...
Veja só a quantidade:

"Na apresentação do livro, apresentado por Marcelo Rebelo de Sousa, estiveram presentes diversos ministros, entre os quais o da Economia, Álvaro Santos Pereira, e o da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, que ladeavam o primeiro-ministro, sentados na primeira fila.
O ex-ministro-adjunto Miguel Relvas e o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, assim como o ex-líder do PSD Luís Marques Mendes, estiveram também presentes no lançamento, que decorreu num espaço comercial de Lisboa".
E também Passos Coelho e muitos deputados do PSD - que raio de jornalistas estes...

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