quarta-feira, abril 05, 2006

Tão bom!

Um jornal electrónico. Que bom. Já havia um blog. E agora mais uma coisa bonita. É tudo no Pelouro do Ambiente da CML. E nos jornais. Tudo abismado. Tudo de boca aberta. Tudo embasbacado. Aaaaahhhh!
Mas porquê tanta admiração, apreço e espaço para coisas hoje já tão banais?
Não sendo, e quero crer que não é subserviência, qual é então a explicação para tanta gente de cócoras?
Lisboa, porém, existe para lá dos blogs e dos sites e dos chamados jornais electrónicos - simples «newsletters», afinal.
É que a verdade é bem mais nua e crua: a Cidade cheia de árvores a morrer, de arbustos degradados, de logradouros miseráveis – como, só para exemplo, os dos Bairros da Boavista, do Padre Cruz, os de Chelas, e outros, como os logradouros de Alvalade, que ontem visitei com Ruben de Carvalho. Que, se quiser, tem muito a visitar e a falar sobre o que se passa em Lisboa. Sobretudo nos bastidores, fora dos eixos principais...

Que se passará?

Que se passará no Pelouro da Cultura da CML? As reuniões e sobre-reuniões seguem-se umas às outras. Não há dinheiro. Sobram, também aqui jornais electrónicos e acção de encher o olho. Que bonito!
Vou voltar ao assunto. Vai dar pano para mangas. É que não basta pensar-se que se substitui a actividade cultural por recortes de imprensa ou que se trocam os apoios à Cultura por sites e blogs... Quando se é poder, o caso muda de figura.
E, lá dizem os manuais de comunicação: podem enganar-se alguns durante algum tempo; mas não se podem enganar todos todo o tempo.
Vamos estar atentos ao que agora se passa. Uma coisa de cada vez.

Escola D. João de Castro

Antigos alunos lançam petição em defesa da Escola e contra o seu encerramento. Uma bela iniciativa.
Vou tentar colocar aqui o texto em causa.

As duas mãos esquerdas

No governo, há pessoas que devem ter duas mãos esquerdas a trata dos assuntos. Só esta semana, dei com duas dessas pessoas: o secretário de Estado que veio deitar o barro à parede (uma técnica muito deste governo) a ver se deviam ser os viticultores a tratar da prevenção Rodoviária – e que foi logo desmentido pelo ministro da Agricultura; e o ministro da Justiça, Alberto Costa (sempre que o vejo penso: «Macau», nem sei porquê), o qual, anteontem e ontem, tratou com duas mãos esquerdas o caso do PGR nomeado por Santana. Por que é que não disse simplesmente: «Não o quero cá»? Tem esse poder...

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