Afinal no PS há outro António Costa. E mais: ao ler o que ele diz sobre a gestão da CDU na Moita, onde é deputado municipal, tenho a nítida sensação de ele estar a criticar de algum modo a gestão de António Costa, seu companheiro-camarada de partido em Lisboa: «António Costa, deputado municipal do PS na Moita, destaca que “o orçamento deste ano é na sua essência igual ao do ano passado”, realçando que isto espelha “o beco sem saída em que a câmara se encontra”. O deputado acredita ser“excessiva a dependência do orçamento da câmara na venda de terrenos”, principalmente depois de no ano passado “as vendas terem sido cerca de trinta por cento do previsto”. Deste modo, “se acontecer o mesmo, cai tudo por terra”.»
E por que digo que parece estar a criticar Lisboa? Porque também aqui há duas das coisas que refere: a) forte financiamento do Orçamento com base em venda de património; b) pouquíssima capacidade para concretizar esse desiderato do PS / Lisboa...
Acerca da Moita, registo ainda o facto de ali o BE estar em perfeita coligação negativa com o PS contra a CDU na câmara. Muuuuuuuuito bem!!
6 comentários:
Registo que na Moita o PSD está em perfeita sintonia com o PCP, a sintonia é tanta que o PCP até ofereceu ao PSD um pelouro.....
Por que não???
Porque NÃO?....
Porque o PCP nas Camaras onde governa, prefere SEMPRE aliar-se ao PSD e até ao CDS , do que olhar para a sua esquerda....
E falar em coligações negativas é pura falta de argumentos, ou argumentos á Socrates...
Se o PSD alinha com as politicas do PCP , a troco de tachos, e os outros querem sim discutir politicas e projectos, é lógico que é sempre mais fácil aliar-se aoa tachistas....
Porque não.
Não entendes a estratégia errada, negativa, preconceituosa e imbecil que tentas com a denuncia de um PS que é direita no Governo, nas Camaras e Juntas, e o PSD é o quê?
Se o argumentário é só isso, é fraquinho.
Vou deixar claro: prefiro sempre uma coligação CDU/PS ou PS/CDU.
Mas aprendi desde menino umas coisas sagradas - e foi com esse monstro destas coisas chamado Luís Sá:
1. No Poder Local deve esbater-se a questão ideológica e deve prevalecer o interesse local;
2. A regra deve ser a partilha do poder;
3. Essa partilha deve ser o mais plural possível.
Noto por exemplo que no Barreiro (e se calhar na Moita: vou averiguar) a CDU colocou lugares ao dispor do PS - que os recusou.
Falo da minha experiência pessoal na Amadora: até por ali aparecer essa coisa chamada Armando Vara, sempre o PS teve pelouros. No primeiro mandato (1980-1983: eram de 3 anos à época), todos os partidos tinham pelouros - até o CDS!!!
Chega???
Não sei na Moita. Mas eis o que se passa em Palmela:
«Oposição em Palmela recusa quaisquer pelouros
Os autarcas eleitos pelo PS e pelo PSD decidiram rejeitar qualquer pelouro proposto pela maioria CDU, liderada pela presidente Ana Teresa Vicente.»
Li aqui:
http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=2921
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