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EDITORIAL
As Redacções estão de rastos. E já não se ensina nem se vigia a correcção e o rigor. Depois, o que sai - seja em papel, seja em áudio ou nas TVs - é uma desgraça.
Ele são verbos mal conjugados (o verbo «haver» é a maior vítima), são conjugações e concordâncias deitadas às urtigas, são frases mal concebidas - mesmo na imprensa escrita, já que nos directos ainda se perdoa uma ou outra incorrecção.
Lamento o cenário resultante.
Não há dia em que não registe vários erros de palmatória.
Isso, do ponto de vista da forma.
Mas também «ninguém» se preocupa com os conteúdos.
Por exemplo, e só para falar da última situação: foram muitas as incorrecções das notícias sobre as votações nas duas câmaras do Congresso dos EUA. Ou se dizia que o Congresso já tinha votado (e não: era só ainda a votação no Senado), ou se baralhavam os nomes das referidas câmaras. Dizer e escrever as coisas com a clareza de quem estudou o assunto antes desatar a bater no teclado foi a excepção, quando devia ser sempre, mas sempre a regra.
Lamento.
Isto não é da crise económica - é da crise de valores, sendo a Língua um dos maiores, julgo.
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