quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Quinta, 16. Pestana diz que não!

Grupo Pestana desmente interesse...

A Escola D. João de Castro é muito boa. Está muito bem equipada. Benficiou há uns tempos de obras de melhoramento no valor de, dizem-me, um milhão de euros. Tem um parque desportivo óptimo.
Mas, mesmo assim, o ministério quer fechá-la.
Quer transferir estes alunos etc., tudo para a vizinha Benevides.
A área de escola e envolventes da D. João de Castro é pelo menos sete vezes maior do que a da Benevides.
Mesmo assim, o ministério quer fechá-la.
O local é muito bom para uma futura urbanização. Quiçá um condomínio fechado...
Consta que o Grupo Pestana, com uma propriedade na zona, está no enfiamento...
Mas o Grupo Pestana diz que não está interessado.
Percebe-se: «estão verdes».
Mas ainda vai correr muita tinta.
Vem a DREL e diz angelicamente que «é para se alojar na D. João de Castro» porque as suas actuais instalações são muito más!!!!!!!!
Então e é assim? Desaloja-se uma comunidade escolar para meter serviços? Não há melhor forma de lidar com a Educação?
A ministra vai manter-se alheia ao assunto?
O primeiro-ministro não sabe, não vê, não fala?
Leia mais informação sobre este assunto (e há muita outra, muita) em
http://lisboalisboa2.blogspot.com

1 comentário:

Anónimo disse...

RESISTIR!

Guardo na memória os bons momentos que vivi no Liceu Nacional de D. João de Castro. Cheguei em Outubro de 1972, vindo da Francisco Arruda, de um Ciclo Preparatório sob a batuta do velho Calvet de Magalhães. Adolescente, deslumbrado com um espaço enorme, bonitas salas, campos desportivos. Depressa aprendi a carga de história do Liceu, os seus emblemáticos reitores e os grandes mestres que por lá passaram. No 25 de Abril, estava lá. Que saudade. Lembras-te Kalu, quando descobrimos que o velho Martins, chefe dos contínuos, era da PIDE? (seria?). E depois, a mudança. As guerras com o Pedro Nunes. Lembro o professor de música, que nunca conseguiu dominar o Mário Laginha. O Gomes, sem livros, mas sempre com “A Bola”.

Pretéritos suaves, como sereno era o rio visto do Alto de Santo Amaro.
Então, como hoje, a novidade não é a polícia à porta do D.João. E apetece-me chorar de raiva. Nem quero ouvir argumentos pedagógicos ou educativos. O D.João é, e será sempre, a minha Escola. A memória nunca será encerrada.
Esse poder, os senhores do poder nunca terão.

A. Marques