Dá que pensar...

Por que será que uma coisa tão pequenina deu uma crise tão grande? Leia aqui mais um passo da polémica.

E agora reflicta comigo:

1

Vem um homem da ciência e diz: «Não há vento suficiente. As turbinas vão estar paradas a maior parte do tempo». (Li aqui o seguinte, para ser mais preciso: «Segundo Delgado Domingos, a velocidade média do vento em Lisboa é de quatro metros por segundo, valor baseado em observações feitas na zona do aeroporto, não existindo estudos rigorosos para avaliar com mais exactidão o potencial da cidade».) Mas ninguém lhe ligou nenhuma, claro.

2

Vem alguém da Quercus e diz: «"O contributo em termos de produção de electricidade não é muito significativo, mas a iniciativa é muito bem vinda, sobretudo devido à mais valia que traz em termos da sensibilização para estas questões", observou». (Li aqui)

3

No entanto, as duas empresas fazem o seu lobby forte em área tão sensível e zás: ninguém se atreve a dizer NÃO.

4

Repito que isto pode incomodar o pessoal que precisa de dormir à noite - e só esse, claro. Vá lá que Sá Fernandes ontem já disse aos jornalistas que considera a hipótese de desligar as turbinas à noite. Já é alguma coisa. (Só me falta agora ver algum do pessoal que tem apoiado a coisa vir dizer que «eh, pá, então e nós?» - 'tava a brincar, claro...)

Por que não esperar por este modelo americano, já agora? E alguém já perguntou em que ponto estará este estudo da EDP e da E-Nova? A E-Nova não foi tida nem achada nesta matéria agora sob alta polémica?