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Editorial
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Pensei inicialmente que «Amores e desamores de António Costa» fosse um título chamativo. Mas depois achei que era demasiada brincadeira para situações tão chatas. Situações chatas, só, não: verdadeiros desastres e verdadeiras infelicidades políticas.
Não é só esta coisa da greve do lixo. Não é só a mancha das casas em cima de uma das suas vereadioras, mesmo que sem razão - mas a opinião pública, induzida pela opinião publicada, é assim que vê a coisa.
Não é só o problema financeiro real.
São questões do foro da política ela mesma.
Essas é que marcam o cenário neste momento.
Se não, veja:
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1
Terreiro do Paço
Mal o ministro Mário Lino abriu o «seu» Cais das Colunas, Costa teve de anunciar que vai outra vez voltar o desassossego ao mal-fadado Terreiro: uma obra de saneamento que não foi programada a tempo (por Santana e Carmona) cai-lhe nos braços e arruma a Praça para mais de um ano. Ou seja: a coisa cai em cima do período mais quente, do ponto de vista eleitoral. É que o pessoal anda todo farto desta instabilidade na emblemática Praça do Comércio. O que era um problema de obra está transformado em problema de política. É estranho mas é verdade. E ninguém vai querer saber de quem foi a culpa de mais esta descoordenação. É a Câmara. É esta Câmara. Vão ver se não vai ser assim.
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2
Bloco / Sá
Com o romance em que se está a transformar a questão do Bloco com Sá Fernandes (que ontem apareceu a título individual na Aula Magna como carta fora do baralho, só, abandonado e triste), o cenário eleitoral agrava-se para o PS. Não anula o Bloco e pouco ganha copm a inclusão de Sá - isto, se Sá for incluído. Não esquecer que os lugares já são poucos para o PS, quanto mais estar a dividir o bem-bom com Sá Fernandes. Logo veremos como vão reagir Miguel Coelho e a Concelhia do PS - pese embora o peso político de António Costa para se impor.
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3
Roseta
É verdade que para já Roseta está mais ou menos neutralizada. Viu-se no Orçamento que o financiamento dos pelouros que o seu movimento titula pode condicionar o modo de votação: duas abstenções garantiram a aprovação com o voto de qualidade do Presidente da CML.
Mas Roseta é uma das principais defensoras da criação de um novo partido. Desligou-se do PS para isso. E seguirá esse caminho pelo menos a nível municipal em Lisboa - para o que já parece contar com o apoio do Bloco de Louçã. Não se dos outros Blocos. Mas deste, sem dúvida.
O que sobra para António Costa neste particular é um negócio assim-assim com Roseta que acalma esta recta final do mandatozinho mas uma enorme preocupação para as autárquicas. Só comparável com a enome dor de cabeça de Sócrates com esta história do partido de Alegre a nível nacional.
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8 comentários:
José Carlos,
Roseta e novo partido??? É difícil fazer entender aos militantes de partidos que há vida política para além dos partidos. Mas que a há, há. Prova disso são os Cidadãos por Lisboa. Que fazem parte de um executivo como movimento de cidadãos. E é assim que irão continuar, com Helena Roseta. Livres e independentes, agindo e votando de acordo com consciências. É essa a nova forma de fazer política que nos distingue. E anima a continuar.
CPL
Folgo em saber. E agradeço a declaração formal, assinada e tudo.
Obrigado.
coitadinho do costa...nada lhe corre bem.... só terá de se refastelar no seu mercedes novo (que o opel de carmona não lhe servia) e pedir a um dos seus assessores de 4500 € que lhe traga um uisque...sim porque os paços do concelho também são para estas coisas...
E depois o Santana é que tinha carro novo...
Então não há comentários ao desperdício de dinheiros públicos? E a praga dos assessores super pagos?
Ups! Será que a esquerda pode fazer o que a direita não pode?
Para mim -que sou democrata- 'xilindró' para todos os que usam dinheiros públicos a seu favor, ou de 'irmãos' e amigos...
boa boa ó zé carlos, quem é que estes querem enganar.
para além dos partidos ó meu amigo deve ter estado de férias não , veja lá se sabe por onde já andou a helena roseta. PSD, PS agora talvés BE e depois PCP não que tal, independentes dos partidos quando se andou uma vida toda a reboque dos partidos. è pá essa é digna de Gatos fedorentos.
António Costa revelou, finalmente, quanto custou ao Tesouro público o ‘namoro’ de Pedro Santana Lopes com o arquitecto Frank Gehry tendo por cenário o idílico Parque Mayer: 2.503.786,21 euros. Mais de dois milhões e meio de euros.
De acordo com as ‘facturas’ disponíveis na CML, Gehry terá cobrado 2,3 milhões em honorários para o seu estudo de recuperação da área. António Costa, a propósito do assunto, disse que não gosta de "falar do passado". Ah, brandos costumes! Curioso traço de carácter não só do actual presidente da Câmara lisboeta como do nosso povo, em geral.
E Gehry, o arquitecto, o que terá a dizer sobre isto tudo? Quererá falar do passado? Ah, como o gostaríamos de ouvir falar da sua aventura portuguesa. Infelizmente, ninguém lhe pergunta nada.
Leonor Pinhão, Jornalista
Votos de um bom ano de trabalho ao movimento Cidadãos por Lisboa. A cidade precisa de quem faça política a sério, construtiva, ao invés dessa conversa de mal dizer de tudo e de ataque pessoal, mesquinho, que não contribui para nada - ou melhor, contribui para manter o país bloqueado por uma teia de interesses tecida pelas máquinas partidárias. Espero que seja essa a postura do movimento, e que dentro dos "velhos" partidos, onde haverá certamente militantes bem formados, se registem mudanças na forma de fazer política.
Quanto à jornalista que, a propósito dos milhões pagos pela Câmara ao Gehry, suspira porque «ninguém lhe pergunta nada», sugiro que passe à acção! É difícil, dá muito trabalho porque está desapoiada?! Minha cara, é na dificuldade que se revela a fímbria do verdadeiro jornalista.
na realidade os moviemntos de cidadaõs são bem vindo , mas os que são genuinos e sem interesses. Agora vejamos o precurso das pessoas em questão, Cascais bairros clandestinos o que aconteceu quando lá esteve. e o que fez durante todo o tempo que foi filiada no Partido Socialista
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