sábado, abril 17, 2010

A minha posição face ao Freeport

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Agora que o Freeport / Sócrates foi arrumado, é a hora de repetir que não sei se o então ministro do Ambiente meteu dinheiro ao bolso - os investigadores e os tribunais acham que não e eu acompanho essa leitura, claro.
Eu nunca acusei Sócrates de ter metido dinheiro ao bolso. Isso era papel da Judiciária e dos Tribunais. E arquivaram a coisa.
Seriam precisas novas e inauditas provas para desenterrar o caso.
Eu acuso Sócrates, o ministro do Ambiente de 2001 por coisas bem mais simples e igualmente rentáveis.
Nem sei se houve ali dinheiro para as autárquicas do PS de Alcochete ou não – muito menos se a massa caiu também noutras estruturas desse mesmo PS.
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Mas para mim o cerne da questão sempre foi outro e o que sei basta-me para condenar o sucedido: ali houve marosca política muito desonesta.
Estávamos a dois meses das eleições locais de Dezembro de 2001, a CDU era maioria em Alcochete e queria aprovar o Freeport. Sócrates era ministro do Ambiente. A documentação foi-lhe enviada. Ele rejeitou o processo: indeferiu-o. Em Dezembro, o PS ganha as eleições em Alcochete. E... 50 dias depois, Sócrates, o mesmo ministro do Ambiente, aprovou o projecto.
Entendido? Isto é ou não é marosca e desonestidade políticas?

Esta história está toda contada aqui:

- http://lisboalisboa.blogspot.com/2009/07/blog-post_06.html

- http://lisboalisboa2.blogspot.com/2009/11/para-la-da-corrupcao-ha-um-problema.html

- http://lisboalisboa.blogspot.com/2009/11/caso-freeport-tem-mais-vertentes-para.html

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1 comentário:

Anónimo disse...

Exactamente!

Esse é o busilis do processo. O Freeport não podia ser construído e subitamente, passou a poder. Estava em reserva ecológica, deixou de haver reserva.

Faz lembrar o Sr. Bush que para acabar com os incêndios na Califórnia defendeu o corte de todas as árvores. Fácil.

O Freeport está "as moscas" à espera do Aeroporto que vai acabar com a última mancha verde em torno da cidade de Lisboa.