quinta-feira, janeiro 03, 2008

A carroça e os bois...

«(...) O vereador comunista Ruben de Carvalho manifestou-se igualmente em "total desacordo pela forma como o processo foi conduzido".
"Não será difícil que a opinião pública entenda que estes são os mais responsáveis, quando até pode acontecer que não sejam, que nem sejam objecto de processos disciplinares. Em termos de opinião pública, o que se diz é que a limpeza já começou", sustentou Ruben de Carvalho.
Para o autarca comunista, "começou-se pelo fim", ao exonerar os seis responsáveis do departamento de Gestão Urbanística. (...)»
Lusa

10 comentários:

Anónimo disse...

Há ocasiões em que é preciso não ter papas na língua e chamar os bois pelos nomes. Esta é uma delas. Acabo de assistir no telejornal da noite a mais uma vergonhosa manipulação por parte da televisão dita pública, tendente a omitir a presença do PCP na cena política em favor da descarada promoção dos outros agrupamentos ditos de esquerda na CML.
Sabendo que a responsabilidade das denúncias em tribunal das irregularidades na Câmara coube ao PCP, aquela estação televisiva(cada vez mais a voz do dono)acaba de atribuir essa responsabilidade ao Vereador do Bloco, entrevistando ainda Helena Roseta e Carmona Rodrigues, sem uma única referência ao PCP.
Para quem ainda tem dúvidas sobre quem é que esta direita, que nos governa, considera o inimigo principal e quem considera os seus amigos, aqui fica mais um exemplo.

Anónimo disse...

Assino por baixo....

Anónimo disse...

transcrevo abaixo o que se lê no site RTP:
A oposição na Câmara Municipal de Lisboa criticou a simultaneidade da entrega do relatório da sindicância aos serviços de urbanismo da edilidade com a exoneração dos dois directores e quatro chefes de divisão da área do Urbanismo.
O ex-presidente da Câmara Carmona Rodrigues, que pediu a realização da sindicância aos serviços em Dezembro de 2006 e é actualmente vereador independente, Helena Roseta, vereadora eleita pelo Movimento Cidadãos por Lisboa, e Ruben de Carvalho, eleito pelas listas da CDU, criticaram a apresentação em simultâneo das duas decisões por poderem misturar duas questões que são independentes e não podem ser confundidas.
Basearam, estes vereadores da oposição ao actual executivo camarário da capital, a sua opinião no temor de que tal facto possa estabelecer no espírito das pessoas uma relação entre ambas as realidades, relação que a seu ver não existe.
Para o antigo presidente da edilidade lisboeta e actual vereador, "é uma infeliz coincidência ter-se feito a entrega do relatório aos vereadores no mesmo momento em que se faz a substituição de chefias".
"Lamento profundamente que se possa de alguma forma associar as duas coisas", declarou Carmona Rodrigues, sublinhando que "aparentemente não há uma relação", sendo as exonerações anunciadas "decisões de carácter político".
Também Helena Roseta, que se demitiu do PS para se apresentar como candidata independente pelo movimento “Cidadãos por Lisboa”, considera que a coincidência das duas decisões poderá "misturar o trigo com o joio e atirar areia para os olhos".
"Consideramos o método errado", afirmou a vereadora da oposição. A antiga bastonária da Ordem dos Arquitectos considera que em primeiro lugar deveriam ser instaurados processos disciplinares, em que seria exercido o direito ao contraditório, e depois tomadas medidas, eventualmente de sanção, dando-se assim a hipótese aos visados de se defenderem.
Helena Roseta revela que as seis exonerações do departamento de Gestão Urbanística se deveram a "um problema de relação de confiança", não existindo "causalidade" com a conclusão do relatório da sindicância, nem sendo uma sanção resultante do mesmo.
Ruben de Carvalho, vereador comunista, manifestou de igual forma o seu "total desacordo pela forma como o processo foi conduzido".
"Não será difícil que a opinião pública entenda que estes são os mais responsáveis, quando até pode acontecer que não sejam, que bem seja objecto de processos disciplinares. Em termos de opinião pública, o que se diz é que a limpeza já começou", sustentou o organizador da festa do “Avante!” e vereador de Lisboa.
Para o cabeça-de-lista comunista em Lisboa, "começou-se pelo fim", ao exonerar os seis responsáveis do departamento de Gestão Urbanística.
O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, distribuiu na reunião da Câmara Municipal de Lisboa aos vereadores o relatório da sindicância aos serviços do Urbanismo ao mesmo tempo que anunciou a exoneração dos dois directores do Departamento de Gestão Urbanística e dos quatro chefes de divisão sob a sua dependência.
"Há pessoas que foram exoneradas às quais nenhuma responsabilidade disciplinar ou criminal foi imputada. Trata-se simplesmente da confiança que é necessária em relação a quem dirige serviços onde ocorreram um conjunto de factos, mas não tem necessariamente que ver com a imputação de responsabilidades individuais às pessoas que foram exoneradas", esclareceu António Costa, que assim deu a conhecer que embora haja seis exonerações, não existem seis casos.
O relatório da sindicância aos serviços de Urbanismo e Planeamento da Câmara Municipal de Lisboa, realizada por uma magistrada nomeada pelo Procurador-Geral da República, foi entregue a António Costa há cerca de duas semanas.
O documento exclui todos os casos que sejam passíveis de conterem matéria criminal. Sobre matéria penal a Câmara não tem competência, cabendo esta ao Ministério Público que os deverá investigar e pronunciar eventuais suspeitos.
RTP
2008-01-03 19:06:07

Anónimo disse...

TENHO IDEIA QUE A MONTANHA VAI PARIR UM RATO. AFINAL QUEM SÃO OS 5 OU 6 DE QUE SE FALA????? QUAIS AS SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO
JÁ AGORA ESTA COISA DAS INVESTIGAÇÕES NA CML, VÃO PARAR POR AQUI !!!!! SIM PORQUE AO QUE PARECE TODOS OS DIAS CHEGAM DENUNCIAS DE IRREGULARIDADES, A SABER NA CULTURA NO DESPORTO,NAS EMPRESAS MUNICIPAIS ETC ETC

Anónimo disse...

Por mero acaso acabo de ver o noticiário das 9H00 da RTP 1 onde foi transmitida a mesma peça que referi ontem á noite. A mesma, não. Subtilmente, após a notícia e antes das intervenções atrás descritas, surge uma intervenção do vereador Ruben de Carvalho, aí com uns 15 segundos e com uma frase cortada a meio.
Das duas uma: ou a peça foi montada ontem com aquela intervenção e alguém a censurou, ou esta foi acrescentada hoje á pressa. Em qualquer dos casos manipulando e omitindo o essencial da questão.
Confirmada a manipulação pela própria RTP, aqui fica, para "memória futura".

Anónimo disse...

O PSD é que nada diz. Pudera! A vereadora Margarida Saavedra é do urbanismo e teve cá responsabilidades (e promiscuidades)...

Anónimo disse...

Parece, segundo li no jornal Público de hoje, que os serviços viam o PDM mais como "orientador" do que como "vinculador".

Eu pergunto se eram os serviços, ou se era quem mandava nos serviços?

É que o PS também tinha esta leitura. Aliás, como sempre, no essencial nada difere o PS do PSD. Louve-se a coerência, só a CDU entendia o PDM como vinculativo. Mas nas noticias, no final quem parece ter razão não é a CDU, nem é o BE. É o Sá Fernandes.

Anónimo disse...

Não acham estúpido continuarem a atacar o Bloco e o Sá Fernandes? Acham que o Bloco está implicado na corrupção da CML? Ou é apenas uma questão de disputa de espaço partidário? É tão mesquinho...

José Carlos Mendes disse...

Porque admito que o anónimo aí atrás pode estar de boa-fé, trnascrevo-lhe aqui o meu diálogo com alguém do BE num post aí em cima (e para provar-lhe que as minhas preocupações nada têm a ver com espaço político e têm tudo a ver com direitos, liberdades e garantias - coisas muito sérias, como se sabe). Eis então o diálogo desta noite:

1.
Comentário de alguém do BE:

«O BE é sempre o mau da fita para o Zé Carlos. Começa a ser triste!»

2.
Minha resposta:

«A pessoa que escreveu isto aí atrás podia saber se quisesse que nada me move contra o BE. Nada. Pelo contrário. Mas move-me tudo contra infantilidades perigosas que me fazem lembrar velhas coisas: acusar sem direito de defesa, enlamear sem garantias. Mesmo que mais tarde as pessoas venham a ser condenadas, por enquanto ninguém tem o direito de as enlamear. E isso é fundamental para mim / para muita gente (incluindo do BE, sei disso)... O que alguém do BE está a fazer é um perigosíssimo jogo de meninos a brincar com armas de guerra. Dá sempre bota, meus senhores / meus meninos.»

Anónimo disse...

Ninguém anda a atacar o Bloco. O que se diz é que a direita usa o Bloco como arma de arremesso contra o PCP e ele pactua com essa situação.
Quem não perceber isto...