De facto, esta ideia dos contratos locais de segurança aparece na hora certa para ser rejeitada. Não sei o que significa. Não é explicitada. Percebe-se logo que se trata de implicar as câmaras. O que já devia ter acontecido mas noutro registo: ouvir os poderes locais, reunir com eles, promover o policiamento de proximidade, formar as polícias e os agentes da GNR de forma pedagógica e civilizada. Fortes com os fortes (= grandes criminosos) e fracas com os fracos (= cidadãos indefesos) em vez do contrário.
Aparecer com uma coisa que pouco adianta, os tais contratos, é uma peneira para tapar o sol. Não resolve nada mas, provavelmente, vai servir para o Governo atirar para cima das autarquias com a responsabilidade e a culpa da falta de segurança nas ruas. Em ano de eleições legislativas (mas também autárquicas) e com as sondagens do PS tão em baixo, isto dará um jeitão (ao Governo e a Sócrates). Mas, contraditoriamente, os autarcas do PS, que têm de fazer primeiro a campanha de Sócrates, não vão gostar nada disto. Veremos no que dá.
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1 comentário:
Com esta moda de contratualizar com toda a gente (menos com os trabalhadores está claro) porque não o ministro contratualizar antes com os bandidos? Com o treino que o governo já tem...
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