Vários desafios para que me pronuncie sobre a carta de Ricardo Sá Fernandes (PS) em prol do irmão José (BE?), que protege.
Para já, só meia dúzia de linhas.
Digo desde logo que naquela manhã, quando folheei o «Público» e encontrei aquelas linhas, fiquei um pouco intrigado. Pareceu-me uma coisa de intriga e pouco digna. Pensei que era demasiado óbvio o que estava em causa: se perder o pelouro, o irmão volta a depender dele. Esta informação, que me foi dada alto e bom som na Nannini há dois anos por alguém bem próximo, mas coberta com o chapéu-de-chuva da dedicação à causa pública que prejudicaria a dedicação ao escritório, na altura deixou-me em estado de choque.
Portanto, no imediato, pensei que este artigo era uma confusão imprópria de um jurista: ele é defesa de si mesmo mas parece que o é do irmão e, pior, é juiz em causa própria.
Em termos pessoais, ou melhor, do relacionamento entre os dois irmãos, de duas uma: ou JSF soube antes e concordou e então garanto que estão ambos angustiados e desataram a fazer asneiras; ou RSF avançou sozinho, prejudicando o irmão – e isso cheira-me mais a traição e desmascaramento do que a política de serviço público.
Em termos políticos, trata-se de um texto absurdo. É a entrega de José Sá Fernandes nos braços de António Costa. Pior: é quase uma imposição - «Fique com ele». E é uma antecipação. Está a oferecer. Ou seja: antes que António Costa diga que não há lugar para ele nas listas do PS porque tem mais candidatos do que lugares… Sá Fernandes (Ricardo) dá como certo que Sá Fernandes (José) merece estar a tempo inteiro na CML.
Tenho pena que as coisas se passem assim.
Acho que, noutro quadro, de facto JSF podia ser útil. Assim, não.
Sinceramente, não. E lamento ter de escrever estas poucas linhas.
Para já, só meia dúzia de linhas.
Digo desde logo que naquela manhã, quando folheei o «Público» e encontrei aquelas linhas, fiquei um pouco intrigado. Pareceu-me uma coisa de intriga e pouco digna. Pensei que era demasiado óbvio o que estava em causa: se perder o pelouro, o irmão volta a depender dele. Esta informação, que me foi dada alto e bom som na Nannini há dois anos por alguém bem próximo, mas coberta com o chapéu-de-chuva da dedicação à causa pública que prejudicaria a dedicação ao escritório, na altura deixou-me em estado de choque.
Portanto, no imediato, pensei que este artigo era uma confusão imprópria de um jurista: ele é defesa de si mesmo mas parece que o é do irmão e, pior, é juiz em causa própria.
Em termos pessoais, ou melhor, do relacionamento entre os dois irmãos, de duas uma: ou JSF soube antes e concordou e então garanto que estão ambos angustiados e desataram a fazer asneiras; ou RSF avançou sozinho, prejudicando o irmão – e isso cheira-me mais a traição e desmascaramento do que a política de serviço público.
Em termos políticos, trata-se de um texto absurdo. É a entrega de José Sá Fernandes nos braços de António Costa. Pior: é quase uma imposição - «Fique com ele». E é uma antecipação. Está a oferecer. Ou seja: antes que António Costa diga que não há lugar para ele nas listas do PS porque tem mais candidatos do que lugares… Sá Fernandes (Ricardo) dá como certo que Sá Fernandes (José) merece estar a tempo inteiro na CML.
Tenho pena que as coisas se passem assim.
Acho que, noutro quadro, de facto JSF podia ser útil. Assim, não.
Sinceramente, não. E lamento ter de escrever estas poucas linhas.
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3 comentários:
tinha lançado o desafio, acho estranho que este artigo que penso, no caso de JSF ter conhecimento previo da sua publicação, representa a roptura com o BE não sofrer qualquer comentario em lado nenhum,nem no gente de Lisboa, nem no arrastão, nada, não existia.
Infelizmente assino por baixo as suas analises, tambem eu digo infelizmente pois tinha espereaça que não fosse assim.
Obrigado
AML
que confusão que para ai vai. Bem é mesmo digno de uma novela estilo mexicana
De facto é incrível! Terem diferenças de opinião e discutirem-nas publicamente, até acho piada e pelo menos é transparente. Mas como é que alguém que ponha a hipótese de ser candidato do BE pede ao irmão para escrever um artigo a atacar daquela forma violenta o próprio BE?
Só pode haver uma interpretação: JSF não quer ser candidato do BE e anda a arranjar pretextos para se enfiar noutro lado qualquer. Confesso que cheguei a ter alguma admiração pelo homem, mas devo dizer que nunca gostei de "vira casacas".
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