Tudo começa com António Costa a dizer na SIC Notícias que quem deve avançar e dar o primeiro passo é a oposição (penso que se referia ao PSD e ao CDS: dirigia-se a Pacheco Pereira, que até respondeu, e ao terceiro parceiro da 'Quadratura'): por que não apresentam uma moção de censura. Era quinta à noite. Depois vieram outros repetir. Mas há um que não quer isso: distanciou-se... é Assis, nada menos que líder parlamentar. Ninguém o terá avisado? Leio no 'Público': «A palavra de ordem é resistir. A indicação, oriunda do núcleo duro de José Sócrates, tem vindo a ser transmitida em cadeia: Governo, bancada parlamentar, partido e distritais devem resistir a qualquer efeito da divulgação das escutas do processo Face Oculta, publicadas pelo semanário Sol.»
Mais e mais sério: António Costa disse não à hipótese de substituir Sócrates à frente do Governo e por duas razões: 1) não é preciso; 2) tem um compromisso para com Lisboa.
No 'i', a situação é colocada de modo mais imperativo: «(...) o sinal mais evidente de que já está em marcha um 'plano B' para um eventual "pós-Sócrates" foi o jantar que, na última semana, reuniu o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado. Na ementa esteve a preocupação com a rápida degradação deste governo minoritário e, em particular, a perda de margem de manobra política de Sócrates. Uma situação que assume contornos ainda mais dramáticos face à situação de crise económica que o país atravessa e que colocou o défice e o endividamento externo português no centro das preocupações internacionais. »
.
Sem comentários:
Enviar um comentário