Hoje soube-se que vai haver Congresso do PSD por 7 assinaturas: os Estatutos exigem 2 500, Santana apresentou mais mas só são válidas 2506. Menos 7 e não havia Congresso.
Hoje, Santana Lopes volta a queixar-se no seu blog, depois de na reunião da CML de 27 de Janeiro se ter queixado imensamente das injustas apreciações feitas aos seus erros de gestão – seus e do PSD – nos anos trágicos de 2002/2007 (embora se saiba que para Santana os anos da gestão PSD/Carmona não são para defender...). Hoje queixa-se do mundo em geral. Há quinze dias queixou-se muito sobre as apreciações feitas a um caso concreto: os negócios da CML com o Benfica nos idos de 2002, sob a sua presidência. Em ambos os textos, Santana lança farpas ao PCP – e de forma enviesada, incorrecta, injustificada, distorcida. Não cabe aqui uma resposta mas sim uma análise.
I
Primeiro ponto: um blog é um blog: nada mais, nada menos. O meu, o teu, o dele.
Ponto dois: num blog, entendo eu, deve manter-se um português escorreito, bem escrito, com os pontos e as vírgulas no lugar.
Ponto três: num blog, apesar de ser um blog, as repetições de frases inteiras, tipo recorte e cola, devem ser evitadas, para não dar aquele ar de balda e de descuido que me fica no olho.
II
Agora o essencial: Santana continua a achar que nós acreditamos que ele acredita no que diz e escreve quando repete que é vítima de perseguição. Mas não. Sabemos que ele sabe muito bem que exactamente ele e aquela sua equipa deixaram marcas únicas e muito, mas muito negativas, na história da gestão autárquica da Cidade de Lisboa.
Já nem digo: olhem para a lista aí em baixo ao lado esquerdo do texto principal do blog.
Peço para se pensar que o Tribunal de Contas não lhe aprovou as contas de um único ano. Nem um só, meus senhores. O Tribunal de Contas. Não um servicinho da Administração Central controlado por um ministrozinho do PS. Não: o Tribunal de Contas.
III
Depois, as questões do Urbanismo e da gestão camarária e das empresas municipais.
Ponto um: misturar as queixas do PCP ao Ministério Público com as arremetidas de Sá Fernandes ou é demagogia política ou é aleivosia, se não for parvoíce política.
Ponto dois: falar só de coisas leves e querer esquecer situações tão graves como o Parque Mayer/Feira Popular e outras ou é gozo ou é querer tapar o Sol com a peneira.
Ponto três: e as alterações simplificadas do PDM?
Ponto quatro: e os casos que envolveram a EPUL, por que não citá-los também? E as «mega-empreitadas» (que nem foram mega nem empreitadas a sério) que era para se destinarem a reabilitar prédios mas nem dinheiro nem obra nem nada? E os 2,4 milhões pagos a Frank Ghery po um amontoado de caixas de sapatos - perdoem o excesso, mas onde está o que se possa chamar «projecto». Etc., etc., etc..
Ponto cinco: e os amigos e «compagnons de route» como Sérgio Lippari ou Rui Gomes da Silva? Esses também deviam constar da «lista de Schindler» inserida no texto de hoje.
Parece até que alguns desses já viraram costas ao antigo protector, agora que há outros chapéus-de-chuva.
IV
Não vale pois a pena andar a gemer pelos cantos ou a a gritar: «Este é («e»)o Portugal de 2010. Quem nada fez de mal não tem sossego. Sossegados andam outros. É uma vergonha» (ibidem).
Como costuma dizer a minha mãe: estão a deitar-se na cama que fizeram. Assim mesmo: na cama que fizeram. E se fizeram... e que cama...
Quem não sabe isso?
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