segunda-feira, maio 22, 2006

Lisboa: Rock in Rio, arrogância e erro de 'casting'

Vou por partes.

Parte I
O Rock in Rio veio para Lisboa e instalou-se. Fez da Cidade a sua cidade. Roberto Medina, aproveitando e cavalgando a ânsia de promoção de Santana Lopes, ajudado por Einhart da Paz, o «marketeer» de serviço ao PSD da altura, faz cada vez mais milhões à custa da Cidade. Na altura, Santana terá prometido uma segunda edição - e ela aí está. E o que significa tudo isto para Lisboa? 1º - um Parque novo em folha destruído, o da Bela Vista, em Marvila; 2º - uma enorme quantidade de apoios logísticos que custam centenas de milhares de euros ao erário municapal. Melhor: ao depauperado erário municipal de Lisboa; 3º - um volume excessivo de verbas destinadas a apoiar a organização em dinheiro limpinho, transferido directamente da autarquia para Roberto Medina.
E o que ganha Lisboa ou Portugal, ou alguém aqui, pela realização do RRL?
Uma ridicularia de umas dezenas de milhares de euros doados a duas organizações.

Parte II
Uma menina filhinha dgi pàpai Medina anda para aí a espalhar um churrilho de asneiras e de arrogantes declarações como se nós por cá fôssemos todos tansos e como se uma mentira, muitas vezes repetida, passasse a ser verdade.
E o disparate vai ao ponto de insultar o país que a acolheu, lhe paga principescamente o favor de termos aqui o RRL e ainda termos de aturar as suas cretinices.
Por todas as suas aleivosias, escolho estas pérolas: «Já sou portuga». «O RRL dá uma visibilidade que nenhum instituto público consegue dar ou tem dinheiro para dar ao país». (Dei-me ao trabalho de corrigir o português da jovem..., nas suas declarações à revista 'Dia D' do 'Público' de hoje). Ou esta ainda: «Não há dinheiro que pague o que damos ao país».
Dispenso.
Dispenso.
Dispenso gente desta.

Parte III
Se um dia me der ao trabalho, ainda vou publicar aqui «o deve e o haver» do Rock in Rio de Lisboa. Só para uma aproximação imediata, digo-lhe que:
1º - O povo de Lisboa ficou sem um parque acabado de inaugurar, numa freguesia sem equipamentos deste tipo.
2º - Esse parque tinha custado umas centenas de milhares de contos, na nossa moeda da altura, e assisti emocionado à satisfação das pessoas - e isso foi destruído também, as pessoas sentem-se afrontadas por Santana e por Roberto e sus muchachos (pesem embora as alegrias dos concertos, claro).
3º - Para reconstrução do parque já se falou de 1,6 milhões de euros. A pagar pela Cidade de Lisboa.

Parte IV
A minininha dgi pàpai é rápida no gatilho, de uma rapidez que se julga protegida pelo dinheiro dgi pàpai. Mas muito desse dinheiro vem-lhe daqui: do erário municipal e à boleia do erário municipal...
Fazia-lhe bem ter mais calma e mais simpatia para com Lisboa e para com Portugal (e para com os portugueses, os quais se chamam a si mesmos portugueses e não portugas).
Fazia-lhe bem pensar que o país a acolheu. No Brasil, como ela confessa, não está em segurança. Será que tem alguma influência o espavento com o dinheiro que pàpai tem? O seu exibicionismo chocante e a sua arrogância terão influência nessa tal falta de segurança dela lá, na sua terra?
«Si àcàumi, meu bêm!»

1 comentário:

jvn disse...

De facto Lisboa não merece estas tristes pornochachadas. Com excepção de um nome (que me escuso de referir) nem sequer o cartaz do evento tem qualidade suficiente para a promoção que lhe é dado.