Há técnicos competentes na CML mas continuam marginalizados e desmotivados
O (não) aproveitamento das competências internas agrava a crise da Câmara de Lisboa
Andamos todos sempre muito aflitos de massa: as pessoas e as instituições. Mas por vezes fica-me a ideia de que pensamos pouco no que podemos fazer por nós mesmos. E, no caso das instituições, no que podem os seus funcionários fazer e ser levados a fazer com empenhamento, de modo a rentabilizar as competências internas. Se isto é verdade de um modo geral, sei que na Câmara de Lisboa isto é dupla ou triplamente verdade e é uma coisa muito sentida pelos seus técnicos, os quais se sentem em grande medida ostracizados, postos de lado, desaproveitados.
Isso, ao mesmo tempo que se compra fora – é o reino do «otsourcing» sem rei nem roque.
Aproveitar os recursos humanos das instituições e a sua capacidade de entusiasmo. Isso, antes de mais nada. Antes de se ir comprar fora o que provavelmente pode ser feito dentro.
Uma coisa se impõe: averiguar se os recursos humanos da CML estão ou não a ser aproveitados. Estão?
Então como explicar comentários frequentes como este colocado aqui, no LL, há uns dias? É o seguinte:
«Não terá a Câmara na área da Cultura gente capaz de montar uma exposição destas? Os técnicos de História da Cultura andam a apanhar bonés, enquanto esta malta (não está aqui em causa a competência dos comissários, que é sem duvida inatacável) leva o dinheiro que a Cultura vê por um canudo!»
Mas, pior: este leitor apenas coloca a questão. E já ouvi muita gente colocá-la nos corredores da CML.
Só que, logo que dei voz a este leitor, seguramente um técnico da CML, apareceu um comentário ainda mais intrigante:
«Subscreveria e assinaria, mas seria tão surpreendente revelar a minha identidade que provocaria um pequeno terramoto nas estruturas da CML.Obrigado ao "LisboaLisboa" por trazer a questão à reflexão de todos nós.»
Os vereadores da CML que têm pelouros deveriam meditar bem nestas vertentes da questão: os recursos humanos da CML são, em parte, de grande competência e de grande experiência, pelo que a sua motivação será sempre um método seguro para «sair da crise» permanente em que a Autarquia vive desde 2002.
O (não) aproveitamento das competências internas agrava a crise da Câmara de Lisboa
Andamos todos sempre muito aflitos de massa: as pessoas e as instituições. Mas por vezes fica-me a ideia de que pensamos pouco no que podemos fazer por nós mesmos. E, no caso das instituições, no que podem os seus funcionários fazer e ser levados a fazer com empenhamento, de modo a rentabilizar as competências internas. Se isto é verdade de um modo geral, sei que na Câmara de Lisboa isto é dupla ou triplamente verdade e é uma coisa muito sentida pelos seus técnicos, os quais se sentem em grande medida ostracizados, postos de lado, desaproveitados.
Isso, ao mesmo tempo que se compra fora – é o reino do «otsourcing» sem rei nem roque.
Aproveitar os recursos humanos das instituições e a sua capacidade de entusiasmo. Isso, antes de mais nada. Antes de se ir comprar fora o que provavelmente pode ser feito dentro.
Uma coisa se impõe: averiguar se os recursos humanos da CML estão ou não a ser aproveitados. Estão?
Então como explicar comentários frequentes como este colocado aqui, no LL, há uns dias? É o seguinte:
«Não terá a Câmara na área da Cultura gente capaz de montar uma exposição destas? Os técnicos de História da Cultura andam a apanhar bonés, enquanto esta malta (não está aqui em causa a competência dos comissários, que é sem duvida inatacável) leva o dinheiro que a Cultura vê por um canudo!»
Mas, pior: este leitor apenas coloca a questão. E já ouvi muita gente colocá-la nos corredores da CML.
Só que, logo que dei voz a este leitor, seguramente um técnico da CML, apareceu um comentário ainda mais intrigante:
«Subscreveria e assinaria, mas seria tão surpreendente revelar a minha identidade que provocaria um pequeno terramoto nas estruturas da CML.Obrigado ao "LisboaLisboa" por trazer a questão à reflexão de todos nós.»
Os vereadores da CML que têm pelouros deveriam meditar bem nestas vertentes da questão: os recursos humanos da CML são, em parte, de grande competência e de grande experiência, pelo que a sua motivação será sempre um método seguro para «sair da crise» permanente em que a Autarquia vive desde 2002.
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Sugestão: se concorda com este Editorial, envie o link para meia dúzia de amigos, com o pedido expresso de que enviem para outros seus amigos e assim por diante, Vamos debater o tema?
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3 comentários:
A culpa é dos funcionários públicos. Somos nós, sim eu tb sou um, que fazemos as contratações e aquisições fantásticas que enterram a câmara e os serviços. O fantástico é que se desinveste no recurso mais importante da CML - as pessoas - em nome de uma imagem que interessa manter e cultivar, a de que o Funcionário Público é uma peça a abater na engrenagem de tão malandro e ladrão ele é.
Se querem discutir o tema, alarguem-no a outras áreas e vão ver o que por aí a aparece.
Quanto ao comentário que supostamente abalaria o sistema. Só posso dizer - Abale. que sito assim não dá nada.
anónimo, uns dias com vontade, outros resignado, outros ainda revoltado ...
2002? Realmente nesta data a dívida era maior que em 2005! -sem comentários e os relatórios dizem-no!
Quanto ao caso dos funcionários, versus boys partidários, é um problema que o sistema democrático tem de resolver. Os partidos -todos- não podem viver de capangas a quem pagam chorudas salários/avenças, etc, do bolso dos contribuintes.
Eu que coloquei o primeiro post quero reafirmar que esta questao nao vem de 2002. É muito mai antiga e é um problema enraizado nas mentalidades politicas que gerem a Camara (ou melhor as Camaras. Se neste aspectoi as coisas foram a um extremo negro na gestao de Santana Lopes muito antes, mesmo na Vereação PS/PC isso acontecia. Embora tenha que reconhecer que nesse tempo se valorizava muito mais a prata da casa e se dava muito mais voz aos tecnicos da Camara. Ate mesmo os dirigentes seja na gestao Abecassis seja na de Joaoa Soares saiam muito mais dos quadros municipais.
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