Que diabo se terá passado? É verdade que Júdice não ia ganhar ordenado, mas ia ganhar mais protagonismo e mais beija-mãos. Mas Júdice, que já não é militante do PSD, cortou com a CML / PS no 1º dia do Congresso ferreirista. Mas em simultâneo diz que por Sócrates ficava lá. Dir-se-á: olha, mais um da claque do Marcelo: os empresários precisam de um governo do Bloco Central. Mas isso acontece no exacto dia em que Ferreira Leite acaba com esse mito: «Só se estivesse doida». Assim mesmo. Mais clara do que Cavaco alguma vez foi.
Como fica então Júdice? Hoje de manhã ainda pensei: este vai juntar-se a Ferreira leite. Mas agora isso não me parece nada verosímil.
E diz-me quem o conhece que «isto não fica assim». Alguém vai pagá-las. E será antes das eleições. Acredito. Talvez seja já no livro que hoje aí fica ptometido nos semanários - que voltam a ganhar pujança nestas últimas semanas: já há que tempos que não se aproveitava nada do vício chamado Sol - Expresso. Agora volta a valer a pena folheá-los logo de manhã. É saudável que assim seja...
Voltando a Júdice: acho que, nesta altura do campeonato, Sócrates estava a precisar de tudo menos disto: uma complicação com um «pivot» que tinha arregimentado há um ano (já agora: por que será que não houve nomeação em tantos meses? - Cavaco terá algo a ver com isto?). E logo um deste calibre... Mas não só: a triangulação Governo PS / CML PS / Júdice ex-PSD; ex-mandatario de Costa PS está agora a criar fricções.
Mário Lino não fica de fora. É do seu ministério que dependem a frente ribeirinha e a APL.
«Se fosse só por Sócrates, ficava», disse Júdice. Os dois ou três ataques contidos nesta frase, eu entendo-os como dirigidos exactamente a estas personalidades: Salgado, Lino, Costa e, claro, o seu «inimigo» de estimação neste caso: Sá Fernandes (e o BE, tenho a certeza, mas, na cabeça e na mentalidade que o enforma, nem Sá Fernandes nem o BE têm a dimensão suficiente para este estrilho todo. Ele está a atirar mais alto...).
Mesmo que todos desmintam, a começar por Manuel Salgado a cuja sede de protagonismo nada disto será alheio - até pela surpresa desagradável de não ter sido ele o vice-presidente de Costa (foi nessa função de repente ultrapassado por Marcos Perestrello, vindo directamente do aparelho do PS, tendo nessa qualidade deixado para trás e cilindrado um independente como Manuel Salgado, cheio de si e da fama do seu atelier, que vendeu para integrar a CML nas áreas do Urbanismo - em que não está a sair-se nada bem, a julgar pelo que se viu na quarta-feira passada...).
Enfim, está aqui criado um imbróglio lixado, senhoras e senhores...
A Frente Ribeirinha ainda há-de dar frentezinhas.
Esteja atento ao desenvolvimebto dos próximos capítulos.
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