ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

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"Lisboa não esqueceu - nem pode esquecer -o que foram os catastróficos seis anos de gestão presididos por Santana Lopes e Carmona Rodrigues", defendeu Ruben de Carvalho, na primeira análise feita aos resultados eleitorais em Lisboa, cerca das 21h30, quando ainda faltavam apurar resultados em mais de 40 freguesias.

O candidato da CDU realçou o facto de as eleições autárquicas terem decorrido "num quadro de intensa bipolarização",baseado no "receio do eleitorado lisboeta do regresso do PSD à governação municipal".

"O voto dos lisboetas afastou esse risco, mas não afastou aspectos altamente negativos da política de direita",acrescentou Ruben de Carvalho, aludindo à "cumplicidade" e à "passividade" dos eleitos pelo PS na gestão de Santana e Carmona Rodrigues.

"A política seguida nos últimos dois anos pelo PS de António Costa não constituiu a ruptura necessária com o passado",sustentou.

Ruben de Carvalho sublinhou igualmente a "previsível substancial diferença" de votação na CDU para a Câmara e as juntas de freguesia, tendo depois realçado que esta diferença (mais votos na CDU para as juntas de freguesia do que para a Câmara Municipal) deverá ser maior nestas eleições.

"O voto na CDU era - foi e será - o único voto que efectivamente garante uma política de esquerda em Lisboa, uma política ao serviço da cidade, dos que nela habitam, dos que nela estudam, dos que nela trabalham", defendeu.

Nas eleições intercalares de 2007, que deram a vitória a António Costa (PS), a CDU arrecadou 9,48 por cento dos votos, mantendo os dois mandatos conseguidos nas autárquicas de 2005 e vencendo em oito das 53 juntas de freguesia de Lisboa.