Obrigado, Ruben, pelas lições de rigor, de verticalidade e de seriedade no estudo dos assuntos e na decisão sobre eles. Mesmo que te cortem a palavra, mesmo que Fátima Campos Ferreira fique tão excitada, obcecada e vidrada com Costa e Santana e Santana e Costa e Santana...
Registo que Santana Lopes desconhece o que aconteceu antes. Ele nem sequer se lembra ou mostra conhecer o que aconteceu quando ele mesmo era presidente da CML. Eu sempre desconfiei disso. Hoje confirmei isso mesmo por várias vezes.
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3 comentários:
Se vai votar no Ruben porque é que parece que vai votar no Costa? Ganda Zeca
Está tudo aqui. (Por razões técnicas, impostas pelo Google, vai em dois comentários...)
São as perguntas do '24 Horas' e as respostas de Ruben de Carvalho (não publicadas):
«- Quais as traves mestras do programa (as duas ou três ideias chave do programa)?
Primeira de todas: a primazia do interesse público sobre os interesses privados. Depois, sucessivas questões que preocupam os cidadãos e para as quais nos últimos anos são muito insuficientes ou até nulas as respostas dos poderes central e local até agora: a criação de emprego e o papel da autarquia, em sede de PDM, nesse sentido; a requalificação e melhor gestão do espaço público; o ordenamento do trânsito, que se liga com o estacionamento, melhoria dos pavimentos e, sobretudo, respeito absoluto e prioridade ao peão: é preciso acabar com as segundas filas de estacionamento, intervir nas cargas e descargas e melhorar as passadeiras, sua localização e manutenção permanente. Acrescentam-se ainda outras preocupações da CDU e das populações, que têm a ver com o urbanismo democrático e participado, independente da especulação imobiliária; os apoios sociais, apoios às colectividades e descentralização de poderes e meios para as Freguesias; incentivos aos trabalhadores municipais, muito desmotivados pelo abandono de que têm sido sujeito passivo. Finalmente, as questões da reabilitação e da habitação, designadamente nos Bairros municipais – devendo ser redefinida toda a intervenção das empresas municipais, a começar pela Gebalis e a EPUL.
Continuação:
- Qual é a expectativa para Domingo? É possível reforçar a presença da CDU no executivo ou manter os dois vereadores já seria um bom resultado?
As expectativas são óptimas. A CDU tem uma empatia enorme com as populações, sobretudo com as mais carenciadas, com os trabalhadores e com os pequenos empresários. Pelo que sentimos nas pessoas, pelo trabalho feito durante o mandato e pela forma como está a decorrer a campanha na rua, a perspectiva é de obtermos mais votos e mandatos nos vários órgãos do Município.
- A CDU está disponível para uma eventual coligação pós-eleitoral para viabilizar um executivo?
Primeiro é preciso votar. Depois de contados os votos, se analisará o quadro futuro, sendo que, se for maioria, a C DU convidará outros para assumirem responsabilidades. Se não for maioria, a CDU viabilizará sempre as políticas que, na sua opinião, sirvam Lisboa e os lisboetas.
- Que balanço é que faz destes dois anos de mandato de Costa?
Fizemos em Agosto um balanço profundo sobre o trabalho e os modelos de decisão do actual mandato. É um balanço muito sério e verdadeiro e por isso mesmo não podia ter sido muito elogioso para o Executivo ainda em funções. A dada altura dizíamos que «no actual mandato, da parte do PS houve muita propaganda mas pouca acção. No essencial, as políticas continuam as mesmas, embora com alguma camuflagem. O caso do urbanismo é paradigmático. Com outra roupagem, a verdade é que continua a falta de regras, o PDM é sistemática e cirurgicamente suspenso para permitir grandes lucros aos investidores à custa da qualidade de vida na Cidade. Como temos afirmado, assiste-se hoje à multiplicação de «planos e projectos parcelares» em zonas estratégicas da cidade, como o Parque Mayer, a «Matinha», Alcântara, por exemplo, sem que a revisão do Plano Director Municipal (PDM) esteja concluída. O espaço público está miserável, abandonado e degradado, continuaram as operações de privatização de espaços em Lisboa, se não fossem travadas as tentativas de privatização de serviços, hoje a higiene urbana já teria sido concessionada a privados. Tudo, com os elevados custos para o erário publico e mesmo para a defesa do trabalho com direitos. As dívidas foram simplesmente empurradas para o próximo mandato e para mais além. A par de tudo isto, a maioria PS foi completamente subserviente em relação às políticas do Governo, seja em relação à Zona Ribeirinha, Porto de Lisboa, seja em relação à venda de património.»
- A divisão de votos à esquerda pode dar a vitória a Pedro Santana Lopes?
Os eleitores vão derrotar Santana. O candidato do PSD já mostrou antes como é que vê a Cidade e como é que actua quando tem a responsabilidade da sua gestão. Dissemos que esta candidatura não dignificava Lisboa e mantemos a mesma apreciação. Todos os votos na CDU são votos para derrotar Santana e os únicos verdadeiramente úteis para mudar de política em Lisboa.»
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