quinta-feira, agosto 10, 2006

Campo de Tiro

Cheio de buracos, como um alvo do mesmo Campo de Tiro...
Comunicado forte para inglês ver?

O «Gabinete do Vereador Prôa», da CML, resolveu editar e publicar no site oficial da Câmara e no blog do «Vereador dos Espaços Verdes» (o mesmo) um comunicado sobre o campo de tiro de Monsanto:
http://antonioproa.blogspot.com/2006/08/comunicado-sobre-o-clube-portugus-de.html

I. A substância frágil da coisa

Quanto à substância, fico sem perceber se vamos ter um prolongamento da concessão ou não.
Se o Clube assegurar as três condições colocadas, parece que sim: o tiroteio continua, para gáudio de militares reformados e afins.
Este comunicado, para já, soa-me a mistificação de porta aberta, tantas são as brechas que abre numa decisão que, nas primeiras linhas e só nessas, parece firme, mas que dois parágrafos abaixo já abre para o tudo na mesma como a lesma se acontecer isto assim e assim...
Oxalá eu esteja enganado.
Lá mais para diante se verá...

II. A forma e as suas incorrecções

... Mas hoje quero registar meia dúzia de notas sobre aspectos formais:

1.
Até que ponto pode um gabinete autonomizar-se da essência do Poder Local e funcionar em roda livre, ao ponto de emitir comunicados deste teor, em que, inclusive, se afirma que a Câmara decide... etc.? (Julgo saber que o poder pertence por eleição aos vereadores e a mais ninguém - e a lei não prevê subdelegação nos «gabinetes»).

2.
Mesmo que (duvidosamente) tenha autonomia jurídico-administrativa, o «Gabinete do Vereador…» não tem seguramente autonomia política. Mas não é isso que está sub-jacente no texto?

3.
É correcta e tem cobertura legal a expressão «A CML decide...», num caso como este em que a Câmara, o colectivo, nada decidiu (e reuniu ontem de manhã, é certo, mas a decisão - como foi público - só foi tomada à tarde em reunião entre vereadores e serviços)?

4.
É normal que um comunicado autárquico, como este é, refira o vereador na terceira pessoa («A CML sempre disse, nomeadamente através do Vereador Fulano de Tal...», ou coisa assim)?

5.
É legítimo que um texto autárquico, ainda para mais quando é objecto de tamanha divulgação institucional, contenha erros, incorrecções e gralhas irritantes?

6.
Exemplo de um erro: «o executivo da câmara»; exemplo de uma incorrecção: «que a todos nos compete defender»; exemplo de uma gralha irritante: «dos quais a CML, não abdica». Mas há bastantes mais no texto em apreço.
(Desde já aviso: este blog, quando «feito» mais à pressão, fica com gralhas. Mas isso é-me assacado a mim, eu assumo e não tem peso institucional nem consequências: quem me lê, em princípio, não é «mal encaminhado» por esse facto. Não assim um texto institucional, destinado a toda a gama de leitores, muitos dos quais mais frágeis e mais influenciáveis… Mesmo assim, claro, fico com dor de alma, depois de carregar no «publish» e verificar que há gralhas publicadas com a minha assinatura: só a falta de tempo me impede muitas vezes de emendar logo a mão. Mas, na minha actividade profissional, chego a fazer três revisões, quase sempre com a ajuda dos dicionários electrónicos – os quais não chegam, aviso já: só dão para o que dão: não dão para mais nada. E nem a insuficiência de um dicionário, qualquer que seja, é desculpa, claro. Sorry pelo desabafo: irritam-me as imperfeições linguísticas e o «português arrevesado».)

8 comentários:

Anónimo disse...

tirando partido do facto de estar cá há muitos anos esclareça-nos como se fôssemos todos muito burros , porque é que só agora este
contrato foi denunciado ? esclareça-nos se há dez anos atrás,não tinham todas as condições para o fazer? onde estavam o PS e o PCP ? também eram oposição? diga-nos tudo por favor que já percebi que o Senhor é um homem objectivo isento e amigo da verdade!

José Carlos Mendes disse...

Honestamente?
Não sei.

Sei que Monsanto foi recentrado nas pessoas com o engº Rui Godinho - um trabalho que estava em curso quando «cá» cheguei e que me deu muito gozo acompanhar, como pode testemunhar uma das assessoras de imprensa do actual Vereador do Ambiente e Espaços Verdes, que na altura era jornalista da Lusa.

Sei que no Gabinete falámos muitas vezes de3sse objectivo e se dizia sempre que, antes de terminarem os 10 anos de re-concessão, se devia revogar o direito.

Sei que nem toda a gente dentro da coligação teria essa firmeza - se é que me faço entender.

Sei que o asunto foi numerosas vezes tratado entre pares.

Sei que cada vez estavam mais maduras as condições de revogação.

Sei que nunca se entendeu que tal revogação admitisse «buracos» - como, muito honestamente - me parece que está em cima da mesa neste momento.

E sei, finalmente, que poucos «bloggers» seriam capazes de tamanha ábertura e lisura.

Aí fica a minha contribuição para o caso.

Obrigado pelos elogios. Seja você quem for - eventualmente alguém que me conhece, eventualmente alguém que cumprimento: este é o fiuo de navalha do blog...

Último questão: um pedido.

Por favor, guarde para si o sarcasmo do publicitário «como se fôssemos todos muito burros». É que isso incomoda mesmo, sem chegar a chatear: é uma es+écie de comichão no cérebro...

Ninguém é burro ao ponto de pedir isso. Ok? Pense bem no que acabo de escrever: quem o pede, não o é; quem o é (e há tantos, por todo o lado, caro copmentador), nem tem discernimento para o pedir...

Sorry pelo alongamento tranquilo, tipo yoga!

José Carlos Mendes disse...

Um comentário meu ao meu comentário aí em cima: desculpem, mas está com bastantes gralhas.
Foi escrito à pressa entre uma vinda da praia, um duche e o jantar em família. Não serve de desculpa, mas explica. Nos «posts» sou mais cuidadoso. Mas nos comentários, confesso que relaxo demais... Você entende. Conto com a sua benevolência e prometo que me emendo, que raio!!

Anónimo disse...

Ninguém queria afrontar o Jorge Sampaio e outros pois não? Imagino os telefonemas... foram os mesmos deste tempo que passa.

Pois agora já está feito. E pelos das "gralhas"...

Contra também muita boa gente da direita e do poder oculto em Portugal. E vão ter que se chegar ao resto do povo português: toca a cumprir normas ambientais como todos, senão...

(era bom que todos cumprissem, mas quanto mais perto do objectivo estivermos, incluindo as supostas "elites", melhor democracia!)

José Carlos Mendes disse...

Ok, plenamente de acordo.

Folgo para que assim seja: que o tiro saia de Monsanto. Duvido, mas estou ansioso para saber. E para registar o que se vai passar nos próximos seis meses.
No dia 13 de Fevereiro de 2007, conversamos. Certo?

Sabe uma coisa? Acho que não há grande diferença entre gente que se diz de esquerda e poressiona para que o campo de tiro lá continue e essa direita por você referida e que pressiona para lá ter o campo de tiro...

(Atenção, já agora: o chumbo, hoje, está banido destas «artes», exactamente por razões ecológicas).


NOTA IMPORTANTE

(Quanto às gralhas que detecto e que sempre denunciei - é uma espécie de cruzada pessoal minha desde muito, muito jovem: que seja clara a minha intenção: não quis achincalhar, como é evidente, mas apenas alertar para que haja mais cuidado, pelo menos da parte de quem tem capacidade e pode não dar erros e - indirectamente - ter uma função didáctica sem alarde. E evitar assim que os erros e incorrecções se reproduzam... Ao menos nós, caramba. Já basta o que basta! Já bastam as televisões - que deviam ser multadas pelo mal que fazem aos estudantes e a todos: legendas que não passavam na escrita; apresentadores que não passavam na oral... Eu não os passava, garanto).

Força nessa, man!

Anónimo disse...

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