quinta-feira, setembro 14, 2006

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Escolas do Lumiar e da Ameixoeira

Apenas um dos muitos casos

A CDU visitou estas escolas e apresenta um relato impressionante:

«Nota de visita ao Agrupamento Lindley Cintra efectuado por uma delegação da CDU constituída por Luis Sobreda, Fontan e Carlos Silva Santos, hoje dia 14 de Setembro para nos inteiramos in locu dos graves problemas resultantes do encerramento para obras da escola EB1 109 da Ameixoeira.

Contactamos a Directora da Escola EB1 nº 31 e o Director do Agrupamento que nos prestaram os esclarecimentos disponíveis e a quem comunicámos as nossas preocupações e as nossas exigências de solução de rotura eminente do processo de ensino aprendizagem para os alunos do ensino básico primeiro ciclo deste agrupamento.

Visitamos as instalações da escola nº 31 e inteirámo-nos dos problemas existentes e do seu agravamento com a transferência dos alunos da Ameixoeira sem as necessárias medidas cautelares de salvaguarda dos interesses das crianças e dos pais.

O Agrupamento Escolar Prof. Lindley Cintra constituído pela Escola EB1 nº 31 do Lumiar, Escola EB1 nº 109 da Ameixoeira, Jardim Infantil da Ameixoeira, Escola EB1 nº 204 (Centro de Paralisia Cerebral da Gulbenkian) e Escola EB2 3 Prof. Lindley Cintra onde fica a direcção do agrupamento de que é Presidente o Prof João Martins vive com dificuldades por insuficiência de recursos financeiros, por falta de novas instalações para responder à procura e por ter a generalidades das actuais instalações degradas (com excepção do Jardim infantil da Ameixoeira de construção recente)

Ponto 1
A escola nº 31 com 230 alunos, 12 professores e quatro auxiliares tem condições estruturais deficientes e necessita de intervenções de manutenção e renovação nomeadamente de um refeitório e de uma cozinha e de melhores condições de trabalho para os professores. Não tem espaço disponível para acolher os alunos da Ameixoeira (disponibiliza uma sala de aulas e são necessárias 8).

Ponto 2
A solução equacionada pela Câmara de Lisboa passa pela cedência das 4 salas de ATL existente no mesmo espaço, e até aqui geridas pela Junta de Freguesia do Lumiar complementada com a instalação de mais três contentores no recreio para completar as 8 salas de aula necessárias para os cerca de 170 alunos da escola nº 109 está longe de ser concretizada.

Ponto 3
Esta hipótese de solução é má para os alunos, para os professores e para os pais . Visto que os espaços comuns de recreio, alimentação e outras actividades não comportam com um mínimo de dignidade a actividade de 400 alunos e mais de três dezenas de professores e colaboradores externos para as actividades de música, ensino de inglês, ginástica e outras actividades.
Não existe cozinha e o espaço reservado à preparação das refeições vindas em regime de catering é exíguo e sem condições sanitárias mínimas. Não existe refeitório e o espaço aproveitado para tal não tem condições para servir com qualidade tão elevado número de refeições. Não tem lavatórios. O espaço de trabalho dos professores (sala dos professores é já hoje pequena) vai ser muito abaixo do aceitável para o desempenho dos professores.

Ponto 4 O apoio aos pais com prolongamento do horário normal da escola nº 31 das 8 às 9 horas de das 17,30 às 19 horas até aqui feito pelo ATL gerido pela Junta de Freguesia não está garantido pela Câmara de Lisboa pois são necessários mais meios nomeadamente pessoal.

Ponto 5
Outra questão crítica de rotura vai ser a deslocação das 170 crianças da Ameixoeira para o Lumiar, agravado pela redução da acessibilidade devido a obras na Alameda das Linhas de Torres (mal programadas e sem adequadas alternativas)

A utilização dos transportes públicos não é solução nem está recomendada para estas crianças em particular as mais novas.

Ponto 6
Podemos assim concluir que estamos perante uma rotura eminente de tal modo que apesar do início das aulas para os alunos da escola nº 31 estar prevista para a próxima segunda feira para os alunos da Ameixoeira não existe nada de concreto e não está previsto o início das aulas. Nada está feito na presente data.

Deste modo a CDU conhecedora da realidade e consciente dos graves problemas de ensino aprendizagem no agrupamento Lindley Cintra vem denunciar publicamente a incúria e a incompetência da Câmara de Lisboa que de forma irresponsável põe em causa o direito ao ensino de mais de 400 alunos do Lumiar e Ameixoeira.
A CDU irá apresentar esta grave situação nos órgãos autárquicos da Cidade (Assembleia Municipal e Executivo da Câmara e na Assembleia de Freguesia) exigindo soluções rápidas e efectivas com a participação dos Pais e dos Professores .»

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