domingo, setembro 24, 2006


EPUL em editorial

A EPUL «mereceu» «honras» de editorial no ‘DN’.
«O favoritismo, ou seja, o facto de muitas das suas obras serem pasto abundante para a distribuição de privilégios, incluindo andares com vista para o rio a preços generosos, à rapaziada-amiga-ou-com-contactos-lá-na-casa, também está associado à sua imagem».
Ou ainda: «Quem se meter com eles (os manda-chuvas da EPUL) leva»…
Ou: «Que melhor exemplo do pântano?»

Leia (foto: César Santos, 'JN'):
http://dn.sapo.pt/2006/09/24/editorial/misterios_epul.html

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5 comentários:

Anónimo disse...

Sobre a novela da EPUL, cujos episódios têm colorido os nosso triste quotidiano nas últimas semanas, e tendo em mente a manchete do semanário Expresso, só me ocorre dizer o seguinte: das duas uma, ou os tipos são muito espertos, ou nós (incluo-me à partida no conjunto) somos muito burros!
Infelizmente, para mim e para todos, esta segunda hipótese é a que me parece mais próxima da realidade. De facto, como cidadãos somos uns ausentes e uns inertes, não exigimos, não refilamos, nada! No essencial, mantemo-nos amorfos perante todas as atrocidades que se cometem à nossa custa (com o nosso dinheiro, património, recursos, etc.). Quanto muito encenamos para os amigos do bairro ou do café uma indignação exarcebada - em regra quanto maior a agressividade da ira menor a intervenção cívico-política acutilante e eficaz. E esperamos, imbuídos da nossa condição de vítimas perpétuas (a tal coisa do fado a que não podemos fugir) pelos próximos episódios. B
om, assim sendo não vamos longe e possivelmente os "espertos" continuarão a proliferar e tratar da sua vida, como fizeram os Srs. Administradores da EPUL que garantiram o seu "tacho" vitalício. E agora para desfazer o arranjo, possivelmente, ainda os vamos ter de os indminizar por danos morais, patrimoniais e sei lá que mais.
Se para nós cenas como esta não merecem o nosso BASTA, bem audível e inequívoco, organizado, então
é legítimo e natural que os "espertos" tratem da sua vidinha e pensem que o que fazem não dói assim tanto.
(À parte: não há por aí um jurista que consiga equiparar os direitos inerentes às nomeações dos administradores públicos com os "direitos adquiridos" dos funcionários públicos? é que estes parecem ser de natureza menos resistente e duradoura, e quando são alterados não resultam quaiquer indeminizações para os seus ex-beneficiários. É só uma ideia.)

José Carlos Mendes disse...

Bem-vindo à reflexão.
Mas chamo a sua atenção para um aspecto: são directores vitalícios com regalias vitalícias e não administradores os que (desta vez) estão em causa.

Foram é nomeados por administradores.

...Só por uma questão de rigor...

Anónimo disse...

Perdoem-me a franqueza, mas o "tacho" vitalício é igual para todos os funcionários públicos. É a forma como exercem as suas funções que os distingue. Uns melhor, outros pior, outros ainda com absoluto desprezo pelo povo.

Alface

Anónimo disse...

Caro Alface,

Ser Juiz em causa própria é sempre complicado, mas arrisco. Não considera que é de diferente a natureza de um emprego estável ou vitalício e uma nomeação vitalícia para um cargo de direcção?
A estabilidade no emprego parece-me uma aspiração legitíma e que não é de todo incompatível com a rigorosa avaliação do desempenho dos seus beneficiários. Tem outra opinião?

Anónimo disse...

desculpem lá a intromissão. há qualquer coisa nesta história que me parece mal contada. não é por nada, mas suspeito que a piedosa (e oportuna) notícia do expresso se inscreve, de forma subliminar, na piedosa (e oportuna) campanha contra o sector público a decorrer por todo o império.
por outro lado, tem a vantagem adicional de lançar uma nuvem de poeira sobre os anteriores trafulhices da epul, de cujos julgamentos ainda continuamos á espera.
e já agora, cuidado com as comparações com os verdadeiros funcionários públicos, senão estamos a tirar com uma mão o que quisemos dar com a outra.
um abraço do gac