terça-feira, janeiro 17, 2006

Terça, 17. Comércio ao ataque

Comerciantes da Baixa

Na Baixa, de que agora é responsável Maria José Nogueira Pinto, os comerciantes estão fartos de insegurança e levaram à PSP da Praça do Comércio um abaixo-assinado reclamando medidas.
É que não são poucas as pessoas que têm mesmo medo de andar ao fim do dia e ao cair da noite na Baixa. Para já não falar de andar por ali de noite: impossível. A crise já traz consequências sérias para o comércio, mas, a piorar as coisas, o sentimento de insegurança afecta ainda mais, naturalmente, o negócio – dizem os comerciantes.
Vão ter lugar eleições para a associação. E uma das listas concorrentes já tem um sítio na net.
O «site» não está ainda activo na sua totalidade, mas fica aí o endereço. Clique aqui duas vezes e confira:
http://moradoresbaixa.no.sapo.pt/
Dos estatutos, respigo os fins: «A Associação tem por fim procurar, por todos os meios ao seu alcance, promover e desenvolver a Baixa Pombalina e o bem-estar da sua população, numa perspectiva de desenvolvimento participativo e sustentado, propondo-se para tal: a) Contribuir, por acções próprias ou por intervenção junto das entidades competentes, para que a Baixa Pombalina seja dotada dos melhoramentos necessários ao seu desenvolvimento sustentado; b) Reclamar junto de quem de direito, sempre que os legítimos interesses da comunidade local sejam prejudicados por omissão, discriminação ou outro motivo injustificado; c) Promover uma cidadania participativa e informada na comunidade.»

Feirantes da antiga Feira Popular

Para divisão das verbas remanescentes (cerca de 13 milhões de euros), os feirantes não se entendem. Há quem deixe ofuscar a vista quando cheira a dinheiro vivo.

Audi

Não se encontro novo dono para o Audi 8 que Santana mandou comprar para ele. Não só pelo preço de licitação para o leilão, mas ainda pelos consumos e manutenções.

Até quando?

Há jornalistas que, de forma escandalosa, têm andado com Sá Fernandes ao colo. Mesmo sabendo perfeitamente que este novel vereador tem trilhado aqui e ali alguma irresponsabilidade, no sentido de que não cuidará de averiguar das consequências de algumas sugestões, afirmações e / ou propostas… Claro que as polémicas vêm mesmo a calhar para nos distraírem das agruras e da chateza das campanhas eleitorais… Mas, até quando, este Catilina abusará da nossa paciência – ou seja: até quando é que os leitores terão de levar com estas doses escandalosamente maciças de Sá Fernandes.
(Pronto. Está dito. Sei que estou a ser pouco «ortodoxo», e até sei que o homem e a sua equipa – de que faz parte o meu amigo Carlos Marques, que muito respeito – se têm farto de trabalhar, mas é isto que penso. E o «lisboalisboa» foi criado para isso mesmo: para acolher tudo o que penso e não só aquilo que seja politicamente correcto. Para isso, já existem vários outros ‘media’… E mais: de Sá Fernandes todos os dias nas mesmas páginas dos mesmos jornais, já estou por aqui. Francamente: já! Mais: os leitores fartam-se mais depressa do que se julga.)

Casa Garrett

O Fórum Cidadania deu hoje uma resposta à altura ao vereador da Cultura da CML, no tocante à questão da Casa de Almeida Garrett. Vem nas cartas dos leitores, no ‘Público / Local / Lisboa’. Vale uma leitura atenta?

EGEAC

Os dinheiros da EGEAC são da CML. Os teatros e cinemas da Cidade são da CML. Mas Amaral Lopes declara ao ‘Expresso’ que tem em mente um plano estratégico e que se prepara para «tornar mais ágil» a gestão destes equipamentos e ainda para acordar «parcerias entre os mesmos equipamentos e investidores privados ou de natureza pública». Temo que este tipo de fórmulas, habituais na fase anterior às privatizações, seja mas é a ante-câmara para colocar os dinheiros da CML em contas bancárias de produtores privados e ainda por cima para que estes metam ao bolso o resultado das bilheteiras. Ou seja: que sob a capa de «parcerias», o que venha a suceder seja que se esteja a preparar a privatização dos dinheiros e do uso dos equipamentos municipais.
A ver vamos, como dizia o cego lá da minha terra.


Outros registos

Farmácias – Alguns amigos meus, sabendo de interesse específico em torno das farmácias e da sua associação nacional, têm manifestado que não entendem a guerra quase pessoal que se desenrola entre o ministro Correia de Campos e João Cordeiro, presidente da ANF. Pois aí está a explicação: lucros anuais de mais de 220 milhões de euros para o conjunto das 2 700 farmácias existentes no país; facturação anual de 3 mil e 300 milhões de euros; poder financeiro e junto da banca como poucas outras actividades concentram – qual é o banco que desprezaria um tal cliente? Mais: qual é o banco que não cede perante um tal cliente, a ANF, que deve ser a maior «empresa» do país?

Rosa – Coincidência: rosa é o palácio em disputa esta semana / em Belém; rosa é o lago «de» Dakar, onde os pilotos «aterraram» esta semana.

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