António Vitorino, que hoje é uma espécie de papa opinador do PS, presente em tudo o que é meio de comunicação, confessa hoje no DN que «… no plano político, o que decerto mais terá pesado na margem de manobra de que o Governo beneficiou no balanço do seu segundo ano de governação (não foi a acção do Governo ela mesma – que por aí não se safava… mas que, bem pelo contrário,) terá sido a crise em que mergulharam os partidos à sua direita na sequência das eleições intercalares para a Câmara de Lisboa. Com a singularidade de essas eleições terem ocorrido em virtude da crise da autarquia em larga medida provocada quer pelas desavenças entre PSD e CDS quer pela paralisia política da liderança camarária. Factos que levaram à decisão do líder do PSD de provocar o acto eleitoral intercalar. Estaremos assim perante mais um dos tais acontecimentos fortuitos que inflecte o curso dos acontecimentos globais do País? A resposta a esta questão chegará no Outono. E se nesses partidos tudo ficar como antes da crise, bem poderá dizer-se que o "efeito Lisboa" foi afinal um dos tais meros acasos fortuitos. Mas o seu verdadeiro alcance só se descobrirá lá para o final de 2009!»
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