quarta-feira, março 23, 2005

Jornal das 17 / 22 de Março

Suja

A Cidade está suja, suja, suja. Sem brio. Degradada. Lamento mas é o que vejo por essas ruas fora. Muitas pessoas se queixam, a começar pelos empresários da restauração e similares.
Mas não há quem ponha mão nisto?

ETAR de Alcântara

Nas proximidades da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Alcântara cheira mal. Cada vez mais. Mas o que se passará. A ESTAR precisa de ser modernizada e precisa de uma intervenção urgente desde há anos. Já tudo esteve preparado por três vezes para se adjudicar a obra. Mas por três vezes o concurso foi anulado. Ainda não se percebeu bem o que está em causa…
Provavelmente, a anulação sucessiva de empreitadas, tem sido prejudicial. Ao ponto de se estar a prever agora fazer muito menos por quase o dobro da verba, e cada vez o ambiente envolvente é mais degradado.
É por isso que se entende que os vereadores do PCP tenham pedido explicações, mas ainda não houve resposta, tanto quanto sei.
As questões colocadas tinham a ver com «o fundamento invocado pela SimTejo para a anulação do concurso» e «em que fase se encontrava o concurso à data da anulação».
Em Janeiro foi aberto o (julgo que) quarto concurso para «adaptação e completamento da ETAR de Alcântara».
Um verdadeiro sem-fim, este processo inexplicável e inexplicado até agora.


Pela boca morre o peixe

Na campanha e na pré-campanha de 2001, Santana Lopes e seus companheiros de lista «mandaram muitas bocas» muito bem aceites na comunicação social, como era regra na altura.
Eis algumas, que agora parecem amargos de boca para os autores:
1. Martim Moniz. O PSD «exige que seja feito um plano sério para o Martim Moniz»
(«Público», 1 de Junho, 2001). Passaram três anos de maioria PSD. Onde está o «plano sério» para o Martim Moniz. Onde está qualquer «plano sério»?
2. «A Gebalis é uma empresa de burocratas cheios de vento» - Santana Lopes, debate de 4 de Dezembro, reportado no «JN» do dia seguinte. Vamos então analisar a Gebalis e a EGEAC, a EPUL e outras, três anos passados. Fizeram o quê? Gastaram quanto?
Só mais uma, por hoje:
3. Santana Lopes colocou em causa a revisão do PDM: «A questão principal não é rever, mas sim pôr em ordem todo o planeamento e gestão urbanísticos de Lisboa». Passaram três anos, e o que se vê? Nem há planos nem há revisão. O que há é despachos de loteamentos. E um processo de revisão que afinal Santana iniciou, que nunca mais anda, e que agora foi confiado oficialmente a Carmona como pelouro específico. Mas não tem andado, isso não. E os loteamentos e decisões a esmo sucedem-se por toda a Cidade.