CDU pela reabilitação e contra a especulação
José Bento Amaro
A reabilitação urbana, o combate à especulação imobiliária e a defesa dos empregos dos funcionários camarários foram os principais lemas abraçados pela campanha da CDU na corrida para a Câmara de Lisboa.
A candidatura presidida por Ruben de Carvalho valorizou as acções de rua, o contacto directo com a população, aproveitando sempre para lembrar que, em matéria de reabilitação urbanística, foi com a presença de vereadores da CDU na câmara que mais e melhores medidas foram tomadas. As zonas mais pobres, como o Castelo, Marvila e Alfama foram alvo de várias intervenções onde, para além dos candidatos à vereação, também marcaram presença vários dirigentes do partido.
Sem grandes declarações relativas às finanças da câmara, os comunistas manifestaram ainda preocupações de carácter social, nomeadamente com os idosos, recordando que os mesmos constituem cerca de um quarto da população da capital e que, a cada dia, enfrentam maiores dificuldades, sejam elas de habitação, de acesso aos serviços de saúde ou até a equipamentos de lazer e espaços verdes.
No que respeita à Saúde, Ruben de Carvalho manifestou várias vezes estranheza pelo facto de haver projectos para a saída do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa. Alvitrando que a mudança do IPO para Oeiras pode esconder mais uma manobra dos especuladores imobiliários, o candidato comunista referiu ainda que a sua actual localização é perfeita em termos de acessibilidades. Defendeu, no entanto, que as actuais instalações precisam de obras urgentes a fim de ser travada a sua degradação.
O elenco comunista, bastas vezes reforçado com o secretário-geral, Jerónimo de Sousa, lançou, ao longo das "arruadas", suspeições relativas ao intuito de privatização de diversos serviços camarários por parte dos últimos elencos (PSD e PP). Também o PS não foi poupado e, na quarta-feira, foi o próprio líder da CDU que disse, a propósito da candidatura socialista, que a mesma é uma "coligação de interesses" financeiros.
O apelo ao voto foi outra constante. A CDU, com o objectivo de chegar aos três vereadores, tentou a todo o custo cativar novos eleitores para desse modo reforçar o seu poder reivindicativo em relação a eventuais coligações. Apesar dos ataques ao PS, a junção de forças com o elenco de António Costa é a medida que se afigura com maiores possibilidades. Ruben de Carvalho é totalmente contra a saída do IPO de Lisboa e defende obras nas actuais instalações.
In Público - sem linkJosé Bento Amaro
A reabilitação urbana, o combate à especulação imobiliária e a defesa dos empregos dos funcionários camarários foram os principais lemas abraçados pela campanha da CDU na corrida para a Câmara de Lisboa.
A candidatura presidida por Ruben de Carvalho valorizou as acções de rua, o contacto directo com a população, aproveitando sempre para lembrar que, em matéria de reabilitação urbanística, foi com a presença de vereadores da CDU na câmara que mais e melhores medidas foram tomadas. As zonas mais pobres, como o Castelo, Marvila e Alfama foram alvo de várias intervenções onde, para além dos candidatos à vereação, também marcaram presença vários dirigentes do partido.
Sem grandes declarações relativas às finanças da câmara, os comunistas manifestaram ainda preocupações de carácter social, nomeadamente com os idosos, recordando que os mesmos constituem cerca de um quarto da população da capital e que, a cada dia, enfrentam maiores dificuldades, sejam elas de habitação, de acesso aos serviços de saúde ou até a equipamentos de lazer e espaços verdes.
No que respeita à Saúde, Ruben de Carvalho manifestou várias vezes estranheza pelo facto de haver projectos para a saída do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa. Alvitrando que a mudança do IPO para Oeiras pode esconder mais uma manobra dos especuladores imobiliários, o candidato comunista referiu ainda que a sua actual localização é perfeita em termos de acessibilidades. Defendeu, no entanto, que as actuais instalações precisam de obras urgentes a fim de ser travada a sua degradação.
O elenco comunista, bastas vezes reforçado com o secretário-geral, Jerónimo de Sousa, lançou, ao longo das "arruadas", suspeições relativas ao intuito de privatização de diversos serviços camarários por parte dos últimos elencos (PSD e PP). Também o PS não foi poupado e, na quarta-feira, foi o próprio líder da CDU que disse, a propósito da candidatura socialista, que a mesma é uma "coligação de interesses" financeiros.
O apelo ao voto foi outra constante. A CDU, com o objectivo de chegar aos três vereadores, tentou a todo o custo cativar novos eleitores para desse modo reforçar o seu poder reivindicativo em relação a eventuais coligações. Apesar dos ataques ao PS, a junção de forças com o elenco de António Costa é a medida que se afigura com maiores possibilidades. Ruben de Carvalho é totalmente contra a saída do IPO de Lisboa e defende obras nas actuais instalações.
RUBEN DE CARVALHO (PCP/VERDES)
A comitiva da CDU deparou-se, entre a Graça e os Sapadores, com muitos lisboetas descontentes com os políticos e com o Governo. “Não me surpreende, antes pelo contrário”, afirmou Ruben de Carvalho, atribuindo as “bocas” e as queixas que ouviu por parte de alguns moradores “à desilusão e ao desencanto” das pessoas com as políticas do Governo. O cabeça de lista da CDU, que partiu do largo de Sapadores em direcção ao largo da Graça, admitiu ainda que o “descontentamento” das pessoas com a política possa contribuir para a abstenção no domingo.
CM
Propostas da CDU
As prioridades para Lisboa aos olhos do candidato passam por “sanear as Finanças Municipais e devolver a credibilidade à Câmara de Lisboa. Reestruturar os SEM, motivando os trabalhadores, simplificando circuitos burocráticos, colocando a máquina municipal ao serviço da Cidade. Planear a Cidade, avançando com a revisão do Plano Director Municipal, e travar os negócios e urbanizações feitas ao abrigo das alterações simplificadas. Ordenar e responder com urgência aos problemas do Espaço Público (calçadas, jardins, iluminação, barreiras arquitectónicas), é outra das prioridades.”
PJ
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