Sucedem-se os escândalos com o Governo
Jerónimo de Sousa classificou, ontem, o Partido Socialista de "coligação de interesses", realçando que os apoiantes do PS são "inimigos do poder local". O secretário-geral do PCP acompanhou Rúben de Carvalho numa acção de campanha em Campo de Ourique e, no final, endureceu o discurso "Sucedem-se as notícias, os escândalos, os comprometimentos. O PS não precisa de uma coligação, porque a sua lista e os seus apoiantes constituem em si mesmo uma grande coligação de interesses".
O líder do PCP mostrou-se também corrosivo para com as palavras de Helena Roseta - que disse que os partidos estão muito fechados, pelo que deveriam "levar uma lição" por não ouvirem as pessoas - e acusou mesmo a candidata independente de "oportunismo", por tentar ganhar votos atacando os partidos. "Mais do que uma independente, é uma dissidente. Se José Sócrates tivesse aceite a sua proposta, seria hoje candidata pelo PS . É um pouco de oportunismo procurar ganhar votos atacando os partidos, onde até já participou com grande amplitude", apontou.
JN
O líder do PCP mostrou-se também corrosivo para com as palavras de Helena Roseta - que disse que os partidos estão muito fechados, pelo que deveriam "levar uma lição" por não ouvirem as pessoas - e acusou mesmo a candidata independente de "oportunismo", por tentar ganhar votos atacando os partidos. "Mais do que uma independente, é uma dissidente. Se José Sócrates tivesse aceite a sua proposta, seria hoje candidata pelo PS . É um pouco de oportunismo procurar ganhar votos atacando os partidos, onde até já participou com grande amplitude", apontou.
JN
Jerónimo de Sousa diz que a candidatura socialista é "uma coligação de interesses"
12.07.2007, José Bento Amaro
Ruben de Carvalho diz que todos os processos devem ser transparentes. Denunciada tentativa de privatização do serviço camarário de metrologia
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, endereçou ontem acusações ao PS, nomeadamente a de, na campanha para as eleições à Câmara de Lisboa, possuir uma lista "de coligação de interesses localizados" no poder económico.Jerónimo de Sousa, que acompanhou o candidato Ruben de Carvalho em Campo de Ourique, disse ainda que o PS não precisa de fazer qualquer coligação com a CDU "porque a sua lista e os seus apoiantes constituem em si mesmo uma grande coligação de interesses". Sobre António Costa, o dirigente comunista foi seco e incisivo, classificando-o como "inimigo do poder local".Também Ruben de Carvalho considerou que o PS e, em particular, o seu candidato, António Costa, devem prestar esclarecimentos por integrarem na sua lista Gabriela Ventura, que pertence aos quadros da empresa Mota-Engil, que lidera o consórcio a quem o Governo adjudicou a concessão rodoviária da Grande Lisboa e que tem como finalidade construir e explorar, nos próximos 30 anos, a auto-estrada com o mesmo nome.Gabriela Ventura, tal como o PÚBLICO noticiou ontem, surge em sétimo lugar na lista do PS, sendo apresentada como gestora de fundos comunitários e antiga consultora do Banco Mundial e da Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional. No entanto, nunca é referido que trabalha para uma empresa que possui interesses em obras que se relacionam directamente com Lisboa."Seria bom que alguém explicasse o porquê desta omissão, até para não dar espaço a confusões", sublinhou Ruben de Carvalho.As explicações que Gabriela Ventura apresentou ontem, alegando que as funções que irá desempenhar na câmara nada têm a ver com a concessão atribuída pelo Governo, não convencem Ruben de Carvalho, que entende que, a não haver qualquer comprometimento, também não deveriam existir "esquecimentos" como o que levou a candidatura socialista a não revelar parte do currículo de uma das suas integrantes.O elenco comunista levantou ainda dúvidas sobre o destino a dar aos serviços de metrologia da câmara, com a candidata Rita Magrinho a afirmar estar convicta de que, depois de contactos estabelecidos com alguns profissionais do sector (fazem a aferição de balanças comerciais e taxímetros, entre outros), o intuito dos actuais responsáveis do município é entregar a exploração desse serviço à iniciativa privada. Rita Magrinho explicou que, desde 2000 até ao ano passado, o serviço de metrologia tem vindo a reduzir o número de intervenções. (Público – sem link)
- CDU quer mais fiscalizações a balanças e taxímetros (PD).
- CML: Ruben de Carvalho recebe apoio de idosos em Campolide (DD).
- Oito notícias do «Avante!» sobre a campanha da CDU recortadas pelo Google: leia aqui.
- Acordo com Sócrates é «esdrúxulo» (PD).
12.07.2007, José Bento Amaro
Ruben de Carvalho diz que todos os processos devem ser transparentes. Denunciada tentativa de privatização do serviço camarário de metrologia
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, endereçou ontem acusações ao PS, nomeadamente a de, na campanha para as eleições à Câmara de Lisboa, possuir uma lista "de coligação de interesses localizados" no poder económico.Jerónimo de Sousa, que acompanhou o candidato Ruben de Carvalho em Campo de Ourique, disse ainda que o PS não precisa de fazer qualquer coligação com a CDU "porque a sua lista e os seus apoiantes constituem em si mesmo uma grande coligação de interesses". Sobre António Costa, o dirigente comunista foi seco e incisivo, classificando-o como "inimigo do poder local".Também Ruben de Carvalho considerou que o PS e, em particular, o seu candidato, António Costa, devem prestar esclarecimentos por integrarem na sua lista Gabriela Ventura, que pertence aos quadros da empresa Mota-Engil, que lidera o consórcio a quem o Governo adjudicou a concessão rodoviária da Grande Lisboa e que tem como finalidade construir e explorar, nos próximos 30 anos, a auto-estrada com o mesmo nome.Gabriela Ventura, tal como o PÚBLICO noticiou ontem, surge em sétimo lugar na lista do PS, sendo apresentada como gestora de fundos comunitários e antiga consultora do Banco Mundial e da Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional. No entanto, nunca é referido que trabalha para uma empresa que possui interesses em obras que se relacionam directamente com Lisboa."Seria bom que alguém explicasse o porquê desta omissão, até para não dar espaço a confusões", sublinhou Ruben de Carvalho.As explicações que Gabriela Ventura apresentou ontem, alegando que as funções que irá desempenhar na câmara nada têm a ver com a concessão atribuída pelo Governo, não convencem Ruben de Carvalho, que entende que, a não haver qualquer comprometimento, também não deveriam existir "esquecimentos" como o que levou a candidatura socialista a não revelar parte do currículo de uma das suas integrantes.O elenco comunista levantou ainda dúvidas sobre o destino a dar aos serviços de metrologia da câmara, com a candidata Rita Magrinho a afirmar estar convicta de que, depois de contactos estabelecidos com alguns profissionais do sector (fazem a aferição de balanças comerciais e taxímetros, entre outros), o intuito dos actuais responsáveis do município é entregar a exploração desse serviço à iniciativa privada. Rita Magrinho explicou que, desde 2000 até ao ano passado, o serviço de metrologia tem vindo a reduzir o número de intervenções. (Público – sem link)
- CDU quer mais fiscalizações a balanças e taxímetros (PD).
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