O 'DN' de hoje traz uma nota interessante. Refere-se à Câmara da Covilhã e a Carlos Pinto, seu presidente, e a José Sócrates. Trata-se de uma ameaça verdadeiramente descarada aos homens do PS (assim mesmo). Diz Pinto que é melhor estarem caladinhos com aquela história da IGAT (inspecção), porque na Câmara da Covilhã há documentos arquivados que podem entalar Sócrates no que se refere ao célebre curso e licenciatura de Sócrates na Universidade Independente e suas envolventes. É uma verdadeira peça de características declaradamente mafiosas. O homem fala num português tão claro e directo como o dos dirigentes do futebol. Ou seja: não se percebe o que diz, mas sabe-se do que fala. Não se percebe nada de concreto, mas entendemos que está a ameaçar directamente Sócrates e a chantagear o PS e o Primeiro-Ministro. E, com isso, está a proteger-se descaradamente de uma qualquer investigação oficial.
Agora, meus senhores, de duas uma: ou a investigação à CM da Covilhã vai mesmo em frente e é publicitada e ficamos a saber que Sócrates não tem medo nenhum dos tais documentos que sobre a sua licenciatura estarão na CMC e que de vez em quando Pinto já exibe como fantasmas ou como espadas de Dâmocles sobre a cabeça de Sócrates; ou a inspecção pára e não vai em frente - e ficamos a saber que a chantagem resultou e Pinto pode respirar fundo.
Ou seja: Pinto acha que o País virou uma espécie de coutada de marginalidade legal e politicamente aceite.
Mas não.
A chantagem é crime. A sonegação de provas é crime. A confissão pública dos dois crimes de uma vez só é chocante. E tudo isto está plasmado na edição em papel do 'DN'. Infelizmente, não consta da edição «on line». De outro modo, colocava aqui um link e o leitor podia aquilatar por si mesmo...
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