sábado, dezembro 16, 2006

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Lisboa
Que pena
Declarações infelizes

Já viu esta? Que diabo. Então estou a ler sossegadinho os jornais da manhã e de repente deparo com umas declarações de José Sá Fernandes a Margarida Davim ('Sol') em que aquele explica a esta - e portanto a mim, e portanto aos advogados da Lismarvila - oq ue é que estes têm de fazer para que a empresa seja largamente indemnizada, mesmo depois da revogação da deliberação. Às tantas diz ele: «A empresa (Lismarvila) pode usar a deliberação (revogada) para calcular o valor dos terrenos».
Isto é tanto mais inesperado para mim quanto é certo que o próprio tem dito que vai pedir a anulação da deliberação ou pelo menos do índice de construção por ela aprovado (falo da deliberação de 22 de Novembro). Há quem ache (o PCP acha e eu também) que aquela deliberação é nula. E que não produziu efeitos. E é isso que deve ser requerido aos tribunais: a declaração de nulidade. E não (salvo melhor opinião) andar a ensinar o caminho das pedras à empresa... Isso por se ir atrás das perguntas insistentes de um jornalista e se terem mais uns centímetros de prosa em jornal. Penso isso e fico muito desgostoso e muito preocupado com este caminho das coisas. Não esperava mesmo por esta.
Na passada quinta-feira, penso que apenas uns minutos antes, tinha eu falado com a mesma jornalista e procurei evitar que o artigo enveredasse por esse caminho. Não foi assim depois, pelos vistos. Lamento. Até acredito que ninguém esteja à espera de aprender nada em declarações a jornais, designadamente os profissionais do mesmo ramo. Mas que cai mal na opinião pública, lá isso acho que sim: cai mesmo mal. Não gostei nada. E não esperava isso dali.
Ainda tentei que ao telefone alguém da área me explicasse se eu estava enganado - para ouvir outra opinião. Mas não foi possível. Portanto, fica aí a minha opinião. Vale o que vale. Mas fica aí.
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