No encontro da CDU da Covilhã, no sábado, foi mais uma vez expressa com clareza a filosofia da organização em matéria de alianças pós-eleitorais: «“A nossa posição em relação a outras forças políticas é a seguinte: nós estamos interessados na afirmação do projecto da CDU e ter a nossa própria intervenção, abrindo sempre a possibilidade, numa fase pós-eleitoral, de haver conjugação de esforços com o PS ou outros partidos, quer seja em juntas de freguesia ou na Câmara Municipal”». Para que conste e se entenda: «com o PS ou outros partidos». E isto é válido coma CDU em minoria como é válido com a CDU em maioria. Como sempre aconteceu. Dou sempre o exemplo da Amadora que conheço demasiado bem: ao longo de 18 anos de maioria CDU, houve sempre coligações ou acordos pós-eleitorais com todos (repito: todos os partidos, ora uns, ora outros: CDS, PSD e PS). Ou então veja o exemplo de Sesimbra hoje, por exemplo: a CDU detém a maioria na CMS, mas têm pelouros também os outros dois partidos com vereadores eleitos: PS e PSD. Tanto quanto acompanho, o que pauta a conduta da CDU nesta matéria é apenas a consideração local do interesse das populações.
Para quê então vir agora a lei eventualmente estragar este cenário de democracia alargada? Vantagens para as populações, não, de certeza.
1 comentário:
Uma conjugação de esforços, é essencial. Uma coligação... depende das exigências da maioria para que ela se efectue. Se for como a que vimos fazer-se mais recentemente, para formação do actual executivo CML, é de fugir. No sentido figurado, literário, e com diferentes tempos de conjugação (não coligação).
Fujam os partidos de uma coligação assim (em convidados para). E fujam partidos e eleitores de uma coligação semelhante.(perante uma)
Coligar mandar calar com calar por mandar, nunca.
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