quarta-feira, setembro 24, 2008

Editorial

Lamentável baixeza
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Mais uma nota, antes dos jornais da manhã (que me vão chatear). Esta nota tem a ver com o facto de Helena Lopes da Costa ter metido Margarida Sousa Uva ao barulho. Por duas razões: a primeira é que MSU terá apontado um caso do tipo segurança social de uma mão de três filhos sem casa e para quem MSU pediu uma casa. E daí? É para isso que servem estas casas: para abrigar quem precisa - mas ao chamar MSU à colação, Helena está apenas a apelar ao imaginário do PSD: MSU hoje está lá no bem-bom de Bruxelas, Durão tem um halo de apreço de muita gente do PSD; em segundo lugar, e muito mais importante (foi essa história que de repente me bateu e me chocou): MSU, mulher de Durão Barroso, está a ser usada de forma ignóbil e subtil, disfarçada, estratégica. MSU está a ser lançada num tabuleiro de xadrez de longo alcance. Santana também é arguido no mesmo processo. Helena sabe das histórias que constam de há 30 anos atrás. Trinta anos de tormento e de vinganças colaterais - como aquela da ida para Bruxelas deixando o Governo na mão do incapaz... E, na sequência dr tudo isto, esta foi mais uma jogada fraudulenta, desta vez jogada de baixaria, de canto, de esguelha, orquestrada por Helena Lopes da Costa com a conivência expressa ou tácita mas sempre malévola dos restantes comparsas. Uma hipótese a que nenhum deles nunca vai aludir, que nunca admitirão, não por saudável pudor mas por vergonhosa mentalidade. Uma situação que muita gente está a lamentar, mas em silêncio, por vergonha e talvez até por medo de represálias - coisa bem useira naquele meio. Tudo isto foi concebido para, na prática, obrigar os Barroso a virem a terreiro defender - violentados - os indefensáveis que buscam nestes truques, e à sua maneira, alguma salvação (só por utilitarismo, numca por razões de busca de dignidade. É que está muito fresca no PSD a consequência da situação de arguido para Carmona. E, afinal também pesa o facto de a moldura penal da arguição ir até aos três anos de prisão).
Dignidade, digo? Como se isso fosse possível.
Não, com gente deste jaez.
Tudo isto é, aliás, de uma baixeza lamentável, incomodativa.
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(Lamento profundamente ter de escrever isto. Até parece que estou a defender os Barroso e, ao meter-me pelo PSD profundo dentro, sinto-me intruso em família alheia. Não é nada disso: estou a defender o direito à dignidade na vida pública. Coisa que esta gente, que «aqui» conheci durante vários anos, nem sabe onde mora.)

2 comentários:

Anónimo disse...

Clap, Clap!!!

Anónimo disse...

Muito bem