domingo, janeiro 25, 2009

Freeport

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(...) O problema foi quando o Freeport começou a ser investigado em Inglaterra. Um administrador da empresa veio a Portugal e, com uma câmara oculta, gravou uma conversa com Charles Smith, para saber porque tinha a consultora precisado de um milhões de euros, pagos em pequenas tranches, para conseguir a aprovação do projecto.
Smith, sem saber que estava a ser gravado, revelou que teve de proceder a uma série de pagamentos corruptos que haviam sido negociados numa reunião, em 2002, com José Sócrates e outros elementos do seu gabinete. Numa entrevista ao semanário «Sol», Júlio Monteiro, tio de José Sócrates, revelou ter sido ele a apresentar este negociador inglês ao seu sobrinho, conseguindo mesmo uma reunião com o então ministro do Ambiente. «E esse Charles acordou uma reunião com o meu sobrinho, graças a mim, que lhe falei de véspera dos quatro milhões e falou com certeza com a secretária, acho que ele foi recebido pela, não foi recebido não, foi recebido pelo ministro, mas foi atendido pela secretária para marcar a reunião», referiu Júlio Monteiro, tio de José Sócrates em entrevista ao jornal «Sol». (...)
Por outro lado, o DN on line, hoje, fala da dúvida de um juiz quanto à celeridade com que o processo foi despachado. Aqui.
Outra questão: quem trouxe o caso para a ribalta desta vez?
Foi Dias Loureiro quem acirrou as hostes agora?
Há quem diga que sim. Por exemplo, um tal DD, co-editor e comentador de um blog do PS, o qual, às tantas escreveu assim a abrir um comentário, hoje às 11.39: «Rui Machete disse na rádio não acreditar que o novo caso Freeport tenha origem em Cavaco/Dias Loureiro. Bem, quando não se acredita, é porque a afirmação andou no ar (...).
Mais, no site da TVI, hoje às 20 e qualquer coisa: referência a um comunicado do Sindicato dos Magistrados: "No comunicado, divulgado este domingo, o sindicato exige ao Governo que se abstenha de qualquer interferência, reclamando «garantias de isenção, de objectividade e de responsabilidade que espera ver salvaguardadas pela tutela da Polícia Judiciária relativamente aos responsáveis da Polícia Judiciária envolvidos na investigação».
Um recado claro para o Ministro da Justiça, Alberto Costa, que tem a tutela da Polícia Judiciária. De resto, o sindicato exige também condições para os próprios magistrados do Ministério público reclamando que sejam «disponibilizados, em tempo útil, todos os meios considerados necessários pelos procuradores do processo Freeport»
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