domingo, janeiro 25, 2009

A surpresa

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Editorial
«A surpresa é, assim, Helena Roseta. Num cenário em que a vereadora independente é apoiada pelo BE, Helena Roseta reúne 16,5 por cento das intenções de voto.»
Li isto aqui, no 'CM', a propósito da última sondagem Aximage.
Realmente, uma surpresa também para mim, mas de sentido contrário ao da análise feita no citado jornal. Então um movimento que tem tido o tapete vermelho da comunicação social estendido - escancarado - e que agora vem juntar os votos do anterior Movimento Cidadãos por Lisboa com os do Bloco / Sá Fernandes de 2007 só chega aos 16,5% e é surpresa para o analista do 'CM'? Recordo aqui que nas sondagens de 2007, nas vésperas das eleições, conforme tabela que editei ontem, os dois casos (são verdadeiros «casos», sim) juntos já somavam entre 18 e 21%.
Mais: nas eleições proriamente ditas somaram em Julho de 2007 perto de 18%, mais propriamente 17,8%.
16,5 nas sondagens é curto, não é? A vontade do 'CM' é incentivar o «caso». Mas a vida vai para lá disso, claro. Como sempre. E, como sempre, mais uma vez as sondagens colocam a CDU tão abaixo, tão abaixo, que se diria que desta vez é que a CDU desaparece do mapa. Como vem acontecendo sistematicamente desde 1976. Há 32 anos que aturamos isto. Mala suerte.
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1 comentário:

Anónimo disse...

Bem... essa do tapete encarnado na imprensa tem que se lhe diga, Zé Carlos. A meu ver, chama-se trabalho. Vereadores que produzem propostas, opiniões e posições que despertam interesse. E, enfim, algum trabalho de assessoria de imprensa, que existe, a fazer conhecer esse mesmo trabalho. Não será de estranhar quando o site CPL tem sempre todas as propostas e posições apresentadas.
As contas, ou somas de votações, terão de levar em conta votos que noutras eleições podem ter ido para o vereador independente apoiado pelo BE. Ou não?
A sondagem seria de facto mais real se apresentasse Helena Roseta como na realidade é: cabeça de lista dos CPL, e como tal já declarou em Maio de 2007 que gostaria de se voltar a candidatar.