«... O empréstimo agora aprovado, no montante de 500 milhões de euros destina-se a fazer face ao pagamento das dívidas de curto prazo a fornecedores contraídas antes da tomada de posse deste executivo, dividido em duas parcelas: uma de 360 milhões de euros, para pagamentos imediatos, outra com o restante montante, para permitir pagar a fornecedores à medida que as dívidas reclamadas forem efectivamente assumidas.António Costa salientou que, satisfazendo a pretensão do PSD, o empréstimo só pode ser usado para pagar aquelas dívidas contraídas até 31 de Julho e que os pagamentos ao abrigo da segunda parcela terão necessáriamente de ser objecto de aprovação em Câmara, pelo que entende a posição daquele partido como uma atitude para "fingir que a situação financeira não é tão grave, para esconder a sua vergonhosa actuação no passado".Considerando ser "essencial", como consta do Plano anteriormento aprovado, a contracção deste empréstimo, o presidente da Câmara deixa "todos os cenários em aberto", na certeza de que, em caso contrário, então "o Município não será governável". "Quem foi responsável pela contracção das dívidas não pode agora impedir o seu pagamento", concluíu António Costa.»
«Salter Cid (PSD) considerou que o empréstimo de 500 milhões de euros "é exagerado" e "não se justifica", pelo que votaram contra. Questionado pelos jornalistas, o vereador do PSD disse que a decisão não foi concertada com a direcção do partido nem com a bancada do PSD na Assembleia Municipal, pelo que o chumbo não está certo. Lembrou, inclusive, que há muitos presidentes de Junta com assento na Assembleia, que poderão ter outro entendimento e sentido de voto.»
«... o vereador social-democrata José Salter Cid considerou que esta não é uma situação de crise, porque "a proposta foi aprovada". Sobre o previsível chumbo na AML, não se quis pronunciar: "Sou vereador. Os deputados municipais é que sabem como vão votar e há muitos [os presidentes de Junta] que são deputados municipais por inerência". Salter Cid não quis explicar porque o PSD não apresentou uma alternativa ao empréstimo, que consta do plano de saneamento financeiro já aprovado em câmara e na mesma AML, votação em que o PSD se absteve.»
RR:
«Carlos Carreira garante que os vereadores “laranja” não aceitam este tipo de chantagem por parte de António Costa.“Se o senhor presidente da Câmara agora entender que não tem condições para governar a Câmara Municipal de Lisboa não é por via de endividamento nem da situação financeira, é porque pode ter tido uma constatação de que não se sente capacitado para gerir a Câmara de Lisboa. Isso não é objecto para servir de chantagem e não nos irá condicionar”, disse.»
Catarina Prelhaz, Público (sem link):
«A proposta, que também granjeou a abstenção dos dois vereadores do movimento Lisboa com Carmona, prevê que a Caixa Geral de Depósitos venha a financiar a autarquia em duas tranches: a primeira, de 360 milhões de euros, destina-se a consolidar as dívidas de curto prazo, ficando a utilização da segunda, no valor de 140 milhões de euros, dependente de se tornar premente saldar, no prazo de dois anos, compromissos contraídos antes do mandato do actual presidente.»
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