O que quer o P-GR e o que diz o ministro da justiça... Com a sua habitual ronceirice intelectual e fónica, o homem disse o A e o contrário do A na mesma frase: concorda com as propostas de Pinto Monteiro «desde a primeira hora», mas as leis penais «não serão alteradas». Isto é normal? É que uma das questões referidas pelo P-GR tem mesmo a ver com a lei. Ele pediu «ao legislador que faça os "ajustamentos legais necessários para combater a criminalidade violenta"» (cito do 'Público Última Hora on line').
Poucas horas depois de ter escrito isto, agora que são 1:01 da manhã de sexta, leio que a associação sindical de juízes veio dar forte e feio no imobilismo do ministro: «Associação Sindical dos Juízes Portugueses / Juízes afirmam que pedido do PGR vem confirmar que leis penais são más / O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), António Martins, disse hoje que os ajustamentos legislativos sugeridos pelo Procurador-Geral da Republica confirmam que as leis penais que existem "são más"».
Mas, vá lá, depois aparece esta notícia: «Setembro, de forma a garantir que, (…)
Crimes com armas vão dar prisão preventiva - Segurança. Governo vai alterar lei das armas. Mudança prevê detenção e prevetiva O ministro (…)».
Crimes com armas vão dar prisão preventiva - Segurança. Governo vai alterar lei das armas. Mudança prevê detenção e prevetiva O ministro (…)».
«O PCP, através de José Neto, afirmou, ontem, ao JN que o seu partido está "inteiramente de acordo com as sugestões do PGR e que está disponível para proceder às necessárias alterações"», leio no JN.
Não nos esquecemos de que estaas alterações à legislação foram produzidas para proteger os arguidos da Casa Pia que eram e são do PS. Agora, estas estatísticas... E toda a gente a cascar na coisa... E o PS e o Governo o que fazem? Uma baralhada. Muitas na ferradura e uma ou outra no cravo: hoje foi assim. José Magalhães tinha aberto a via verde às alterações. Mas Pereira da Silva pôs-lhe logo o dedo no nariz: Tchiuuuuu! E ele meteu a viola no saco. Mas vimos mais baralhadas entre membros do Governo. A postura de Rui Pereira parece mais segura que a de Alberto Costa. Mas confessa que ainda há demasiados agentes nas esquadras em trabalhos administrativos. Um sindicalista veio dizer quantos: 1/3. O Governo ou não sabe ou esconde da opinião pública. Coisa que, nos dias de hoje é igual a querer esconder o sol com uma peneira.
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