Caro DM,
Li no 'Público' (e reproduzo o texto aqui) algo que me deixa a pensar. Já não é a primeira vez que é pela tua exclusiva voz que os jornalistas chegam a uma informação sobre matérias novas e compromissos novos da CML. Acho isso deslocado e um tanto ao lado do papel que tens. Por duas razões: tratando-se de novas situações, devem ser tituladas por quem está mandatado, os eleitos; e, vindo da boca de um assessor, não dá aos moradores a garantia natural que se exige em democracia. Precisamente porque a tua função não foi ratificada nas urnas e nem sequer resulta do voto. Mas, com esta experiência que a vida de assessor me dá e em resultado do que já vi acontecer (não comigo, mas já vi), pode um dia rebentar-te a castanha na boca. Dito de outro modo: pode a realidade da vida desmentir as tuas garantias dadas aos cidadãos por interposto jornalista. E ninguém sai bem dessa situação. No entanto, são sobretudo razões de política e de defesa dos cidadãos que me levam a plasmar aqui o que pensei de imediato quando «te» li, de manhã.
Amizade!
5 comentários:
Estivesse o PCP na presidência da Câmara e veríamos o JCM a fazer declarações igualzinhas a estas, ou piores.
A cada Poder o seu Assessor.
Pelo que escreve JCM, e, dada a sua reverência pelo "seu" poder, não podiamos esperar melhor, pois não?
O Poder é lixado, não é?
Erro, erro.
«O JCM» já foi durante 23 anos esse assessor de imprensa do poder. E nunca, mas mesmo nunca entrou por aí: teve sempre esse cuidado.
Esclarecer alguma declaração que um eleito já produziu, uma decisão já anunciada, isso, sempre.
E só isso.
Ajudar a construir decisões, isso, sempre...
Pelo poder, habituei-me a ter, não essa tal «reverência», mas respeito, sobretudo quando emana do voto.
É preciso ter muita estaleca para perceber o que a vida fez de mim.
Melhor: o que eu fiz de mim na vida que fui tendo: Oeiras, Amadora, Borba, Seixal, Sesimbra, Almada, Sintra, Lisboa... sempre, sempre ao lado de eleitos da CDU - já são muitos anos. Mais exactamente: faz no dia 9 de Outubro 34 anos.
Que me desculpem o Montijo, a AMDE (Associação de Municípios do Distrito de Évora) e a AMDS (Setúbal): com a pressa, ontem, nem me lembrei de vocês...
fosse o JCM do PS ou do PSD e era considerado um verdadeiro papa-tachos...
Não, meu caro: um caso de cada vez. Mas com muito trabalho em cada caso.
Nem imagina como este trabalho rejuvenesce...
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