quinta-feira, setembro 11, 2008

Prémio «Eu roubo mas eu faço»

Conta-se que no Brasil o herói dos anos 90 era um governador que não escondia que roubava. E respondia assim nos bastidores às acusações: «Eu roubo, mas eu faço». Ou seja: pelo menos ele fazia obra. Achava ele que por isso estava justificado o roubo.
Uma amiga brasileira dizia-me ontem, quando eu, delicadamente, lhe falava daquela coisa a que chamaram «mensalão»: «Olha, sabe? Lá no interior, na minha terra, a gente não chama isso de mensalão: é roubo mesmo». E eu com tantos punhos de renda...
Agora oiçam esta:
Repare que o homem nem por sombras diz que a autarquia não foi prejudicada, nem diz: «Cortem-me o pescoço se houve um cêntimo de prejuízo para a Câmara». Não. Ele diz: «se se provar». É bem diferente, não é?

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