domingo, novembro 04, 2007

Não são despedimentos? Vão lá dizer isso a quem recebe a carta...


O estranho nesta questão dos despedimentos na CML é que quem está a dar suporte são as chefias que contrataram gente em barda desde 2002. E isso é estranho. O resultado só podia ser este: pessoas com dez anos de casa, com chefia, com horário, vão para casa. Pessoas encaixadas a martelo nos últimos seis anos, sem chefia, sem trabalho, sem horário, mantêm-se. Isto é que me dizem. Será verdade? Que diabo.

Depois vêm-me uns quantos dizer: Eh, pá, não são verdadeiros despedimentos, são «não renovações» de contrato. Essa então é de cabo de esquadra. Escrevi sobre isto o seguinte ontem à noite no Carmo e a Trindade: «Seja como for: um despedimento, mesmo que na lei o não seja - e não o é, mas o que é que isso interessa naquele momento? Uma cartinha. E porquê? Porquê a pessoa A e não a B? Mistério.»

Gostava que fosse lá e lesse e desse a sua opinião: ou lá ou aqui, mas dê, pf.
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Actualização
Nasceu um blog novo: o Lisboa em Alerta. Sob anonimato expresso. Os motores de busca de blogs claro que mo apontaram logo. Os editores são declaradamente avençados, a crer na sua declaração de arranque, ontem: "Nós somos os «recibos verdes» da autarquia. Pessoas que o Município mascara com contratos de avença ou de prestação de serviços. Este é o nosso espaço."
Não faço aindaa mínima ideia sobre de quem se trata em concreto - e respeitarei sempre, como é evidente o seu desejo de anonimato, que entendo melhor do que ninguém. Vou estar atento ao conteúdo.

12 comentários:

Anónimo disse...

Os critérios são injustos, essa é uma realidade.
Mas que há gente contratada a mais, essa também é uma realidade.
Que há funcionários a recibo verde que se queixam de que nada têm para fazer, essa também é uma realidade.
E há mais realidades, é verdade que as há.
Sejamos honestos, era preciso uma limpeza, parece é que estão a fazer com as pessoas erradas, e essa é outra realidade.

Anónimo disse...

uma pista a seguir - Departamento de Apoio à Presidência

José Carlos Mendes disse...

Anónimo das 12:52,
... E no meio de tantas realidades, quem é que se lixa, quem é?????

Anónimo disse...

Quem se lixa?? Desculpem, mas a primeira pergunta é quem se lixou? os contribuintes que pagaram o trabalho que podia (na grande maioria dos casos se não em todos) ser realizado por funcionários do quadro, cuja remuneração já está assegurada. Quem se lixa agora: bom, agora lixam-se os contratados. Conclusão: há sempre lixados quando as situações são mal geridas ou se procuram soluções fáceis.
Desconheço a existência de qualquer estudo que conclua que a CML tem falta de funcionários. O que sempre ouvi é que há funcionários a mais, que se produz pouco ou que há pouco trabalho... organizem-se!

Anónimo disse...

Já agora outra pista a seguir - Os Departamentos e Divisões da Direcção Municipal de Cultura.

Anónimo disse...

lixa-se o mexilhão e o contribuinte

José Carlos Mendes disse...

Teria uma grande surpresa...
:)

Anónimo disse...

stico como se pode ser politicamente tao pouco sério. Então os recibos verdes caidos dos gabinetes só aconteceu nos ultimos 6 anos? Francamente! É preciso estar muito distraido. Eu que estou na Câmara ha 28 anos e passei já por 6 Presidentes nunca vi Câmara nenhuma que o nao fizesse, incluidndo a Veração PS/PCP.

Anónimo disse...

Pois eu acho que os recibos verdes deviam ser todos dispensados. O que se deveria lutar era mesmo pela realização dos concursos. É vergonhoso o que se passa com os recibos verdes. Se há falta de gente nos serviços, e em muitos casos há, abram-se os concursos. Era por isto que o Sindicato deveria lutar. Não pela manutenção de recibos verdes que, em muitos casos (não em todos claro), vieram dos ex-gabinetes a ganhar contratos vergonhosos lado a lado com os funcionários que trabalham e recebem muitas vezes metade do valor dos contratados.

Anónimo disse...

Um pequeno exemplo dos contratos:da CML No Gabinete do Director Municipal de Cultura ha um contratado que é ao mesmo tempo Presidente de uma Junta de Freguesia de Lisboa. O dito senhor ja era assessor do ex-vereador Lippari e como o dito Lippari ficou sem tacho na Camara foi o mesmo assessor contratado pelo Direcção Municipal de Cultura. Mas relembro é Presidente de uma Junta de Freguesia. Fica aqui este pequeno exemplo mas procurem-se mais. Ha na Direcção Municipals e Cultura vao ser dispensados vários contratados (mas este não claro)

Anónimo disse...

Li lisboaalerta.blogspot.com, e fiquei supreso

"Mão amiga fez-me chegar a lista das avenças da CML. Acham mal que divulgue? Não deveria ser publico? Vejamos pelo menos os que ganham acima dos 500 contos.

Adelaide Maria M Andrade Silva 4298,53 DMC

Maria João Silveira Aragão Lamy Sanina 4298,53 DMC

Maria do Rosário M S Alpoim Calvão4235,00 DMSC

Francisco José Viegas 3810,26 DMC

Hugo Paulo Melo Gomes 3684,45 DAP

Maria Madalena Marques Santos3511,04 DASED

Tomas P E S Collares Pereira 3438,82 DMC

Anabela dos Santos Maria Alves 3388,00 DMSC

Maria Alexandra Rentroia Bonito 3388,00 DMSC

Adriana Drago 3185,00 DAP

José Carlos Mendes 3151,93 DMSC

Romão Conceição Batuca Lavadinho3151,93 DMSC

Joana Isabel A P Rodrigues Mateus3137,93 DAP

Pedro Manuel Moreira Santos Cardiga3137,93 DAP

Ana Ataíde Mascarenhas Avilez Duarte 3025,00 DAP

Vitória Maria Ferreira O M Azevedo Fernandes 3025,00 DAP

Paulo Manuel Rodrigues P Campos Lopes 3025,00 DMAU

José Eduardo Melo Gouveia 2958,28DAP

Ricardo Francisco Silva Salgado2947,56 DMC

Anabela Vieira Lourenço 2877,23 DMF

Marta Cristina Duarte Rodrigues2849,24 DAP

Nuno Ricardo Maurício Dias 2783,00DMCRU

Filipa Lopes Fonseca Romão Dias2738,77 DAP

José Carvalho Ferreira 2701,93 DMSC

Rui Miguel Cintra Martins 2701,93DMC

Isabel Maria Nunes Anacleto 2689,99DAP

Maria Madalena Osório Pinto 2662,00DAP

Roberto Carlos Rodrigues Marcos2569,66 DASED

Pedro Aragão Morais Teotónio Pereira 2556,78 DMC

Sílvia Marisa Capinha Ferreira Lourenço 2548,42 DMPU

Maria da Graça Torres F Casimiro Rodrigues 2514,63 DAP

São 31 pessoas. A maioria delas com nomes compridos e complicados. Todos devem ter sido aqui colocados por critérios de confiança politica, visto que a maioria são do extinto DAP e do dos Serviços Centrais. Há também um conjunto de pessoas da Direcção de Cultura. Mas em casa onde não há pão, valerá a pena ter uma pessoa a ganhar 860 contos por mês? Mesmo que faça um grande trabalho?"

Caro José Carlos, parece-me que certa gente que consta desta lista, colabora com a Câmara, por motivos de confiança com os executivos anteriores (refiro-me a Santana e Carmona), não lhe parece que seria justo que estes nomes constassem na lista dos 125 que receberam a rescição?

Aliás, parece-me que se são gente com príncipios e que vieram apoiar os executivos anteriores, assim que o poder politico mudou, deveriam ser eles e elas os primeiros a sair, e sem convite.

Que lhe parece?

E como se explica, se o serviço a que pertencem foi extinto, o porquê de continuarem?

Serão também da confiança política do novo executivo?

Devem ser, pelos vencimentos que auferem, devem ter um guarda fato grande com várias "camisolas".

Anónimo disse...

Vejamos:


José Carlos Mendes 3151,93 DMSC

Romão Conceição Batuca Lavadinho3151,93 DMSC

Há tantos anos cá, e a ganhar bem mais que qualquer técnico superior no topo da carreira.

Nunca abriu concurso, ou simplesmente não vos interessava ingressar nos quadros e ver os rendimentos a baixar?

Não me parece muito correcto, nem para com os funcionários e muito menos para com os contribuintes.