Aparentemente está tudo bem. A propaganda oficial não dá o braço a torcer. Mas já viram os dias horríveis de Sócrates nas últimas semanas? Ele foram coisas como o recuo (feliz a meu ver, mas que o deve ter roído todo por dentro) no aeroporto, a demissão de Correia de Campos (já nem falo da outra), aquela parvoíce dos projectos assinados na Guarda (meu distrito: a falta de qualidade daquelas «maisons» de emigrantes deve ser o que mais chateia Sócrates - a mim é de certeza isso que mais me espanta). Depois, aquela cedência a 'lobbies' com a terceira travessia do Tejo. Mas não lhe deram descanso: logo, logo, foi Manuel Alegre a deixar claro que Sócrates está seu refém e que se o chateiam muito avança para «votos no país». E não felizes com isso, vem agora Carlos César a dizer duas coisas chatas para Sócrates: que o Governo esquece os Açores e a Madeira e que na Saúde as coisas estão todas erradas e a taxa moderadora até é ilegal. Desde há uns dias, a malta das artes, especialmente da música, não largam a ministra da Educação por causa do ensino da música no País. Ontem mesmo, as freguesias da AML vieram dizer que são contra a nova lei eleitoral das autarquias e o próprio António Costa repetiu que é contra esta lei por criar maiorias artificiais - como já antes aprovara na CML uma moção contra a redução do número de vereadores da câmara de Lisboa...
Santa Maria. Que mais irá acontecer a Sócrates?
1 comentário:
Para evitar equívocos e poupar-nos tempo era bom que qualquer político antes de "avançar no país" esclarecesse duas simples questões:
primeira - quais os pontos concretos em que não concorda com Sócrates;
segunda - se e quando for eleito, está disposto a desfazer esses pontos e repor a situação anterior, nomeadamente nas regalias sociais.
É que começamos a estar fartos dos falsos oposicionistas, que, quando têm possibilidade de alterar as situações, se remetem a um mutismo comprometedor ou, então se podem ainda governam pior que o seu antecessor.
Sabemos bem que dentro em pouco convém limpar a imagem (não os actos) e não vão faltar os que se prestam a fazer o papel de almeidas. Não faltarão por aí os crocodilos a deitar lágrimas por um olho, enquanto piscam o outro sabe-se bem a quem.
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