sexta-feira, janeiro 02, 2009

Parabéns, senhoras «psicóloga, socióloga e assitente social» do Gabinete de «Educação» de Porto de Mós. E parabéns, autarcas que as deixam à solta

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Só apetece ir a Porto de Mós e conhecer concretamente estas senhoras. Técnicas de elevado gabarito, certamente. E apetece, de caminho, dar-lhes os parabéns. Numa sociedade que se quer de cow-boys armados, é a prenda ideal. Numa época que se quer de guerra, que é a época do Natal, uma pistola é o mínimo que pode oferecer aos miúdos lá do sítio. Mas só aos rapazes, que as meninas vão para o saloon dançar com o rabo de fora.
E já agora, srs. autarcas de Porto de Mós, tenho muito orgulho em vocês. Muito, mesmo. Ando nesta coisa das autarquias há mais de 34 anos e nunca tal tinha visto, depois do 25 de Abril.
Falha minha e dos autarcas que tenho acompanhado.
Que tristeza, lá em Porto de Mós: «Ah, não dei conta».
Estão bem uns para os outros.
Que mentecaptos.
A ignorância é um descanso.
Estão mortos por dentro.
Paz à sua alma.
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2 comentários:

Anónimo disse...

Essa foi a explicação que o Presidente da Câmara apresentou para se esquivar às críticas, como se isso sendo verdade e elas tivessem autonomia para isso o isentasse de responsabilidade.
No Público a explicação do Presidente foi ter estado hospitalizado, o que aconteceu no final do ano. Acontece que as prendas foram distribuídas também por ele no inicio de Dezembro.
Na próxima vez o culpado ainda vai ser o Pai Natal ou os seus duendes que fabricam as prendas. Quem conhece sabe que todo é possível. A culpa é do resto do mundo. Dele nunca.

Anónimo disse...

É com muita pena que, desde Dezembro, tenho vindo a acompanhar o assunto das “pistolas” oferecidas aos alunos do 1º ciclo do concelho de Porto de Mós. Apesar de ter inicialmente decidido que nunca tornaria pública a minha posição sobre o ocorrido, decidi que deveria mostrar aos portomosenses e até ao resto do pais, quanto hipócritas e sedentas de poder algumas personalidades desta vila, se têm vindo a mostrar, agarrando-se as coisas tão mesquinhas.
Em primeiro lugar, são as pessoas que neste momento mais escrevem sobre o assunto e acusam muito indignadas que, há alguns anos atrás, apoiavam o executivo camarário que colocou, nos quadros da Câmara Municipal de Porto de Mós, as actuais psicóloga, assistente social e socióloga que, agora são culpadas pela infeliz escolha do brinquedo oferecido. Como é possível que estas senhoras tenham perdido as suas capacidades de discernimento, em tão pouco tempo? Apenas mentes motivadas com um objectivo tão vil tenham capacidade para tanta invenção dramática.
Muitos estudos têm vindo a ser feitos sobre os motivos pelos quais as nossas crianças são tão agressivas e violentas, nos dias que correm. Parece-me, no entanto, que os portomosenses ainda não leram nenhum e eu aconselho-o vivamente. Esses estudos mostram que a influência dos meios de comunicação social associada à falta de acompanhamento emocional e presencial dada pelos pais, são os principais factores da falta de valores e das atitudes negativas da maioria das crianças e adolescentes que povoam as escolas. Uma criança não necessita de ter como brinquedo uma pistola para, numa brincadeira com os colegas, simular um assalto, uma guerra ou um roubo. Uma folha de papel, um pau ou até as conhecidas peças de lego servem para simular o dito objecto. É apenas necessário que a criança queira brincar “às guerras” . Nessas brincadeiras simulam tudo o que já viram em revistas, na televisão ou até ouviram na rádio mas que não foi esclarecido e conversado em família. Felizmente que isto muita gente já sabe!!!
O que o pais não sabe é que esses falsos moralistas que agora acusam vergonhosamente a Câmara deixam os seus filhos sair à noite, em idades que supostamente carecem de acompanhamento, para parte supostamente certa mas que acaba por ser uma saída para ver um filme pouco apropriado à idade mental e cronológica dos filhos; para em grupo fumarem uns cigarros, ou até mesmo outras substâncias; para deambularem pelas ruas exibindo roupas de marca e penteados apelativos a comportamentos relacionados com vandalismo e xenofobia; para beberem umas cervejas compradas em estabelecimentos que fecham os olhos à idade de quem compra; para riscarem a pintura de carros com chaves; para produzirem filmes, com atitudes pouco louváveis com os telemóveis topo de gama que mais tarde são colocados no YOUTUBE, entre muitas outras actividades.
São esses falsos moralistas que eu nunca vi tomarem uma atitude de verdadeiros pais quando são publicamente enfrentados pelos filhos que não sabem educar; são essas pessoas que acham educativos alguns jogos violentos que nunca jogaram, nem se preocuparam em conhecer o seu conteúdo, acabando por comprar só para satisfazer e calar a boca dos seus rebentos, em época natalícia.
Curiosamente, estes falsos moralistas nunca se mostraram indignados nos blogs, com a violência que cresce nas escolas, com os jovens desempregados, com os sem abrigo, com as crianças vítimas de violência doméstica, com a pobreza envergonhada, enfim com todos os problemas sociais que confortavelmente ignoram.
O que o pais não sabe também é que estes ilustres cidadãos agora procuram denegrir a figura do actual Presidente da Câmara e sua equipa, numa tentativa de recuperarem o que perderam nas últimas eleições, pois não conseguem arranjar outra forma de o derrubar, tornando este assunto um drama nacional. Se os que agora acusam estivessem a gerir este município, certamente também teriam comprado a mesma falência e oferecido os mesmos brinquedos. Tanta hipocrisia! A prenda de Natal para as crianças do concelho foi um espectáculo de circo, apenas isso.
Francamente, já basta de politica vergonhosa!
Pessoas de tanto gabarito e com tanta cultura politica e intelectual deveriam abster-se de descer a um nível tão baixo. É feio e politicamente incorrecto.
Como cidadã atenta ao que se passa, senti-me no dever de repor a verdade dos factos, uma verdade que tem vindo a ser observada por muita gente que não tem coragem para denunciar a vergonha oposição que temos no concelho.
Gostaria, para finalizar, de esclarecer que a minha verdadeira identidade não é revelada apenas porque pretendo continuar a viver tranquilamente nesta vila, não por cobardia como alguns poderão pensar.