Eu sei que as estatísticas são uma chatice. Fala-se muito de haver funcionários a mais no Estado. Eis se não quando um amigo me envia estes números do Eurostat publicados há tempos no «Correio da Manhã»:
PESO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NA POPULAÇÃO ACTIVA
Dados de 2004. Fonte: EUROSTAT. Publicado no Correio da Manhã
* Suécia .. 33,3%
* Dinamarca ..30,4%
* Bélgica .. 28,8%
* Reino Unido ..27,4%
* Finlândia ..26,4%
* Holanda .. 25,9%
* França .. 24,6%
* Alemanha .. 24%
* Hungria .. 22%
* Eslováquia ..21,4%
* Áustria .. 20,9%
* Grécia .. 20,6%
* Irlanda .. 20,6%
* Polónia .. 19,8%
* Itália .. 19,2%
* República Checa ..19,2%
* PORTUGAL .. 17,9%
* Espanha .. 17,2%
* Luxemburgo .. 16%
Comentário desse meu amigo
«Não há pois funcionários públicos a mais. Há sim uma distribuição não correcta, o que faz com que haja sectores em falta e outros em excesso.Por exemplo, a reforma administrativa que, sem dúvidas, urge fazer-se, deverá começar por mudar a realidade dos dados que nos indicam que cada ministro deste e de outros governos tem, para seu serviço pessoal e sob as suas ordens directas, uma média de 136 pessoas (entre secretários e subsecretários de estado, chefes de gabinete, funcionários do gabinete, assessores, secretárias e motoristas) e 56 viaturas, apenas CINCO vezes mais do que no resto da Europa.
Há políticos e governantes que querem a diminuição cega dos quadros apenas para que as empresas privadas de seus amigos e padrinhos possam ser contratadas para fazer serviços públicos ("outsourcing") e possam facturar muito».
1 comentário:
ora aí é que está a causa do despesismo na Administração Pública. Precisamente em pessoal excedente mas que não há maneira de passar a excedentário. Os acessores, os directores, os adjuntos dos chefes de gabinete, as secretárias e os motoristas etc., etc. para não falar aqui no que se passa em relação às autarquias cujas despesas saem do Orçamento de Estado mas que fogem ao controle do poder central. Enquanto esta situação durar evidentemente que há funcionários públicos a mais, porque o dinheiro não estica muito menos em épocas de recessão.
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